sábado, janeiro 31, 2009

Quimonda

PCP - Jorge Machado



A revolução é hoje!

sexta-feira, janeiro 30, 2009

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Defender as pescas - Prevenir novos ataques

O Parlamento Europeu aprovou, dia 13, uma resolução baseada no relatório do deputado do PCP, Pedro Guerreiro, que estabelece um conjunto de princípios norteadores de uma eventual reforma da Política Comum de Pescas.
Entre outros aspectos essenciais, o documento aprovado defende a «modernização e o desenvolvimento sustentável do sector das pescas», opondo-se à política de abate indiscriminado de embarcações.Antecipando alguns objectivos nefastos para o sector do «livro verde» em preparação pela Comissão Europeia, o relatório nota que as pescas são uma actividade fundamental para a alimentação dos povos e assim para a soberania e independências de cada Estado.
Neste sentido, os eurodeputados manifestam profunda preocupação face à possibilidade de futuras alterações na política comum de pescas virem a promover «a concentração da actividade, nomeadamente quanto ao direito de acesso aos recursos».Assim, o documento considera «indispensável manter a derrogação do acesso à zona do mar territorial, no mínimo, até às 12 milhas», solicita que lhe seja atribuído «carácter permanente» e frisa que «o controlo na gestão das pescas é competências dos estados-membros».
O texto reconhece «a especificidade e a importância da pequena pesca costeira e da pesca artesanal» e assinala que «uma política para as pescas deve partir do princípio da interdependência entre o bem-estar das comunidades piscatórias e a sustentabilidade dos ecossistemas».Deste modo, a par de apoios para «grupos de pescadores e organizações profissionais dispostas a partilhar a responsabilidade pela aplicação da política comum de pescas», os eurodeputados desejam «uma maior descentralização» que «permita um maior envolvimento dos pescadores, das suas organizações representativas e das comunidades piscatórias».
Por último, salientando a importância da aprovação destes princípios gerais, os deputados do PCP esperam que o Parlamento Europeu não dê «o dito por não dito aquando da adopção dos instrumentos legislativos».


Segurança e condições de trabalho

Na mesma sessão plenária, foi aprovado um outro relatório relacionado com o sector das pescas, que apela à ratificação pelos Estados-membros da União Europeia (UE) da Convenção sobre o trabalho no sector das pescas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Este documento, elaborado da deputada do PCP, Ilda Figueiredo, «representa um passo em frente na dignificação do trabalho dos profissionais deste importante sector estratégico».
A Convenção regulamenta vários aspectos da actividade profissional, designadamente, melhores instalações e condições de segurança, remuneração, cuidados médicos em mar e em terra, tempo de descanso, contrato de trabalho e segurança social. A deputada apelou a que sejam feitos todos os esforços para que os vários Estados-Membros procedam à sua rápida ratificação, de preferência antes de 2012.

Engels

(...) Em primeiro lugar, que a grande indústria, apesar de na sua primeira época de desenvolvimento ter ela própria dado origem à livre concorrência, está agora, contudo, a abandonar a livre concorrência; que a concorrência e, em geral, a exploração da produção industrial por singulares se tomou para ela um grilhão que tem de quebrar e quebrará; que a grande indústria, enquanto for empreendida na base actual, somente se pode manter por meio de uma perturbação geral repetida de sete em sete anos, a qual ameaça, de cada vez, toda a civilização, e não só faz cair os proletários na miséria como também arruina um grande número de burgueses; que, portanto, ou a própria grande indústria tem de ser completamente abandonada – o que é uma absoluta impossibilidade -, ou então ela torna absolutamente necessária uma organização totalmente nova da sociedade, na qual já não são os fabricantes individuais, em concorrência entre si, mas toda a sociedade, de acordo com um plano estabelecido e segundo as necessidades de todos, quem dirige a produção industrial. (...)

domingo, janeiro 25, 2009

Assalto

A Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP considera que «a privatização da ANA será um crime económico e de lesa Pátria», disse este sábado à agência Lusa, no Porto, José Pedro Rodrigues, membro do Comité Central do PCP.
«Não é nesta altura que se vai encontrar um mercado favorável. É um período de vacas magras, que durará por certo alguns anos, em que o valor da empresa, que além de estratégica é muito rentável, vai certamente descer», sublinhou aquele especialista na área de transportes do PCP.
José Pedro Rodrigues considerou que toda a discussão tem sido feita partindo do princípio de que a privatização da ANA (Aeroportos e Navegação Aérea) é «um facto consumado». E apelou ao Governo para que «não se deixe submeter às pressões que se vêm verificando, sob pena de cometer um erro lesivo, muito lesivo, dos interesses do país e de toda esta região Norte».
O responsável do PCP sublinhou que a ANA teve 48,4 milhões de euros de lucro em 2007, mais 12 por cento do que em 2006, ano em que os lucros já tinham crescido 35% relativamente a 2005.
Lamentou ainda que personalidades da vida pública, entre as quais citou Rui Rio, Rui Moreira e mesmo Carlos Lage, presidente da CCDRN, venham tomando posições sucessivas que mostram a privatização da ANA como inevitável.

sábado, janeiro 24, 2009

Vanguarda

A Distribuição no regime comunista

"O modo comunista de produção não supõe mais a produção para o mercado e sim para as necessidades. Cada operário não trabalha para si, é toda a comunidade gigante que trabalha para todos. Não existem mercadorias, mas, somente, produtos. Estes produtos não são trocados uns pelos outros, nem comprados nem vendidos. São, muito simplesmente, depositados nos armazéns comunais e entregues aos que precisam deles. Também não faz falta o dinheiro. “Como fareis vós? — perguntareis. Um tomará mais e outro tomará menos do que precisa. Que vantagem haverá nessa distribuição?” Expliquemos. No início, durante os 20 ou 30 primeiros anos, talvez seja preciso estabelecer certas regras; por exemplo, tais produtos só serão entregues de acordo com certas indicações constantes da caderneta de trabalho ou contra a apresentação da carteira de trabalho. Mais tarde, porém, desde que esteja consolidada e desenvolvida a sociedade comunista, tudo isto será inútil. Mas, os homens não terão interesse em tirar mais do que necessitarem? Absolutamente não. Hoje mesmo, ninguém teria a idéia de fazer, num bonde, três lugares, para ocupar somente um e deixar vazios os dois outros; esta necessidade não existe. Sucederá o mesmo com todos os produtos. Cada trabalhador tirará do armazém comunal aquilo de que necessita e sucederá sempre assim. Ninguém pensará em vender o supérfluo, porque todo o mundo poderá tirar o que lhe for necessário. Todos os produtos serão abundantes, todas as feridas estarão fechadas de longo tempo, e cada um poderá tirar o que lhe for necessário. Além disto, o dinheiro não terá valor. Por conseguinte, no princípio da sociedade comunista, os produtos serão provàvelmente, distribuídos segundo o trabalho feito, e, mais tarde, muito simplesmente, de acordo com as necessidades dos membros da comunidade.
É voz corrente que, na sociedade futura, cada um terá direito ao produto integral de seu trabalho: cada um receberá o que tiver ganho. Isto não é exato, e nunca poderá ser realizado totalmente. Se cada um recebesse o produto integral do trabalho, seria impossível desenvolver a produção, estendê-la e melhorá-la. Será, imprescindível sempre que uma parte do trabalho feito sirva para a extensão e para o aperfeiçoamento da produção. Se usássemos ou comêssemos tudo o que produzimos, não poderíamos fabricar máquinas, que não são comidas nem carregadas, não é verdade? Cada qual compreende que a vida melhora com o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das máquinas. Dai resulta que uma parte do trabalho incluído nelas não é restituída àquele que o executou. Por conseguinte, nunca será possível dar a cada um o produto integral de seu trabalho. E isto não é absolutamente necessário. Com boas máquinas, a produção será organizada de tal modo que todas as necessidades serão satisfeitas.
Assim, no princípio a repartição dos produtos será feita de acordo com o trabalho executado (não, porém, segundo o “produto integral do trabalho”), e mais tarde, quando houver de tudo em abundância, de acordo com as necessidades.

