domingo, janeiro 30, 2011
sábado, janeiro 29, 2011
Um apelo de quem sente...
"Estão em debate no PE seis propostas da Comissão Europeia que são anti-sociais e um atentado à soberania de países como Portugal por ter dificuldades de cumprir os critérios cegos do Pacto de Estabilidade. Querem aplicar multas até 0,5% do PIB e fiscalizar mensalmente as contas orçamentais, esquecendo o desemprego e a pobreza.
Vamos lutar contra isto!"
Ilda Figueiredo
sexta-feira, janeiro 28, 2011
Como de súbito
Como de súbito na vida tudo cansa!
e cansa-nos a vida e nos cansamos dela,
ou ela é quem se cansa de nós mesmos,
na teima de existir e desejar?
Porque, neste cansaço, não o que não tivemos,
ou que perdemos, ou nos foi negado,
o que de que se cansa, mas também
o quanto temos, nos ama, se nos dá
a até os simples gozos de estar vivo.
Um dia é como se uma corda se quebrara,
ou como se acabara de gastar-se,
que nos prendia a tudo e tudo a nós.
Não é que as coisas percam importância,
as pessoas se afastem, se recusem,
ou nós nos recusemos. Não. è mais
ou menos que isto- se deseja igual
ao como até há pouco desejávamos.
É talvez mais. Mas sem valor algum.
O dia é noite, a noite é dia, a luz
se apaga ou se derrama sobre as coisas
mas elas deixam de ter forma e cor,
ou se sumir no espaço como forma oculta.
E o que sentimos é pior que quanto
dantes sentíamos nas horas ásperas
da fúria de não ter ou de ter tido.
Porque se sente o não sentir. Um tédio
Não como o tédio antigo. Nem vazio.
O não sentir. Que cansa como nada.
Até dizê-lo cansa. É inútil. Cansa.
e cansa-nos a vida e nos cansamos dela,
ou ela é quem se cansa de nós mesmos,
na teima de existir e desejar?
Porque, neste cansaço, não o que não tivemos,
ou que perdemos, ou nos foi negado,
o que de que se cansa, mas também
o quanto temos, nos ama, se nos dá
a até os simples gozos de estar vivo.
Um dia é como se uma corda se quebrara,
ou como se acabara de gastar-se,
que nos prendia a tudo e tudo a nós.
Não é que as coisas percam importância,
as pessoas se afastem, se recusem,
ou nós nos recusemos. Não. è mais
ou menos que isto- se deseja igual
ao como até há pouco desejávamos.
É talvez mais. Mas sem valor algum.
O dia é noite, a noite é dia, a luz
se apaga ou se derrama sobre as coisas
mas elas deixam de ter forma e cor,
ou se sumir no espaço como forma oculta.
E o que sentimos é pior que quanto
dantes sentíamos nas horas ásperas
da fúria de não ter ou de ter tido.
Porque se sente o não sentir. Um tédio
Não como o tédio antigo. Nem vazio.
O não sentir. Que cansa como nada.
Até dizê-lo cansa. É inútil. Cansa.
Jorge de Sena
A Portugal
Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de nascido nela.
Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.
Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de nascido nela.
Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.
Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não
Jorge de Sena
Pela candidatura de Francisco Lopes
O número de portugueses registados no sistema da Segurança Social espanhol continua a cair, estando referenciados no final do ano passado 51.831 trabalhadores, quase menos mil do que em Agosto de 2010, indicam dados oficiais revelados hoje.
Os dados do Ministério do Trabalho espanhol confirmam, assim, uma tendência que se tem vindo a consolidar nos últimos anos.
Os dados do Ministério do Trabalho espanhol confirmam, assim, uma tendência que se tem vindo a consolidar nos últimos anos.
