quinta-feira, maio 22, 2008

Alguém contamina a água!


Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade.
O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos.
"Apenas Portugal apresenta um coeficiente superior ao dos Estados Unidos", sublinha ainda o documento.
O relatório é o principal instrumento que a Comissão Europeia utiliza para acompanhar as evoluções sociais nos diferentes países europeus.
Os indicadores de distribuição dos rendimentos mostram que os países mais igualitários na distribuição dos rendimentos são os nórdicos, nomeadamente a Suécia e Dinamarca.
"Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos.
Mas se forem comparados os coeficientes de igualdade de rendimentos dos Estados-membros com o respectivo PIB (Produto Interno Bruto) por habitante constata-se que os países como um PIB mais elevado são, na sua generalidade, os mais igualitários.

segunda-feira, maio 19, 2008

Carta a um jovem Neo-liberal, uma ode a quem só ajudou os Portugueses a adquirir direitos!


"Jovem, parece ser que ainda misturas alhos com bugalhos, é tolerável. Contudo, escreves mostrando-te educado p'la cultura imposta pelos traumatizados do 25 de Abril.
Antes de 60 já Portugal entrava em rota de colisao com os interesses de países como o reino-unido, estados unidos e/ou uniao soviética -entretanto, nao seria má ideia que te debruçasses sobre a convençao de Ialta-, deixando patente o despotismo da ditadura e a pouca consideraçao pelos designios do Portugal futuro, aquele no qual tu vives hoje, perdemos as colónias por culpa dessa carencia de sentidos e os acordos aos quais chegamos foram os menos maus, considerando a debilidade real dum País com a dimensao e importancia que detinha.
Quem fez o 25 de Abril nao foi o partido comunista, este, apenas congregou ou polarizou, sobretudo pela sua génese filosófica, sempre com o povo, os jovens, os trabalhadores ou os intelectuais progressistas, grande parte da populaçao descontente e reprimida, uma populaçao que era tratada como gado ao qual nem sequer se lhe permitia mugir. O partido comunista durante a ditadura ou na etapa do prec, sobretudo o PCP, aquilo que tratou de conseguir foi outorgar aos Portugueses todos os direitos que gozavam os povos mais "civilizados" e livres do globo e eliminar o feudalismo instalado, ainda que sem assassinar ou eliminar seres humanos, algo que fazia a viúva negra de comba-dao.
Hoje, se olharmos para o nosso país desde uma forma retrospectiva, podemos concluir que, antes do 25 de Abril os Portugueses nao tinham direitos, depois do prec, todos, a partir de ai, só, se retiraram direitos aos Portugueses, também a ti, ainda que alguns nem saibas que existiram.
Concluindo, o Português está traumatizado pelo protagonismo do partido comunista no centro da década de 70, traumatizado por que este combateu e ganhou, em conjunto com os Portugueses, a batalha contra o PAI TIRANO (parece que nao sabemos viver sem um pastor, algo lógico nos 30 ou 45 anos seguintes a meio século de rédea curta e chicote proactivo). O desconcerto da populaçao, quando se viu na necessidade de voltar a ser responsável pelo seu futuro, ainda nao acabou, Portugal nao se emancipou individualmente e culpa o PCP por tornar massas em seres humanos livres.
O grande problema foi a falta de preparaçao de grande parte dos Portugueses para assimilar, entender e utilizar essa benesse, e a contaminaçao pelos capitalistas que continuam a governar, resultando numa transferência inadequada ou deturpada da memória aos herdeiros deste decano país.
Os corruptos sao os mais amados, quem nao aceita entrar na corrente, deste rio de detritos éticos, é considerado inadaptado, comunista ou, pasme-se, saudosista."
P.S.- "O fracasso de um “modelo” que se afastou do ideal comunista Esta forma de o PCP compreender a teoria e a prática revolucionária vem de há muitos anos. Tornou-se particularmente imperativa com a derrocada da URSS e do regime existente noutros países do leste da Europa. Estes acontecimentos foram festivamente anunciados pelos propagandistas como prova de que a revolução socialista tinha sido um logro histórico, o fracasso histórico do ideal comunista. Anunciaram em consequência, “a morte do comunismo” e daí logo concluíram e anunciaram alguns a inevitabilidade e próxima morte dos partidos comunistas. Tais ideias, profusamente espalhadas, suscitam algumas considerações fundamentais. Em primeiro lugar, tanto a Revolução de 1917 na Rússia, a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a construção da sociedade nova, como outras revoluções de carácter socialista que se verificaram no leste da Europa, na Ásia, na América e com objectivos mais limitados em África, foram assinaladas por extraordinárias realizações, transformações e conquistas progressistas de carácter económico, social, cultural e político que, como atrás foi referido, transformaram no século XX a face do mundo. Em segundo lugar, o que fracassou não foi o ideal comunista, mas um “modelo” de sociedade que em aspectos fundamentais se afastou de tal ideal. Não foram apenas “erros humanos”, embora também o tenha havido, mas uma concepção, uma prática política e um exercício do poder que de facto se afastaram do ideal comunista. Afastaram-se no que respeita à questão central do poder e do seu exercício, substituindo-se o poder dos trabalhadores, o poder popular, por um poder fortemente centralizado cada vez mais distante das aspirações, participação, intervenção e vontade do povo. Afastaram-se no que respeita à democracia sempre justamente proclamada como elemento e valor integrante da sociedade socialista, mas que depois de uma fase revolucionária sofreu na sua vertente política graves limitações de carácter repressivo e infracções à legalidade. Afastaram-se no que respeita às estruturas socioeconómicas e ao