A Administração no regime comunista.

Na sociedade comunista não haverá classes. E, não havendo classes, não haverá mais Estado. Já dissemos que o Estado é a organização de classe do poder; o Estado foi sempre empregado por uma classe contra outra; e o Estado é burguês, é dirigido contra o proletariado; se ele é proletário, é dirigido contra a burguesia. Mas, no regime comunista, não há proletários, nem capitalistas, nem operários assalariados; nele, só existem seres humanos, camaradas. Nele, não há classes, nem mais luta de classe, nem igualmente organização de classe. Por conseqüência, não há também Estado; o Estado não tem nenhuma utilidade, pois não há aí luta de classes, aí não existe ninguém que precise de freio, nem tão pouco alguém para segurar o freio.
— Mas como — perguntarão — poderá funcionar, sem direção nenhuma, uma organização tão formidável? Quem elaborará o plano da produção social? Quem repartirá as forças operárias? Quem calculará as receitas e as despesas comuns? Em resumo, quem velará pela manutenção da ordem?
A resposta não é difícil. A direção central caberá a diversas repartições de contabilidade e de estatística. Aí é que, dia a dia, serão calculadas as contas de toda a produção e de todas as suas necessidades; aí é que se indicará onde se deverá aumentar ou diminuir o número de operários e quanto é preciso trabalhar. E como cada um, desde sua infância, tendo-se habituado ao trabalho em comum, compreenderá que este trabalho é necessário e que a vida é muito mais fácil quando tudo marcha de acordo com um plano, todos trabalharão segundo as instruções dessas repartições. Não se precisará de ministros especiais, nem de polícia, nem de prisões, nem de Leis, nem de decretos. Assim como os músicos, numa orquestra, seguem a batuta do maestro e por ela se regulam, assim, os homens seguirão os quadros da estatística e com eles conformarão o seu trabalho.
Portanto, não haverá mais Estado. Nem grupo ou classe que esteja acima das outras. Ainda mais, nessas repartições de contabilidade, hoje trabalharão estes, amanhã aqueles. A burocracia, o funcionalismo permanente, desaparecerá. O Estado terá morrido.
É claro que isto só terá lugar num regime comunista desenvolvido e consolidado, depois da vitória completa e definitiva do proletariado, e não imediatamente depois dessa vitória. A classe operária será obrigada a lutar muito tempo contra seus inimigos e, sobretudo, contra os vestígios do passado: vadiagem, negligência, criminalidade, presunção. Precisaremos de duas ou três gerações de pessoas educadas nessas novas condições para que sejam suprimidas, pelo Estado operário, as leis, as penas, a repressão e para que desapareçam todos os vestígios do antigo regime capitalista. Se, até lá, um Estado operário é indispensável, nesse regime desenvolvido em que já terão desaparecido os últimos traços do capitalismo, o poder político do proletariado morrerá igualmente. O próprio proletariado fundir-se-á com todas as outras camadas sociais, porque todas se terão habituado, pouco a pouco, ao trabalho em comum, e, em 20 ou 30 anos, haverá um outro mundo, outros homens e outros costumes."
Com este excerto do "ABC do Comunismo - Nikolai Bukharine", explico a minha decisão de retirar o incoerênte, usurpador e despótico video de propaganda do pseudo-projecto Vénus, pretensiosamente vanguardista, utilizando teorias com quase 100 anos, essas sim, de vanguarda.
Contudo, não quero deixar de expôr certos aspectos, os quais, sem dúvida, inviabilizariam a "Nova politica económica", implementada por este bolchevique e por Lenin, quando, em linha com Engels, Marx ou com o próprio Lenin, atribuimos à realidade uma categoria sublime enquanto factor constituinte de qualquer politica socialista, da consideração do binómio espaço/tempo como elemento fulcral da dialéctica materialista.
Considerando a corrupção daqueles que produziam e assim dos intermediários que o compravam, a produção de grão na URSS de Stálin não resultava - aparentemente - suficiente para suprir as necessidades do Povo. Assim, a criação de planos quinquenais veio tentar suprir essa carência - ainda que, de uma óptica pessoal e quiça algo ignorante, a mesma podia haver sido colmatada com o incremento do "imposto" aos camponeses. Contudo, o acontecimento que supôs a 2ª grande guerra, as suas implicações relativas à segurança dos países próximos à Alemanha nazi e a preocupação da URSS, legítima como ficou patente no motivo da morte de milhões de Soviéticos frente às "Wehrmacht", impediram a revolução de 1917 desenvolver o socialismo, no caminho do comunismo, segundo a sua forma exacta, saltando do feudalismo ao socialismo, sem experimentar o capitalismo. Acredito que esse aspecto derivou, depois da deturpação levada a cabo nos últimos anos da União Soviética, no favorecimento da permeabilidade social, corrupção, necessárias para permitir aos oligarcas, muito próximos ao sionismo, se apoderarem do património público dos nosso camaradas, da sua liberdade, em suma, das conquistas da revolução de Outubro, tornando a federação Russa mais uma plataforma de interesses do sionismo politico e económico dos discipulos de theodor herzl (algo que Putin não permitiu).
Esta visão épica, quando extrapolada à situação do nosso país, permite afirmar que, em Portugal, depois de sairmos da ditadura, dentro de algum tempo - que espero seja pouco e por tal lutamos - o Socialismo real, o Comunismo, serão realidades, mais tangíveis cada dia que passe, cada crise que soframos, cada direito alienado que denunciemos.
A luta continua, até à vitória final, este pode ser o nosso ano, basta querer!
A revolução é hoje!

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Sobre a declaração de insolvência da Qimonda



Ilda Figueiredo, na sequência de contactos com representantes dos trabalhadores da empresa em Portugal, vai propor ao Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do PE a realização de uma Audição com representantes dos trabalhadores da Qimonda de Portugal e da Alemanha e questionar a Comissão Europeia sobre as necessárias medidas a tomar em defesa do emprego destes trabalhadores


"O PCP, através da deputada" Ilda Figueiredo, a propósito das notícias sobre a declaração de insolvência da Qimonda e na sequência de contactos com representantes dos trabalhadores da empresa em Portugal, vai propor ao Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do PE a realização de uma Audição com representantes dos trabalhadores da Qimonda de Portugal e da Alemanha.