PCP em Espanha x 300%
Sede III
Depois de mais uma volta ao resultado eleitoral, vejo a obrigação de assumir o tremendo erro que cometi equacionando os mesmos e sacando as conclusões que incluí no post "A marisma". continuando...
quinta-feira, janeiro 27, 2011
quarta-feira, janeiro 26, 2011
Sede I
Dia Internacional da Água
"Assinala-se a 1 de Outubro o Dia Internacional da Água, oportunidade para uma reflexão dos portugueses sobre a importância deste recurso para o nosso futuro colectivo e sobre qual deverá ser a política de gestão e utilização que sirva os interesses dos portugueses e do País. A crescente sensibilidade dos portugueses para a importância da água e o aumento de conhecimento desta problemática, se tem tido algum eco no discurso do Governo PS, não tem tido a mesma correspondência na sua política. O PCP manifesta a sua maior preocupação com a actual gestão da água e alerta para a irresponsabilidade com que o Governo, optando por favorecer outros interesses em detrimento de uma correcta política da água, está a pôr em causa o futuro dos portugueses. O Governo PS manteve formalmente o modelo institucional centralizado, burocratizado e dissociado do conceito de bacia hidrográfica, instalado pelo PSD, agravando as suas distorções por uma prática cada vez mais centralizadora, redutora da adequada participação dos cidadãos, das autarquias e dos utilizadores da água. O debate público foi sempre substituído pela apresentação pública de projectos. Os agentes económicos e sociais não são chamados nem ouvidos na definição da política da água. Os próprios Conselhos de Bacia têm sido utilizados como mero palco de apresentações esporádicas, deturpando a sua natureza de órgão consultivo estratégico na elaboração dos Planos de Bacia Hidrográfica. Continua adiada a promessa eleitoral da publicação de uma Lei da Água, assim como continua sucessivamente adiada a apresentação das propostas dos Planos de Bacia Hidrográfica e do Plano Nacional da Água. A administração da água consiste em intervenções casuísticas e centralizadoras, de carácter arbitrário, sem o suporte técnico e científico adequado, assim como num deficiente aproveitamento dos fundos destinados ao sector, a que acresceu a sua gestão desequilibrada e desarticulada. Tem vindo a crescer a pressão sobre as autarquias para o mesmo esvaziamento em proveito de entidades de direito privado sobre as quais não têm controlo, designadamente no que diz respeito às competências de abastecimento de água e saneamento. Mais de um milhão de pessoas residentes em Portugal continental estão privados do direito a abastecimento público de água. Segundo os dados do Ministério do Ambiente, 27% dos portugueses não usufruem de qualquer tipo de recolha de águas residuais, e apenas é tratado o esgoto de 55% da população. O modelo de gestão da água como recurso finito, móvel e reutilizável de propriedade comum, bem de primeira necessidade cujo acesso é um direito natural, como suporte de ecossistemas e elo de equilíbrio climático, reflecte o projecto de desenvolvimento do País e a forma de exercício da soberania e da democracia. A gestão da água tem de ser assumida como a gestão de um património comum, que não pode ser alvo de lógicas economicistas de curto prazo mas, ao contrário, terá de assumir-se como compromisso dinâmico de adequada relação entre o Homem e os recursos de que pode usufruir. No entender do PCP, muito mais que uma política sectorial, a política da água é uma componente estrutural do desenvolvimento humano integrado e sustentado, de equilíbrio com o espaço envolvente e de autonomia. O que exige que o ambiente seja encarado como um sistema dinâmico no qual o Homem, ocupando o lugar central, é o garante da preservação e equilíbrio ecológico, do respeito pela natureza e, simultaneamente, objecto da procura das condições que permitam a melhoria do seu nível de saúde e de bem-estar. Saudando a progressiva disponibilidade dos portugueses para a protecção e poupança deste recurso essencial, o PCP manifesta o seu empenhamento na resolução dos principais problemas que afectam este sector, exortando os portugueses a uma atitude cada vez mais atenta e participativa na exigência de uma política da água que sirva o interesse de Portugal."