desenvolvimento económico com a centralização e estatização excessivas, a eliminação de outras formas de propriedade e de gestão, o desprezo pelo papel do mercado e a desincentivação do empenhamento e produtividade dos trabalhadores. Afastaram-se no que respeita à natureza e ao papel do partido comunista, em que se verificou igualmente uma direcção altamente centralizada e burocratizada, o distanciamento progressivo dos trabalhadores e das massas populares, a fusão e confusão das funções do partido e do Estado e a imposição administrativa de decisões tanto no partido como no Estado. Afastaram-se no que respeita à teoria, por um lado pela cristalização e dogmatização do marxismo-leninismo, por outro lado pela revisão e abandono de princípios essenciais – num caso e noutro pela sua imposição como ideologia de Estado. Estas considerações são de particular importância não apenas para a análise histórica dos acontecimentos, mas como experiência que se impõe assimilar para a definição mais rigorosa dos objectivos futuros dos comunistas para a construção do socialismo. Em terceiro lugar, uma tão grave situação exigia não apenas a correcção de erros pontuais, mas mudança radical nas orientações e uma real reestruturação da sociedade no plano económico, social e político. Consolidando as grandes conquistas revolucionárias, restabelecendo o poder político do povo, instaurando efectivamente a democracia no Estado, no partido e na sociedade, superando a estagnação, aproveitando as potencialidades do sistema sócio-económico muito longe de estarem esgotadas, – impunha-se promover a renovação criativa e o reforço da sociedade socialista. Ao anunciar-se a “perestroika” na União Soviética esses objectivos foram apontados como objectivos fundamentais e isso explica a posição favorável e a atitude solidária que o PCP então adoptou para com o PCUS. Explica também as reservas que desde a primeira hora adiantámos em relação à atitude negativista relativamente ao passado, a novas formulações ideológicas e principalmente às concepções, objectivos, forças e processos contra-revolucionários, visando a destruição do socialismo e a restauração do capitalismo que logo começaram a desenvolver-se à sombra da “perestroika” e que adquiriram extrema gravidade por partirem das mais altas instâncias do poder do Estado e do partido, de dirigentes que traíram os seus compromissos e deveres. A evolução da situação na URSS e países do leste da Europa comprovaram infelizmente as reservas e atitudes do PCP relativamente ao processo em curso da “perestroika”. A derrocada e liquidação da URSS e a catastrófica situação que foi criada nesses países, a mudança da correlação de forças a nível mundial, e o aproveitamento da nova situação pelo imperialismo para tentar de novo impor a sua hegemonia mundial, contra a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos, utilizando todas as armas (económicas, financeiras, políticas, diplomáticas, militares), as ingerências, intervenções, agressões e guerras a que diariamente assistimos indicam que não só subsiste como se reforça a necessidade da luta dos comunistas por aqueles objectivos que foram através do século a razão de ser da sua existência e da sua luta. Em quarto lugar, nós, os comunistas portugueses, não tínhamos realizado em todos os seus elementos, e muito menos explicado antes da derrocada da URSS e noutros países do leste da Europa análises e críticas que actualmente fazemos. Tivemos esperança (que os acontecimentos mostraram ser demasiado optimista) numa correcção dos apontados aspectos negativos da evolução e da política nesses países." Excerto da conferência proferida por Álvaro Cunhal a 21 de Maio de 1993, em Ponte da Barca, inserido no ciclo de conferências e debates promovido pela Câmara Municipal local intitulado «Conversas com endereço». Tema proposto a Álvaro Cunhal: «O comunismo hoje e amanhã»."
Hoje, a liberdade, ainda promovendo a opiniao e como tal o usufruto do direito de ser livre, parece um "bicho de sete cabeças" do qual foge grande parte da populaçao, deixando assim o terreno adubado para quem , utilizado-a como escrava, cultive arvores de notas de 500, essas que só consomem, na sua quase totalidade, os corruptos do nosso País.
Abaixo, um excerto do discurso do Camarada Jerónimo de Sousa, um exemplo do totalitarismo do qual acusam o PCP:
"Daqui faço um especial apelo ao empenhamento de todos os camaradas para que participem no debate que se quer franco e aberto sobre os problemas do Partido e do seu reforço, da situação nacional e internacional, sobre os problemas da alternativa, sobre as questões essenciais para garantir um Portugal mais justo e mais democrático.
É com o contributo e o empenhamento de todos que conseguiremos um PCP mais forte, por Abril e pelo socialismo, para responder aos problemas e aspirações dos trabalhadores e do povo. Somos uma grande força que com a energia que resulta das nossas convicções e projecto, transporta a bandeira da esperança e que mostra que Portugal não está condenado às injustiças e ao declínio. Somos uma força que combate a resignação e o fatalismo.
Somos uma força que por todo o país se desenvolve uma actividade intensa, com muitos milhares de militantes a darem o melhor de si num exemplo de participação militante notável e única no panorama partidário português.Não há Partido como o PCP, este partido da classe operária e de todos os trabalhadores. O Partido que conhece e sente os problemas e intervêm para os resolver. O Partido que actua para dar resposta á aspiração a uma vida melhor.
Este Partido portador do ideal e projecto de uma sociedade nova liberta da exploração e da opressão e que com uma determinação sem limites e uma inabalável confiança no futuro se entrega à concretização um país mais justo, mais democrático e mais desenvolvido."