Entretanto, a deputada do PCP ao Parlamento Europeu vai questionar, de imediato, a Comissão Europeia sobre as necessárias medidas a tomar em defesa do emprego destes trabalhadores.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Governo PS ataca direitos, liberdades e garantias

O PCP regista que, no dia de hoje, na sequência de iniciativas tomadas por parte de Governos Civis no quadro da orientação geral do Governo PS, tem lugar a realização de dois julgamentos de quatro dirigentes sindicais do distrito de Braga por “promoverem uma manifestação ilegal” e de três membros da Comissão de Utentes de Serviços Públicos no Porto pelo mesmo motivo, e ainda, a presença perante o Ministério Público de uma jovem estudante do Porto do ensino secundário a propósito de uma manifestação estudantil.
Esta coincidência – três acções no plano judicial no mesmo dia - confirma que, por acção do Governo PS, crescem os atropelos e violações de direitos e das liberdades de todos aqueles que resistem e lutam contra a política de direita, numa prática que tem vindo a instituir a tentativa de criminalização da luta, a limitação da acção e intervenção das organizações dos trabalhadores, mas também, de outras organizações e movimentos de massas.
O carácter anti-democrático da actuação dos Governos Civis nesta matéria, ao canalizar forças e meios para perseguir e condicionar os que exigem melhores salários, melhores serviços públicos ou uma escola digna, é revelador, num quadro de agravamento de muitos problemas de segurança no nosso país, quais são as prioridades deste Governo.
O PCP condena, uma vez mais, as políticas e práticas anti-democráticas do Governo PS que, em confronto com a Constituição da República, com os ideais e conquistas de Abril, procuram acentuar o caminho da limitação das liberdades e da democracia, caminho inseparável da ofensiva contra direitos económicos e sociais prosseguidos pela política de direita.
O PCP reafirma a sua confiança que, tal como a vida demonstra, não serão estas ou outras práticas e atitudes anti-democráticas que impedirão a justa luta de todos os que reclamam uma vida melhor e aspiram a um Portugal com futuro.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Álvaro Cunhal, O Valor actual do Manifesto

(O Manifesto do Partido Comunista foi elaborado por Marx e Engels como programa da Liga dos Comunistas por decisão do seu II Congresso, realizado em Londres entre 29 de Novembro e 8 de Dezembro de 1847. Representava o triunfo dos defensores da nova linha proletária no quadro das discussões havidas no interior do movimento. Ainda em Londres e depois em Bruxelas, Marx e Engels trabalharam juntos na redacção do texto. Tendo Engels partido para Paris em finais de Dezembro, a versão definitiva foi elaborada por Marx fundamentalmente durante o mês de Janeiro de 1848 e remetida finalmente para Londres, onde viria a ser publicada, pela primeira vez, em fins de Fevereiro do mesmo ano. Há 150 anos, portanto. Associando-se às comemorações da publicação do Manifesto que este a,no decorrem, O Militante transcreve neste número um texto do camarada Álvaro Cunhal, divulgado no jornal Público (1 de Fevereiro de 1998) sobre o conteúdo e a importância histórica desta obra de Marx e Engels.)

Há tanto a dizer do Manifesto Comunista que, no espaço disponível, apenas alguns limitados aspectos seleccionados podem ser referidos num breve apontamento.

1. Comemorar 150 anos do Manifesto Comunista de Marx e Engels é falar de um documento que - pelas suas análises, o seu conteúdo ideológico, o objectivo e a possibilidade que aponta de construir uma sociedade nova - lançou e promoveu uma luta revolucionária de alcance universal: a luta dos comunistas, que marcou e determinou as principais realizações e conquistas de transformação social desde então até aos dias de hoje.
Como anotavam as primeiras palavras do Manifesto, "andava pela Europa o espectro do comunismo". Ao longo do século e meio decorrido, continuou a "andar", agora pelo mundo, o mesmo espectro, a que as forças do capital chamaram "o perigo comunista". E, ao findar o século XX, ao mesmo tempo que proclamam que "o comunismo morreu", as campanhas violentas, constantes, universais, que lançam contra ele, mostram que não morreu mas está vivo e para viver.

2. O Manifesto Comunista é um extraordinário libelo acusatório contra o capitalismo.
Não apenas indicando a situação da classe operária e das massas trabalhadoras: os salários injustos, o desemprego, o tempo e intensidade de trabalho, as discriminações e falta de direitos da mulher, o trabalho infantil, os problemas da habitação e da saúde, o alastramento da pobreza e da miséria. Não apenas apontando medidas necessárias de carácter imediato. Mas também desvendando a natureza e as leis do capitalismo e apontando a necessidade e possibilidade histórica de superá-lo.
Esta simultaneidade da luta com objectivos a curto e a médio prazo e a luta pelo socialismo, caracterizou desde então a luta dos comunistas.
À luta dos comunistas, sempre estreitamente ligados à classe operária e às massas populares e promovendo as suas organizações unitárias, nomeadamente o movimento sindical, se devem, mesmo no quadro do sistema capitalista, importantes conquistas. A ela também se deve, com a revolução de Outubro de 1917 e outras revoluções socialistas, a prova na vida da actualidade histórica de construir uma sociedade nova, uma sociedade socialista.

3. É um marco fundamental dessa luta, a revolução de Outubro de 1917 e suas repercussões em todo o mundo.
A revolução de Outubro significou que, pela primeira vez, em milénios de história da humanidade, o ser humano se lançou audaciosamente à construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados.
Significou a realização de profundas reformas nos domínios político, económico, social e cultural, com o melhoramento radical das condições de vida do povo e a eliminação de muitos dos flagelos sociais.
Significou, num curto período histórico, a transformação da velha, atrasada e tirânica Rússia dos czares, num país altamente desenvolvido, fazendo frente com êxito ao imperialismo.
Significou, pela sua influência e relações de solidariedade recíproca, uma nova e poderosa dinâmica do movimento operário internacional e suas conquistas.
Significou um papel determinante, pago com 20 milhões de vidas, para a derrota, na 2ª Guerra Mundial, da Alemanha hitleriana e da coligação fascista (Alemanha, Itália, Japão) que ameaçava impor ao mundo o seu domínio de terror.
Significou, em datas diversas, o estímulo a novas revoluções socialistas, - no leste da Europa, na China, em Cuba, no Vietname, na Coreia do Norte, no Laos - com características diferenciadas e contraditórias, mas inseridas durante décadas no mesmo sentido positivo da evolução mundial.
Significou, pelo exemplo e pela solidariedade, uma contribuição para a luta dos povos oprimidos, o desenvolvimento dos movimentos de libertação nacional, o ruir do sistema colonial e a conquista da independência por povos secularmente submetidos ao colonialismo.
A revolução de Outubro, pelo que foi e pelas suas repercussões mundiais, constitui o acontecimento histórico mais importante do século XX.
Não é por acaso que ataques, propaganda e campanhas anticomunistas têm tido sempre em todo o mundo dois alvos centrais: a revolução de Outubro de 1917 e a obra e papel de Lénine que, com o Partido Bolchevique, dirigiu a luta do proletariado russo e a revolução vitoriosa.
Ainda recentemente, quando do 80º aniversário da revolução, assistimos a uma furiosa, vil e orquestrada campanha, - com seminários, livros, programas nos grandes meios de comunicação social - apresentando a revolução de Outubro e a acção de Lénine, como histórias de odiosos crimes.
É natural que as forças do capital o façam. Sabem tudo quanto a Revolução de Outubro, Lénine, a URSS, e outras revoluções socialistas e nacional-libertadoras representaram na luta libertadora dos trabalhadores e dos povos.
Um partido comunista, para continuar a sê-lo, não pode, por atitude ou omissão, favorecer e ainda menos secundar tão reaccionárias campanhas. Outubro e Lénine são referências fundamentais.

