Aproxima-se mais uma década, dos milhares que a terra já cumpriu, uma década que, como as demais, para alguns, tornará mais pesada a influência do passado que a preocupação pelo futuro, que, para esses mesmos, impedirá aprender por consequência da dedicação na compreensão dos motivos ou dos fenómenos que os colocaram na situação deprimida e/ou carenciada na que se encontram por insistirem em realizar uma atribuição causal exógena. Para outros, até a alegria promovida pela confraternização que nesta data acontece será despojo comestível.
Porém, não é com este tipo de perspectiva quasi-maniqueista que encaro esta nova etapa. Quem sabe porque não tenho um passado tão rico quanto aquele futuro que reside comigo no sonho de uma nova sociedade, colaborando no trabalhar dessa esperança capaz de transformar a realidade, prefiro olhar o novo ano, a nova década, como quem olha para uma criança, encarando a sua formação uma responsabilidade inerente à condição humana, como quem sabe que, mesmo dedicando toda uma vida a determinado projecto, só uma ínfima parte desse esforço será aproveitada, mas, sem perder a noção do que é realmente importante, do pliotropismo comum a todos os seres vivos.
Assim, melhorar as condições de vida que terei que enfrentar, eliminar as dificuldades que aqueles aos quais ainda ninguém foi capaz de sorver o amanhã depararão como herança, ao contrário do que dizem os "magos", só serão desejos concretizáveis enquanto modifiquem determinadas conductas, as nossas, deixando estes, só assim, de pertencer ao passado, a esse passado, que mais tarde se nos poderá apresentar dificil de explicar.
Libertar a vontade de melhorar o próximo ano, aceitemos ou não, passa só por nós.
Façamos um bom ano novo!
Just the job for green transition
Há 1 dia