CRN
"Prefiero morir de pie que vivir de rodillas"

domingo, maio 18, 2008

Lisboa, 18 Mai (Lusa) - O escritor português José Saramago rejeitou hoje que Espanha não encare Portugal como um Estado independente, ideia defendida pelo vice-presidente do Governo Autónomo da Catalunha, Josep-Lluís Carod Rovira, em declarações à Lusa.
"Discordo completamente. Tenho com Espanha uma relação que é conhecida e nunca me apercebi de qualquer irregularidade política ou estratégia de qualquer tipo, comercial ou financeiro, que indicasse que Espanha não reconhece a independência de Portugal", disse o Nobel da Literatura.
A residir na ilha espanhola de Lanzarote há vários anos, José Saramago afirmou que "Espanha tem mais coisas em que pensar" do que em estar a "alimentar qualquer tipo de rancor histórico".
"A pessoa que fez essas afirmações está a tentar defender os interesses da Catalunha, não acredito nada que esteja interessada em Portugal", sublinhou o escritor que visitou hoje em Lisboa a exposição "José Saramago. A Consistência dos Sonhos".
"Não há nada mais fácil do que afirmar, mas é necessário que se demonstre" o que se diz, disse o escritor, acrescentando que nesses casos "a imprensa fica com uma manchete e não tem mais nada para dizer do que isso. Não aparece a justificação de uma afirmação tão séria e grave como essa".
Numa entrevista à Agência Lusa, o vice-presidente do Governo Autónomo da Catalunha disse que Espanha ainda não assumiu que Portugal é um Estado independente e que Madrid pretende manter uma "tutela paternalista" e uma atitude de "imperialismo doméstico" sobre o Estado português.
O número dois do executivo catalão e responsável pelas relações externas da região com 7,5 milhões de habitantes, afirmou que pretende conseguir o apoio de Portugal para o projecto de independência que defende para a Região Autónoma, cujo referendo propõe que se realize em 2014.

sábado, maio 17, 2008

Portugal ou Portugáis????