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP - Setembro 2000
"Assinala-se a 1 de Outubro o Dia Internacional da Água, oportunidade para uma reflexão dos portugueses sobre a importância deste recurso para o nosso futuro colectivo e sobre qual deverá ser a política de gestão e utilização que sirva os interesses dos portugueses e do País. A crescente sensibilidade dos portugueses para a importância da água e o aumento de conhecimento desta problemática, se tem tido algum eco no discurso do Governo PS, não tem tido a mesma correspondência na sua política. O PCP manifesta a sua maior preocupação com a actual gestão da água e alerta para a irresponsabilidade com que o Governo, optando por favorecer outros interesses em detrimento de uma correcta política da água, está a pôr em causa o futuro dos portugueses. O Governo PS manteve formalmente o modelo institucional centralizado, burocratizado e dissociado do conceito de bacia hidrográfica, instalado pelo PSD, agravando as suas distorções por uma prática cada vez mais centralizadora, redutora da adequada participação dos cidadãos, das autarquias e dos utilizadores da água. O debate público foi sempre substituído pela apresentação pública de projectos. Os agentes económicos e sociais não são chamados nem ouvidos na definição da política da água. Os próprios Conselhos de Bacia têm sido utilizados como mero palco de apresentações esporádicas, deturpando a sua natureza de órgão consultivo estratégico na elaboração dos Planos de Bacia Hidrográfica. Continua adiada a promessa eleitoral da publicação de uma Lei da Água, assim como continua sucessivamente adiada a apresentação das propostas dos Planos de Bacia Hidrográfica e do Plano Nacional da Água. A administração da água consiste em intervenções casuísticas e centralizadoras, de carácter arbitrário, sem o suporte técnico e científico adequado, assim como num deficiente aproveitamento dos fundos destinados ao sector, a que acresceu a sua gestão desequilibrada e desarticulada. Tem vindo a crescer a pressão sobre as autarquias para o mesmo esvaziamento em proveito de entidades de direito privado sobre as quais não têm controlo, designadamente no que diz respeito às competências de abastecimento de água e saneamento. Mais de um milhão de pessoas residentes em Portugal continental estão privados do direito a abastecimento público de água. Segundo os dados do Ministério do Ambiente, 27% dos portugueses não usufruem de qualquer tipo de recolha de águas residuais, e apenas é tratado o esgoto de 55% da população. O modelo de gestão da água como recurso finito, móvel e reutilizável de propriedade comum, bem de primeira necessidade cujo acesso é um direito natural, como suporte de ecossistemas e elo de equilíbrio climático, reflecte o projecto de desenvolvimento do País e a forma de exercício da soberania e da democracia. A gestão da água tem de ser assumida como a gestão de um património comum, que não pode ser alvo de lógicas economicistas de curto prazo mas, ao contrário, terá de assumir-se como compromisso dinâmico de adequada relação entre o Homem e os recursos de que pode usufruir. No entender do PCP, muito mais que uma política sectorial, a política da água é uma componente estrutural do desenvolvimento humano integrado e sustentado, de equilíbrio com o espaço envolvente e de autonomia. O que exige que o ambiente seja encarado como um sistema dinâmico no qual o Homem, ocupando o lugar central, é o garante da preservação e equilíbrio ecológico, do respeito pela natureza e, simultaneamente, objecto da procura das condições que permitam a melhoria do seu nível de saúde e de bem-estar. Saudando a progressiva disponibilidade dos portugueses para a protecção e poupança deste recurso essencial, o PCP manifesta o seu empenhamento na resolução dos principais problemas que afectam este sector, exortando os portugueses a uma atitude cada vez mais atenta e participativa na exigência de uma política da água que sirva o interesse de Portugal."
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP - Setembro 2000
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segunda-feira, janeiro 24, 2011
A marisma
Tendo sido as eleições que históricamente menos participadas se revelaram, todo um sinal de confiança na acção dos anteriores governos; sem que aqueles que necessitavam pedir emprestados os olhos da criança que foram para tentar descobrir a vontade que de tantos ataques se vai mascarando parecendo abandoná-los; os acontecimentos relacionados com a corrupção inimputada; a imagem tendenciosamente manipulada e transmitida pelos meios de comunicação que nos coloca como meros elementos de figuração numa história na qual somos e sempre seremos, os protagonistas; o aproveitamento da burocracia por parte de quem legisla para dificultar o exercicio de um direito conquistado pela luta e morte de tantas Mulheres e Homens que nos antecederam e acompanham ou, a opção das diferentes forças políticas no relativo à eleição dos seus candidatos, Portugal continua na senda da decadência.