4. Se a União Soviética, tal como outros países, sofreu uma evolução negativa, que a conduziu ao desastre, não foi por que tenha fracassado o ideal e projecto comunista. Foi sim porque, num complexo processo, cuja análise está por aprofundar, acabou por se instaurar um "modelo" que deixou de corresponder a esse ideal e projecto e em alguns aspectos o perverteu.
Poder centralizado e burocratizado em vez de poder dos trabalhadores. Estatização completa da economia. Perda de ligação viva do governo e do partido com a classe operária e as populações. Ouvidos fechados à crítica. Não realização da prometida democracia "mil vezes mais democrática que a mais democrática das democracias burguesas". Intolerável abuso de métodos repressivos. Dogmatização da ideologia do partido e sua imposição como doutrina do Estado.
Já num processo avançado de degradação, a "perestroika" prometeu correcção e viragem: com mais democracia "mais socialismo". Não cumpriu. Renegou a revolução. Renegou tudo quanto o povo havia realizado, alcançado e vitoriado. Renegou a luta heróica dos que deram a vida. Renegou democracia e renegou socialismo.
O desmoronamento da URSS e a evolução para o capitalismo - com o caos económico, a liquidação de direitos sociais, as guerras internas, os "gangs" de súbitos milionários, o proliferar de poderosas mafias, a vaga da corrupção do crime e da prostitituição - é uma terrível catástrofe e perda para os povos da ex-URSS. Perda terrível também para os povos do mundo, que deixa campo mais livre ao imperialismo para se lançar à ofensiva tentando liquidar à força todas as forças que se lhe oponham, e impor de novo o seu domínio mundial.
Explica-se que na ex-URSS e noutros países se observe o que já se chama "saudade do passado". Não no sentido de refazer um "modelo" condenado, mas para, rejeitando tudo quanto estava mal e muito era, recuperando direitos perdidos, valorizando realizações e experiência passadas, encontrando soluções novas, reempreender a construção do socialismo.

5. Nos últimos 150 anos, o capitalismo conheceu um desenvolvimento em ritmo acelerado. Novos passos na expansão mundial. Descobertas e conhecimentos das ciências. Tecnologias revolucionárias. Inesperado e vertiginoso desenvolvimento das forças produtivas nos países mais desenvolvidos.
Ganhou assim novo fôlego. Manteve porém a sua natureza exploradora, opressora e agressiva.
Estes 150 anos de capitalismo são assinalados por duas guerras mundiais que sacrificaram uma centena de milhão de vidas e destruíram países inteiros. Por outras guerras, agressões e intervenções militares. Pelo terrorismo de Estado. Pelos crimes e genocídios de ditaduras fascistas e de regimes autocráticos. Por rapinas devastadoras de recursos e violentas agressões ecológicas. Pela exploração colonial e neo-colonial e guerras coloniais.
É certo que, depois de sofrer grandes derrotas históricas que, com os comunistas, lhe infligiram os trabalhadores e os povos, o capitalismo conseguiu, na segunda metade do século XX, inverter de momento a tendência da evolução mundial que vinha a processar-se a favor do socialismo. E, ao mesmo tempo que agrava ainda mais a exploração e opressão de classe, as desigualdades, injustiças e flagelos sociais, proclama-se como um sistema final, um "capitalismo civilizado", no qual desaparece a luta de classes através de soluções de consenso, e no qual imperará o "pensamento único", ou seja, a ideologia do capitalismo, que se acoberta na proclamação do "fim das ideologias".
A verdade é porém que o capitalismo, passados 150 anos do Manifesto Comunista, nem sequer resolveu um único dos graves problemas da classe operária e das massas oprimidas apontados no Manifesto. E, ao findar o século, mostra-se incapaz de resolver os grandes problemas da humanidade, está roído por crescentes contradições. O que tem por diante não é o fim da luta de classes mas um novo e inevitável fluxo da luta dos trabalhadores e dos povos e novas explosões revolucionárias na continuidade da luta anunciada e lançada há 150 anos pelo Manifesto Comunista.
Por muito difícil que seja o percurso, o socialismo, aprendendo com vitórias e derrotas, continua a ser a verdadeira alternativa.

6. As teorias de Marx e Engels, das quais o Manifesto Comunista faz uma primeira síntese, revolucionaram o pensamento e as sociedades no século XX.
A sua expansão mundial foi possível por explicar o que até então não tinha explicação. Sobre a relação do ser humano com a natureza que o envolve. Sobre as contradições e história das sociedades. Sobre a economia capitalista e suas leis. Sobre a actualidade da construção revolucionária de uma nova sociedade. Porque científicas e dialécticas, teorias abertas à reflexão e contrárias à própria cristalização.
As conquistas das ciências, as transformações provocadas pelas novas tecnologias, a internacionalização a nível mundial dos processos produtivos, as alterações na composição social das sociedades, incluindo na composição do proletariado, obrigaram e obrigam a novas respostas e a um novo rigor dos princípios teóricos.
Curioso que certos estudiosos, quando falam do marxismo, investigam o pensamento de Marx antes de este ter formulado as grandes conclusões teóricas. Ou seja: de quando Marx ainda não era marxista. O marxismo há que considerá-lo em movimento, acompanhando a vida.
Lembre-se que, apenas passados 50 anos do Manifesto Comunista, já o desenvolvimento do capitalismo exigia novos acertos teóricos. Lembre-se que coube a Lénine definir o capitalismo monopolista, "o imperialismo etapa suprema do capitalismo", como indica o título da sua obra célebre. Neste e noutros aspectos, negar ou recusar o pensamento de Lénine é negar o marxismo ao longo do século XX. Não foram infelizmente poucos os que, começando por negar Lénine acabaram por negar Marx.
A ideologia que inspirou as transformações e conquistas revolucionárias do século XX é correctamente designada por marxismo-leninismo.
Além do mais, porque a teoria adquiriu na sociedade força material quando amplas massas a tomaram como sua e, mesmo que conhecendo e assimilando apenas aspectos essenciais, sentem nela inspiração para lutarem com convicção, coragem e confiança. O marxismo-leninismo foi a grande ideologia revolucionária que inspirou e encaminhou as grandes lutas, realizações e experiências libertadoras de transformação social que marcam para sempre o século XX, na história da humanidade.
Não sem um percurso acidentado. Tanto tendências revisionistas como dogmáticas têm com frequência incapacitado de responder criativamente às transformações da realidade. Se muitas respostas têm sido dadas, muitas mais estão por dar.
Entretanto, princípios fundamentais continuam válidos e continuam não só a explicar o mundo, mas também a indicar como transformá-lo.