A proposta de resolução do Segundo Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico foi aprovada esta sexta-feira no Parlamento, com os votos favoráveis da maioria dos deputados, apesar de alguns votos contra de registo, como o do deputado Manuel Alegre, do PS, o dos populares Nuno Melo e António Carlos Monteiro e ainda o da não inscrita Luísa Mesquita.
Quanto às abstenções, registaram-se as do líder do CDS, Paulo Portas, e dos deputados da sua bancada Abel Baptista e José Paulo Carvalho, assim como dos parlamentares do PCP e dos Verdes.
Antes da votação se iniciar, três deputados do PSD - Henrique Freitas, Regina bastos e Zita Seabra (invocou «conflito de interesses» por ser editora) abandonaram o hemiciclo antes da votação, tal como Matilde Sousa Franco, do PS.
Este protocolo abre a possibilidade de adesão de Timor ao Acordo Ortográfico, já que na data em que foi assinado ainda não era existia como Estado soberano.
O acordo assinado em São Tomé e Príncipe aponta ainda que o acordo «entrará em vigor no primeiro dia do mês seguinte à data em que três Estados membros da CPLP tenham depositado, junto da República Portuguesa, os respectivos instrumentos de ratificação ou documentos equivalentes que os vinculem ao Protocolo».
No hemiciclo do Palácio de São Bento esteve o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, que salientou a importância deste acordo, por «regular a forma de escrever de uma mesma língua usada por mais de 220 milhões de pessoas». «É preciso compreender que língua portuguesa é de todos os seus utilizadores», disse o governante.
Na defesa do Acordo Ortográfico, a deputada socialista Teresa Portugal realçou que «o português é a única das quatro línguas de relações internacionais que não têm um código ortográfico comum» e que por esta razão uma uniformização nesta matéria se impõe.
O líder da bancada do PSD, Pedro Santana Lopes, também sublinhou neste sentido: «Não podemos ser fixistas nem rigidistas». E disse ser uma «honra» poder votar favoravelmente este acordo.
Da parte do Bloco de Esquerda, o deputado Luís Fazenda, salientou que a aprovação é uma «obrigação», entendendo que é necessária uma «decisão política» nesta matéria, «para que o português tenha outra afirmação no mundo».
No registo da oposição a este acordo, o deputado do CDS, Nuno Melo salientou: «Não será pelo acordo, que por cá se vai usar o infinitivo menos, do que lá se usa o gerúndio. Ou que atacador deixará de ser cadarço, apelido, deixará de ser alcunha, assobio deixará de ser silvo, biberão deixará de ser mamadeira, imposto deixará de ser propina, cueca deixará de ser calcinha, ou que gira deixará de ter muita graça».
Quando ao PCP, que se absteve, o deputado deputado João Oliveira, referiu, relativamente a esta resolução, que ela «não pode ser desligada do conteúdo material do Acordo Ortográfico». E segundo os comunistas, este «continua a ser um mau acordo».

quinta-feira, maio 08, 2008

Os grandes só nos parecem grandes porque estamos de joelhos perante eles. Levantemo-nos!





Não, não vou abundar no modelo de comunismo de conselhos, ainda que, para os detractores do comunismo, este resulte, pelo menos, perturbador. A possibilidade de aplicar esta realidade organizativa e, seguramente, bastante mais democrática que a actual tendência de implementar uma encoberta ditadura "bipolar", resulta contrária à filosofia de Schopenhauer e à sua aposta na decadênte aceitação da vida como sufrimento permanente (não era essa a intenção do Budismo). Medos, afastamento de si e da vida ou da vontade de viver, desvalorização do individúo ou desvirtuação do impeto pela consecução de objectivos.
Sem vontade, ou reprimindo esta como regra, seria melhor não sonhar, esperar que nos fustiguem para receber comida, só comida, como salário, cumprindo a vontade de quem se julga mais livre com a contenção das liberdades de quem à sua submete, como se de um rebanho manso se tratara. Escreverei sobre a manipulação dos Portugueses pela oligarquia mundial, através dos "CEO" da filial Portugal, sobre a forma de conduzir, obrigando de forma implicita, os cidadãos do meu país à escravidão.