Observando o resultado das várias candidaturas, numa análise "grosso modo", podemos perceber o valor real do esclarecimento da população. Dos três candidatos apoiados por partidos políticos, encontramos que, Francisco Lopes, apesar de que a sua base de apoio também se encontre exposta aos factores anteriormente mencionados e a outros que aqui não se expõem e que possibilitaram uma abstenção superior a 53%, foi a aquela que menos sustento perdeu, bastando para tal atender a que este reduziu a sua votação em 10%, enquanto Cavaco perdeu quase 14% e que, no caso de Manuel Alegre, aproximadamente 20% do seu eleitorado lhe retirou a confiança.
Em última impressão, não sendo, nem pretendendo, um ignorante equivocado sabe-tudo da política, encontrei que foi maioritariamente a juventude quem reinvindicou o seu direito, quem quis mudar a marisma e transformá-la, a mesma juventude da qual prescindem todos os governos que desde 1975 têm vindo a atrofiar o país, a mesma juventude víctima primeira desta mentira na qual 23% do eleitorado nos obriga a acompanhar quem chafurda como no líquido materno.
A luta deve continuar.
Observando o resultado das várias candidaturas, numa análise "grosso modo", podemos perceber o valor real do esclarecimento da população. Dos três candidatos apoiados por partidos políticos, encontramos que, Francisco Lopes, apesar de que a sua base de apoio também se encontre exposta aos factores anteriormente mencionados e a outros que aqui não se expõem e que possibilitaram uma abstenção superior a 53%, foi a aquela que menos sustento perdeu, bastando para tal atender a que este reduziu a sua votação em 10%, enquanto Cavaco perdeu quase 14% e que, no caso de Manuel Alegre, aproximadamente 20% do seu eleitorado lhe retirou a confiança.
Em última impressão, não sendo, nem pretendendo, um ignorante equivocado sabe-tudo da política, encontrei que foi maioritariamente a juventude quem reinvindicou o seu direito, quem quis mudar a marisma e transformá-la, a mesma juventude da qual prescindem todos os governos que desde 1975 têm vindo a atrofiar o país, a mesma juventude víctima primeira desta mentira na qual 23% do eleitorado nos obriga a acompanhar quem chafurda como no líquido materno.
A luta deve continuar.
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Fausto - atrás dos tempos...
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Este fim de semana...
... como opção (basta querer), podemos integrar a mesa eleitoral e/ou, votar, no Francisco Lopes, claro...
Até lá, e porque há muito trabalho no terreno, fica este post:
Até lá, e porque há muito trabalho no terreno, fica este post:
terça-feira, janeiro 18, 2011
Dorme
Não sonhando nunca necessitaremos contrariar o estabelecido, mas, mais importante, sem sonhos estaremos seguros de nunca criar realidades que quem nos governe não possa controlar.
Para sonhar há que dormir, bastam 90 minutos, para adormecer é necessário estar acordado.
Para sonhar há que dormir, bastam 90 minutos, para adormecer é necessário estar acordado.
"Não dar tréguas ao fascismo"
Uma das muitas estratégias para manipular as populações, além da coacção física ou da imprimação da solidão como realidade próxima, é também o potenciar da memória de experiências aversivas com o objectivo de condicionar pelo medo a sua vontade ou comportamento.