7. Uma breve referência:
Válidos os princípios fundamentais do materialismo dialéctico que, rejeitando verdades absolutas e eternas, confia no conhecimento científico.
Válida a confiança no conhecimento das realidades exteriores ao ser humano dispensando a imaginativa crença em forças sobrenaturais que testemunha a insuficiência do saber.
Válida a descoberta do modo de produção, das relações de produção, como determinante "em última instância" da vida social.
Válido, como o Manifesto Comunista proclama, que "a história de todas as sociedades até agora existentes é a história da luta de classes".
Válido que uma política de classe, de exploração e opressão de classe, é característica da política dos governos dos estados capitalistas.
Válidos os princípios fundamentais da teoria económica, nomeadamente da teoria da mais-valia "pedra angular da teoria económica de Marx".
Válido que o capitalismo, tal como sistemas anteriores, contêm contradições que, em determinado momento histórico, conduzem à sua substituição e que, como indica o Manifesto Comunista, entrámos num tal momento histórico.
Válido o objectivo, a necessidade e a possibilidade de construir uma sociedade nova, que liquide a exploração do homem pelo homem, que erradique as grandes desigualdades, injustiças e flagelos sociais.
Não é por insistência dogmática, mas porque a vida o comprovou nos 150 anos decorridos desde o Manifesto Comunista, que se afirma a validade e actualidade de princípios essenciais.

8. Não foi apenas a escolha de um nome, mas uma declaração programática, ter sido editado o Manifesto Comunista com o título de Manifesto do Partido Comunista.
O projecto, não só de luta com objectivos a curto e médio prazo, mas de superação do capitalismo e de construção do socialismo continha, como um elemento central, a existência e acção não só de um novo partido, mas de um partido novo.
Um partido independente dos interesses, dos objectivos, da ideologia das forças do capital. Um partido da classe operária, como sublinhou Engels, "constituído, não como a cauda de qualquer partido burguês, mas sim como partido independente, que tem o seu próprio objectivo, a sua própria política".
Grandes e pequenas vitórias da causa comunista, a capacidade de resistência às mais violentas perseguições, pressões e tentativas de liquidação, devem-se à existência de partidos assim concebidos, embora com diferenças resultantes de lutarem em diferentes condições e terem diferentes percursos e história.
Inversamente muitas derrotas resultaram do facto de partidos se terem afastado dos ideais comunistas. Da ligação viva com a classe operária e as massas populares. Da sua natureza e independência política e ideológica de classe. Dos seus objectivos revolucionários. Do património histórico da luta. Da sua identidade que diferencia um partido comunista dos outros partidos. Seguindo tais caminhos, alguns partidos acabaram por dissolver-se ou converter-se noutra "coisa". Outros, evoluindo nesse sentido, absorvem-se em conflitualidades internas susceptíveis de conduzir a rupturas.
Neste findar do século XX, tal como quando foi proclamado o Manifesto Comunista, tanto a luta por objectivos a curto e a médio prazo, como a luta pelo socialismo, continuam a não poder dispensar partidos comunistas, com este ou outro nome, mas convictos e confiantes nos traços essenciais da sua identidade.
Concretamente: A natureza e política de classe. A ligação à classe operária e às vastas massas populares. A defesa dos seus interesses e direitos. O objectivo da construção da sociedade socialista. A firmeza ideológica. A solidariedade internacionalista tendo como raiz o internacionalismo proletário. E também respeito pela verdade, convicção, confiança e coragem.

Leia-se ou releia-se o Manifesto Comunista. Passe-se em revista, sem ideias feitas nem preconceitos, a história dos 150 anos decorridos. Não se apresente como novo o que já é velho e revelho nem se diga ser velho o que é historicamente novo. Não se insista em proclamar que morreu o que está vivo e que viverá para sempre um sistema social já historicamente condenado. A história indica e a vida mostrará que o futuro não pertence ao capitalismo mas ao socialismo e ao comunismo.

"O Militante" Nº 233 - Março / Abril - 1998

domingo, janeiro 18, 2009

25 anos de arydez




Auto-Retrato

Poeta é certo mas de cetineta
fulgurante de mais para alguns olhos
bom artesão na arte da proveta
narciso de lombardas e repolhos.

Cozido à portuguesa mais as carnes
suculentas da auto-importância
com toicinho e talento ambas partes
do meu caldo entornado na infância.

Nos olhos uma folha de hortelã
que é verde como a esperança que amanhã
amanheça de vez a desventura.

Poeta de combate disparate
palavrão de machão no escaparate
porém morrendo aos poucos de ternura.




A revolução é hoje!

sexta-feira, janeiro 16, 2009

"O maior!"

Se nos mantivessemos puros como uma criança, se não fossemos obrigados a viver como marionetas, manipulados, proibidos, se só fossemos realmente como gostariamos de ser, o que exclama este camaradinha seria a nossa realidade:

Mas, porque não mudar? Não há coragem? Não tens filhos? Como lhes vais tu explicar esta vergonha na qual vivemos? Indiferença, comodismo? Não acredito!


Luta!

A revolução é hoje!

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Verdes anos

Curiosamente, depois de partir e abandonar a minha terra, prescindindo, coagido, da robustez que nos aporta a identidade e a identificação culturais, privado de referencias encetei um caminho novo, nasci com vinte e poucos anos para outra realidade, mas claro, nascer com 20 anos é bastante mais fácil que nascer biológicamente, muitas escolhas, bastantes sensações disfrutadas ou sentimentos; às vezes dificeis de controlar, permitem dotar-nos de maior exigência no relativo ao caminho que escolhemos.
Quem sabe por assumir necessário esse momento no qual rompemos a blindagem, quem sabe por fazer parte da mesma, continuando a levantar-me o pelo de forma aleatória, ora na face esquerda, ora nos joelhos, continuo a encontrar esse momento no qual, de forma automática e num delirio retrospectivo intemporal, reencontro emoções gratificantes que ratificam a necessidade de continuar a estimular, promover, apoiar, dentro da humilde de uma gota de água num oceano de inconformismo, a mudança que todos sabemos, no mais profundo da nossa razão, ser possivel.
Assim, sem procurar mas encontrando, deparei-me com um video ao qual tentei negar o privilégio de me abstrair. Contudo, depois de o dilacerar com camaradas, hoje, um dia depois, também seguramente por compartir outro blog com companheiros que a este dedicaram um artigo, embebido da divagação que favorece a permeabilidade, encontrei-me prostrado à memória, quadro que a música favorece quando constitui parte da nossa raiz, quando um instrumento vibra em armonia com a essencia mais visceral de qualquer ser.
Por tal, apostando tornar a exclusividade realidade, para a frente é que é caminho, para a frente do passado, entendendo esta viagem como construcção de um edificio, o qual, sem fundações, nunca será mais que uma miragem, aqui fica parte das minhas.

Ainda que, para viver, é necessário despertar.


A revolução é hoje!

União!


A revolução é hoje!

terça-feira, janeiro 13, 2009

É fundamental lutar!



Este ano, se todos quisermos, será possivel mudar!


A revolução é hoje!

sábado, janeiro 10, 2009

Inshalah!