1º- Abandonamos o campo e a pesca, deixámos de ser auto-suficientes, no aspecto alimentar, uma questão de segurança nacional em qualquer estado não alinhado.
Sobre o pretexto da "querida europa", que não será seguramente aquela à qual cantava Fausto, imigrámos em massa para algum dos polos de servilismo instituidos e em franca expansão, neste país que não só se constitui por Lisboa ou Porto, e passámos a formar parte da vara de mão de obra barata e abnegada que procura o capital transnacional, passando a depender do mesmo até que aumente a segurança noutro país de terceiro mundo onde a vida valha ainda menos e assim os gastos com pessoal ou os impostos.
Ao abandonar a nossa terra deixamos o "terreno" adequado aos interesses dos especuladores, aqueles que criam estructuras para que os poucos que permanecem não encontrem outra forma de sobreviver senão servindo, com boa cara, boa aparência e 12º ano, os turistas de pé descalço que por uns patacos vêm ao nosso país descarregar a tensão acumulada durante o seu ano de trabalho, naturalmente mais bem pago, ainda que as funções, no seu país, sejam similares àquelas para as quais estudou o cidadão que por cá o limpa.
Ao reduzir, globalmente, as áreas de producção agricola, pesqueira, etc. Diminuimos a quantidade de alimentos nacionais no mercado, importamos de onde nos permitirem, aumentando consequentemente o preço dos productos e sendo culpados indirectos da fome que se anuncia, obrigando a aumentar ordenados, reduzir quadros, mais desemprego, menos consumo, mais desemprego, encerramento de pequenas e medias empresas, essas seguramente nacionais, mais impostos, menos direitos sociais, deslocalização das multinacionais, mais desemprego, mais fome, mais impostos, mais dependência do oligopólio.
2º- Tornar-nos-emos robôs, cada dia mais caros, sujeitos a critérios cada vez mais restrictivos, sobretudo e antes de mais nas oportunidades de trabalho, aumentando o fosso entre as camadas sociais mais favorecidas, que serão também as mais formadas (ou deformadas) académicamente, e a grande maioria do proprietário real -embora sem serventia- deste país, o cidadão comum ou seja todos nós, facilitando ainda mais o dominio do ser humano pelo capital e seus esbirros e aceitando pagar para trabalhar, algo que já se leva a cabo cada vez que entramos numa urgência ou vamos ao médico para que nos solucione problemas de saúde derivados, muitas vezes, do trabalho, problemas fisicos e psiquicos e que também se reflectem na vida familiar, para que possâmos voltar ao trabalho.
3º- Globalmente, ao votar governos como aqueles que, estilo capataz, no têm usado durante os 33 últimos anos, estamos a permitir a criação de latifúndios, latifúndios transnacionais, os quais nos obrigarão a perder a vontade, poderemos deixar de ser "O animal que fala", a tábua rasa dos nossos filhos será impressa no momento do parto e a noosfera com a qual sonhávamos, um sonho de criança antiga, daquelas que só se souberam escravas quando, ainda cândidas ("hay que madurar pero sin perder la candidez"), se deram conta que o seu valor está cotado no mercado e definido por quem, só por ser share-holder, se dá conta, no quarto de banho, que a rentabilidade da empresa que paga ordenados mais baixos é maior. Pensaremos que tudo não passou de idealismo juvenil e sem fundamentos, ainda que os nossos filhos nem sequer possam brincar dessa forma, como acontece hoje em muitos países, também no nosso.
Vamos votar fora do binómio, não podemos continuar a ser uma massa uniforme da qual se alimentam os corruptos!

"Os grandes só nos parecem grandes porque estamos de joelhos perante eles. Levantemo-nos!"

CRN