A revolução é hoje!

quinta-feira, janeiro 08, 2009

O governo aumenta o capital da CGD para poder fazer desaparecer os prejuízos do BPN e reduzir o défice orçamental

RESUMO DESTE ESTUDO

O 1º ministro anunciou, no último debate na Assembleia da República, que o Estado ia aumentar o capital da CGD em 1.000 milhões de euros. E apresentou como razão para essa decisão do governo a seguinte justificação: "Nunca como agora o país precisou tanto de um banco público". Desta forma, procurou fazer passar a mensagem de que a única razão que movia o governo era o interesse do País. No entanto, esta afirmação é surpreendente num governo que tudo fez para reduzir o papel do Estado, e mesmo desorganizá-lo, com o pretexto de que isso era necessário para reduzir o défice orçamental, e que também tudo fez para privatizar o que ainda restava de rentável no sector público. E que depois nacionalizou um banco falido para suportar com fundos públicos os elevados prejuízos acumulados por uma gestão danosa privada. A verdade é que existem também outras razões que o governo ocultou à própria Assembleia da República e aos portugueses para aumentar o capital da CGD. Para compreender as outras razões do governo é necessário ter presente o seguinte. A transferência de dividendos da CGD para o O.E. aumenta as receitas do orçamento e, consequentemente, diminui o défice orçamental. O aumento de capital da CGD, mesmo financiado pelo Estado, pois o Estado é o único accionista da CGD, não aumenta o défice orçamental pois não é considerado no seu cálculo. Faz aumentar a divida do Estado mas não o défice orçamental. Mas expliquemos ainda de uma forma mais pormenorizada e concreta para que a operação de engenharia financeira que este governo pretende fazer fique ainda mais clara. A CGD é uma importante fonte de receitas do Orçamento do Estado. Entre 2007 e 2009, de acordo com a Lei do Orçamento do Estado, prevê-se que os bancos e as instituições financeiras públicas, em particular a CGD transfiram para o Orçamento cerca de 1.015,3 milhões de euros. Só a CGD, no ano de 2007, transferiu, segundo o seu Relatório e Contas, 300 milhões de euros, ou seja, mais 26,7% do que o total previsto no OE desse ano. O governo nacionalizou o BPN, um banco privado com elevados prejuízos. Esses prejuízos devem ser suportados pela CGD, ou seja, por fundos públicos. Mas se isso fosse feito utilizando directamente os lucros da CGD, esta ficaria impossibilitada de transferir para o Orçamento do Estado em 2008 e em 2009 o valor de dividendos previstos, o que faria aumentar o défice orçamental nesse valor, o que era negativo para a propaganda governamental. O que pretende fazer o governo? Apenas o seguinte: a CGD transfere os valores de dividendos previstos naqueles dois anos para o Orçamento do Estado, e o Estado endivida-se e, com o aumento da divida, aumenta o capital da CGD em 1000 milhões de euros que depois é utilizado para anular os prejuízos do BPN. Desta forma reduz o défice através dos dividendos recebidos, e não aumenta o défice por meio do aumento da divida publica necessária para aumentar o capital da CGD, já que o aumento da divida não é considerado para o cálculo do défice orçamental. Entra por um lado e sai pelo outro lado e, como por magia, o défice é reduzido. Uma operação de engenharia financeira que consegue enganar os media e a opinião pública, pois oculta um dos objectivos desta manobra governamental. Infelizmente, é assim que este governo funciona. O governo ao aumentar o capital da CGD em 1.000 milhões de euros confirma, embora de uma forma indirecta, que os prejuízos efectivos do BPN são muito superiores aos 700 milhões de euros anunciados inicialmente pelo ministro Teixeira dos Santos, estando já muito próximos dos mil milhões de euros, o que até já foi confirmado por uma auditoria ao BPN mandada fazer pela CGD, que apurou 950 milhões de euros, como alguns órgãos de informação já divulgaram. Assim torna-se ainda mais clara a razão do aumento de capital da CGD precisamente nesse valor, pois serão precisamente os capitais próprios deste banco público que terão de suportar, em última instância, os prejuízos do BPN, no caso da decisão do governo ser a de responsabilizar aquela entidade financeira pública pela resolução do problema deste banco, como parece que vai acontecer.
Um aspecto que caracteriza o comportamento deste governo é precisamente fazer, à socapa e procurando passar despercebido, o que acusava o governo do PSD/CDS de fazer, ou seja, operações de engenharia financeira que, de facto, não reduzem o défice orçamental, mas apenas ocultam esse défice. É exemplo comprovativo disso, o que está a suceder com os hospitais EPE, que têm acumulado centenas de milhões de euros de prejuízos mas que, pelo facto de serem empresas, isto é entidades jurídicas autónomas, os seus prejuízos não são considerados no cálculo do défice orçamental. O mesmo sucede com as empresas públicas de transportes. Estas empresas estão a ser obrigadas pelo governo a suportar uma parte importante dos custos das infra-estruturas de transportes que deviam ser financiados pelo Orçamento do Estado, pois é o Estado que recebe as receitas do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) e sobre os automóveis (IA) que se destinam precisamente a esse fim. No entanto, o governo, aproveitando o facto de tutelar essas empresas, obriga-as a suportar os custos dessas infra-estruturas. Como essas empresas não geram receitas próprias suficientes para poder executar essas infra-estruturas, têm-se endividado, pagando por esse endividamento crescente encargos financeiros cada vez mais elevados, o que determinou que já estejam tecnicamente falidas (CP, REFER, Carris, etc). Este comportamento do governo configura uma situação de desorçamentação de facto embora, sob o ponto de vista formal, possa não ser assim considerado. Um outro exemplo de engenharia financeira é o que está a acontecer com a CGD. Em menos de um ano, o capital social da CGD já foi aumentado duas vezes, passando de 2.950 milhões de euros para 3.500 milhões de euros. O 1º ministro anunciou na Assembleia da Republica, em 17/12/2008, um novo aumento do capital da CGD, agora de 1.000 milhões de euros, a ser financiado pelo Estado no âmbito dos 4.000 milhões de euros já aprovados pela Assembleia da República. Sócrates na intervenção que fez na Assembleia afirmou, com a falta de precisão e de transparência que o caracteriza quando fala de matérias económico-financeiras, que "nunca como agora o país precisou tanto de um banco público". Esta afirmação é surpreendente num governo que tanto fez para reduzir o papel do Estado, e mesmo desorganizá-lo, com o pretexto de que era necessário reduzir o défice orçamental. Com tal justificação pretendeu também fazer passar a mensagem que a única razão que movia o governo ao aumentar o capital da CGD era o interesse do País quando, na verdade, existem também outras razões, que o governo ocultou à própria Assembleia da República e aos portugueses, para tomar aquela decisão, como se vai provar.

O GOVERNO AUMENTA O CAPITAL DA CGD PARA PODER PAGAR OS PREJUÍZOS DO BPN E TRANSFERIR DIVIDENDOS PARA OE, E ASSIM REDUZIR O DÉFICE ORÇAMENTAL

Para se poder compreender a manobra do governo no caso do aumento do capital da CGD, é preciso ter presente a forma como são considerados, sob o ponto de vista técnico, para o cálculo do défice orçamental as transferências de dividendos da CGD para o Orçamento do Estado e o aumento do capital da CGD financiado pelo Estado. Sob o ponto de vista técnico, a transferência de dividendos da CGD para o O.E. faz aumentar as receitas do orçamento e, consequentemente, diminuir o défice orçamental. O aumento de capital da CGD, embora seja financiado pelo Estado, pois o Estado é o único accionista da CGD, no entanto esse financiamento não é considerado para o cálculo do défice orçamental. O aumento do capital da CGD realizado pelo Estado é financiado através do endividamento deste, e não por meio do défice orçamental. Faz aumentar a divida do Estado mas não o défice orçamental. Desta forma o governo transfere o seu pagamento para as gerações futuras, e assim pode apresentar um défice mais baixo. O quadro seguinte, construído com dados da Lei do Orçamento do Estado de 2007, 2008 e 2009, e do Relatório e Contas da CGD de 2007 torna mais clara e compreensível esta operação de engenharia financeira e de manipulação da opinião publica levada a cabo pelo governo.



Como os dados do quadro mostram os bancos e outras instituições financeiras públicas, em particular a CGD, são uma importante fonte de receitas do Orçamento do Estado. Entre 2007 e 2009, de acordo com o Mapa I da Lei do Orçamento do Estado aprovada deviam transferir para o Orçamento cerca de 1.015,3 milhões de euros. No entanto, só a CGD, no ano de 2007, transferiu, segundo o seu Relatório e Contas, 300 milhões de euros, ou seja, mais 26,7% do que o total previsto no Orçamento do Estado desse ano. O governo nacionalizou o BPN, um banco privado com elevados prejuízos. A solução aponta para que esses prejuízos sejam suportados pela CGD, portanto com fundos públicos. Mas se isso se fosse feito directamente com a utilização dos lucros da CGD, esta ficaria impossibilitada de poder transferir para o Orçamento do Estado em 2008 e em 2009 o valor de dividendos previstos desses anos, o que faria aumentar o défice orçamental nesse valor, o que era negativo para a propaganda governamental. O que vai fazer o governo? A CGD transfere para o OE pelo menos os valores previstos nos orçamentos daqueles dois anos, e o Estado endivida-se e, com o aumento da divida, aumenta o capital da CGD em 1000 milhões de euros. Desta forma reduz o défice através dos dividendos recebidos, e não aumenta o défice por meio do aumento do endividamento necessário para aumentar o capital da CGD, já que o aumento da divida não é considerado para o cálculo do défice. Recebe com uma mão, e dá com a outra. Uma operação de engenharia financeira que visa enganar os media, a opinião pública, e a própria Assembleia da República, pois oculta um dos objectivos principais desta manobra governamental. Infelizmente, é assim que funciona este governo.

GOVERNO ACABA POR CONFIRMAR QUE OS PREJUIZOS DO BPN ATINGEM 1.000 MILHÕES EUROS

O governo tem afirmado que os prejuízos conhecidos do BPN somam 700 milhões de euros. Este valor deve ter sido fornecido pelo Banco de Portugal. No entanto, o dr. Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, ouvido em audiência na Assembleia da República poucos dias depois, para se desculpabilizar de não ter actuado atempadamente, afirmou que apenas 16% das ilegalidades e falcatruas praticadas pelas administrações dos bancos eram detectadas pela entidade de supervisão. Desta forma deu uma mensagem de incapacidade e extremamente negativa da acção do Banco de Portugal, o que só pode incentivar comportamentos desviantes como os verificados no BCP, BPN e BPP, na medida que tornou clara a incompetência/incapacidade da autoridade de supervisão para os detectar atempadamente. Face à incapacidade reconhecida pelos próprios responsáveis do Banco de Portugal, entidade de supervisão da banca em Portugal, era previsível que os prejuízos acumulados pelo BPN fossem muito superiores aos 700 milhões de euros anunciados pelo governo, o que já tinha sido confessado publicamente por alguns dos altos responsáveis do BPN e confirmada pela auditoria mandada fazer pela CGD que apurou o valor de 950 milhões de euros. O governo ao aumentar o capital da CGD em 1.000 milhões de euros veio confirmar, embora de uma forma indirecta e tardia, que os prejuízos efectivos do BPN são muito superiores aos anunciados inicialmente, estando já muito próximos dos mil milhões de euros. Só assim é que se compreende e fica clara a razão do aumento de capital da CGD precisamente nesse valor, pois serão precisamente os capitais próprios deste banco público que acabarão por suportar a totalidade dos prejuízos do BPN.

18/Dezembro/2008

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Sionismo


Motivações reais de Israel

O que Israel teme não é o terrorismo e sim a independência palestina. Israel não permitirá que emerja um governo palestino soberano sobre a terra que pretende manter – e provavelmente expandir – como a sua própria. A Autoridade Palestina estava e está no bolso de Israel. O Hamas nunca será peão de Israel. Portanto, ele deve ser erradicado. Esta é a principal razão para a actual guerra relâmpago contra Gaza. Mas não é a única.

Aproximam-se as eleições israelenses, em Fevereiro. Antes do sítio o Likkud de Benjamin Netanyahu estava à frente nos inquéritos. A guerra relâmpago é uma demonstração de dureza, um gesto de que os políticos gostam de aproveitar-se em tempos de eleição. Tzipi Livni e Ehud Barak colocaram-se em evidência regozijando-se com o bombardeamento desde que os ataques começaram, esperando promover as fortunas eleitorais do Kadima e do Partido Trabalhista. E na verdade as sondagens do Partido Trabalhista estão 50 por cento mais altas nos últimos seis dias.

Finalmente, Israel nunca venceu uma guerra nos últimos 27 anos. Para agravar ainda mais as coisas, as Forças de Defesa de Israel sofreram uma humilhante derrota no Líbano, às mãos do Hezbollah, em 2006. Como disse segunda-feira Mark Heller, chefe de investigação associado no Instituto para Estudos de Segurança Nacional, da Universidade de Tel Aviv:

"Ninguém hoje tem medo de nós da mesma forma que antes... uma boa razão para esta operação [é] restaurar a credibilidade na capacidade de Israel para dissuadir inimigos".

A ironia, naturalmente, é que o actual sociocídio avolumará as fileiras do Hamas e dos seus simpatizantes, tal como o fiasco libanês de Israel reforçou o prestígio do Hezbollah. Mas só o activismo global em solidariedade com o povo palestino derrotará os desígnios colonialistas de Israel e a sua arrogância letal.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

PCP condena e apela à mobilização do Povo português contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza

O PCP condena firmemente a agressão militar de Israel na Faixa de Gaza e reclama do governo português uma urgente tomada de posição e iniciativas políticas e diplomáticas adequadas que visem pôr termo ao derramamento de sangue na Palestina.

A invasão, há muito programada, pelas tropas israelitas da Faixa de Gaza que tem como resultado centenas de vítimas e incontáveis destruições, reveste-se da maior gravidade, tanto mais quanto se insere nos projectos de domínio imperialista da região e das forças que vêem na guerra uma saída para a grave crise do capitalismo que assola o mundo.

O PCP condena a posição da Administração dos EUA de suporte e estímulo à criminosa agressão israelita e considera muito inquietante a ausência de acção da ONU face a esta ofensiva, assim como, da posição da União Europeia de conluio com os EUA no massacre do povo palestiniano. É particularmente escandaloso que em lugar de sanções apropriadas, a UE. se tenha proposto reforçar o acordo de associação com Israel.

O PCP expressa a sua solidariedade para com o povo palestiniano na sua prolongada e heróica luta pela construção do seu próprio Estado independente e soberano em território da Palestina. O PCP valoriza a corajosa acção das forças sociais e políticas que em Israel se batem pela paz e pelo reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestiniano.

O PCP considera inaceitável a posição do governo português de fuga à reprovação da continuada agressão israelita e insiste na imperiosa necessidade de uma clara e inequívoca condenação por Portugal das posições ilegais e criminosas do Estado de Israel.

Apelando aos trabalhadores, aos jovens e à população em geral para que se mobilizem em torno da exigência do fim imediato da agressão israelita, o PCP expressa o seu apoio à concentração convocada por várias organizações para o dia 8 de Janeiro, pelas 18.00 horas, frente à Embaixada de Israel.

sábado, janeiro 03, 2009

Cientistas descartam a mentira do aquecimento global

A Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, foi surpreendida pelos 650 lideres da ciência que refutam os relatórios apocalípticos sobre a culpabilidade humana no aquecimento global, considerando-os como uma mentira e um embuste que fazem parte de uma nova religião.

Amanhã, as suas vozes serão conhecidas através do relatório da minoria do Senado dos EUA que cita estes cientistas, muitos dos quais são antigos e actuais colaboradores do IPCC que pertence à ONU.

Cerca de 250 dos cientistas citados no relatório [do Senado] passaram a fazer parte dos cientistas dissidentes só no ano passado.

De facto, o número total de cientistas referidos neste relatório é 12 vezes superior ao número de cientistas, colaboradores da ONU, que redigiram o relatório do IPCC, de 2007.

Eis alguns excertos escolhidos do relatório [do Senado]:



"Eu sou céptico … O aquecimento global transformou-se numa religião" – Ivar Giaever , Prémio Nobel da Física.
"Desde que deixei de fazer parte de qualquer organização e de receber algum financiamento [para investigação], falo com toda a franqueza … Como cientista continuo céptica" – Dra. Joanne Simpson , cientista da [Física da] Atmosfera, primeira mulher, a nível mundial, a receber o título de Ph. D. [Doutorada] em Meteorologia e ex-colaboradora da NASA, autora de mais de 190 estudos e designada como "pertencente aos mais proeminentes cientistas dos últimos cem anos".
O pânico climático é o "maior escândalo científico da história … Quando as pessoas souberem qual é a verdade, elas ficarão decepcionadas com a Ciência e com os cientistas" – Dr. Kiminori Itoh , colaborador japonês do IPCC, galardoado como Ph. D. da físico-química ambiental.
"O IPCC", actualmente, transformou-se numa organização fechada que não ouve mais ninguém. Não têm mentes abertas [os membros do IPCC] … Estou realmente espantado como foi atribuído o Prémio Nobel da Paz sobre conclusões cientificamente falsas que foram ditas por pessoas que não são geólogos" – Dr. Arun D. Ahluwalia , geólogo indiano da Universidade do Punjab, membro do comité da ONU do Ano Internacional do Planeta.
"Os modelos [informáticos do clima] e as previsões do IPCC são incorrectos porque se baseiam em modelos matemáticos e apresentam resultados baseados em cenários que não incluem, por exemplo, a actividade solar" – Victor Manuel Velasco Herrera , investigador do Instituto de Geofísica da Universidade Autónoma de México.
"É uma mentira descarada erguer a voz na comunicação social para afirmar que apenas uma franja de cientistas não reconhece o aquecimento global de origem antropogénica" – Stanley B. Goldenberg , cientista estatal da Hurricane Research Division , da NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration [equivalente ao Instituto de Meteorologia dos EUA].
"Mesmo a duplicação ou a triplicação da quantidade de dióxido de carbono [na atmosfera] teria pouco impacto [climático], já que o vapor de água e a água condensada em partículas das nuvens [existentes na atmosfera] são e continuarão a ser dominantes na cena mundial [isto é, no estado do tempo e no clima a nível mundial]" – Geoffrey G. Duffy , Prof. do Departamento de Química e Engenharia de Materiais da Universidade de Auckland, Nova Zelândia.
"Depois de ler o comentário asinino de Rajendra Pachauri (Chairman do IPCC) sobre os Flat Earthers (ao considerar os cépticos como tal), é difícil manter-me calado" – Dr. William M. Briggs , estatístico do clima, especialista em previsões estatísticas, trabalha no Comité de Estatísticas e Probabilidades da Associação Americana de Meteorologia, editor associado da Monthly Review Weather
"Quantos anos deve o planeta arrefecer até percebermos que ele não está a aquecer? Quantos anos mais deve continuar o arrefecimento do planeta [que entrou numa fase de arrefecimento depois de 1998, até nos inteirarmos disso]? – Dr. David Gee , geólogo, Chairman do Comité do Congresso Internacional de Geologia de 2008, publicou mais de 130 artigos científicos em revistas com revisão pelos pares, lecciona actualmente na Universidade de Uppsala, Suécia.
"Gore incitou-me a [realizar] uma investigação científica profunda que me levou rápida e solidamente para o campo dos cépticos … Os modelos climáticos, na melhor das hipóteses, podem servir para explicar as alterações climáticas depois delas terem sucedido" – Hajo Smit , meteorologista holandês, inverteu a sua crença no aquecimento antropogénico para se tornar num céptico, ex-membro do Comité Holandês junto do IPCC.
"Muitos (cientistas) estão a tentar regressar a uma vida pacata (depois de promoverem o pânico climático) sem arruinar as suas carreiras profissionais" – James A. Peden , Físico da Atmosfera, ex-colaborador do Centro de Coordenação de Investigações Espaciais, em Pittsburgh, Pensilvânia.
"É um perigoso disparate criar uma ideologia suportada no dióxido de carbono … O alarmismo actual das alterações climáticas é um instrumento de controlo social, um pretexto para grandes negócios e para o combate político. Transformou-se numa ideologia preocupante" – Prof. Delgado Domingos [Instituto Superior Técnico, Lisboa], Portugal, fundador do grupo de Previsão Meteorológica Numérica, tem mais de 150 artigos científicos publicados.
"As emissões de CO 2 não causam absolutamente qualquer problema … Qualquer cientista sabe isso, mas não lhe pagam para dizê-lo … [A alguns pagam para dizer o contrário!] O aquecimento global, como veículo político, mantém os europeus sentados no veículo e os países em desenvolvimento a andarem descalços" – Dr. Takeda Kunihiko , vice-reitor do Instituto de Ciências e Tecnologia da Universidade de Chubu, Japão.
"O alarmismo (do aquecimento global) tem a sua justificação no facto de que é algo que gera fundos [para investigação]" – Dr. Eduardo Tonni , Paleontólogo premiado, membro do Comité de Investigação Científica de Buenos Aires, chefe do Departamento de Paleontologia da Universidade de La Plata.
O relatório também inclui estudos científicos actuais, revistos pelos pares, refutando o medo do aquecimento provocado pelo homem e desenvolvendo conhecimentos climáticos que contradizem a [respectiva] teoria.