Além do debate a que o povo português pôde assistir num momento crítico para a sua emancipação, entre Álvaro Cunhal e Mário Soares, onde, reiteradamente, este último afirmou que o Partido Comunista o que pretendia era instaurar uma ditadura – conscientes todos do peso que uma palavra que havia determinado a vida do país durante 48 anos poderia ter, sem nos esquecermos que o desequilíbrio fisiológico que o vitimou, através da fome ou do amordaçar da sua voz, impedindo-o criar imagens passíveis de construir sonhos de outras realidades, fomentaria -; no qual se acusou este partido, sem qualquer legitimidade, de estar a conduzir o país para uma guerra civil; ainda depois da entrega da vida dos trabalhadores ao capitalismo apátrida, o condicionamento não parou. Analisemos o dramatismo desta peça teatral, onde se traz à cena uma comedida agitação a atribuir já se sabe a quem:
Hoje, fruto desse trabalho de base, a consciencialização relativa à assunção do resultado das opções de cada um, abrindo os olhos àquelas divergentes das propagandeadas pelos meios de comunicação propriedade dos grupos económico-políticos estabelecidos, aceites como únicas numa espécie de “neolinguísmo” cultural (Similar ao alemão da década de 30 do século passado) reduzido ao tamanho do ecrã, torna-se cada vez mais determinante para a preservação de Portugal, que somos todos, e, de dimensão similar, da espécie.
Filogeneticamente emparentados com as demais espécies, somos, contudo, possuidores de pelos menos uma característica muito singular, o pensamento abstracto (basta que consideremos conquistas históricas incontornáveis). Assim, ao contrário dos limitados animais que no vídeo* em baixo se revelam incapazes de se libertar, perpetuando por si sós os reflexos derivados da repressão, só justificando a liberdade conquistada em Abril poderemos expulsar a corja do governo.
Faltam 6 dias para, sem medo, protagonizarmos um enorme momento civilizacional, dos muitos que experimentaremos pelo caminho.
*- Este paradigma experimental é real.
Além do debate a que o povo português pôde assistir num momento crítico para a sua emancipação, entre Álvaro Cunhal e Mário Soares, onde, reiteradamente, este último afirmou que o Partido Comunista o que pretendia era instaurar uma ditadura – conscientes todos do peso que uma palavra que havia determinado a vida do país durante 48 anos poderia ter, sem nos esquecermos que o desequilíbrio fisiológico que o vitimou, através da fome ou do amordaçar da sua voz, impedindo-o criar imagens passíveis de construir sonhos de outras realidades, fomentaria -; no qual se acusou este partido, sem qualquer legitimidade, de estar a conduzir o país para uma guerra civil; ainda depois da entrega da vida dos trabalhadores ao capitalismo apátrida, o condicionamento não parou. Analisemos o dramatismo desta peça teatral, onde se traz à cena uma comedida agitação a atribuir já se sabe a quem:
Hoje, fruto desse trabalho de base, a consciencialização relativa à assunção do resultado das opções de cada um, abrindo os olhos àquelas divergentes das propagandeadas pelos meios de comunicação propriedade dos grupos económico-políticos estabelecidos, aceites como únicas numa espécie de “neolinguísmo” cultural (Similar ao alemão da década de 30 do século passado) reduzido ao tamanho do ecrã, torna-se cada vez mais determinante para a preservação de Portugal, que somos todos, e, de dimensão similar, da espécie.
Filogeneticamente emparentados com as demais espécies, somos, contudo, possuidores de pelos menos uma característica muito singular, o pensamento abstracto (basta que consideremos conquistas históricas incontornáveis). Assim, ao contrário dos limitados animais que no vídeo* em baixo se revelam incapazes de se libertar, perpetuando por si sós os reflexos derivados da repressão, só justificando a liberdade conquistada em Abril poderemos expulsar a corja do governo.
Faltam 6 dias para, sem medo, protagonizarmos um enorme momento civilizacional, dos muitos que experimentaremos pelo caminho.
*- Este paradigma experimental é real.
domingo, janeiro 16, 2011
Neandertal e paciência
Na imagem seguinte, à esquerda um exemplo do crânio evoluído da espécie, com uma frente proeminente, à direita, uma cabeça de Neandertal.
Dedicado estes dias a conhecer matérias que consideram certos aspectos morfológicos da evolução, sem deixar de atender a que certas deformações encontradas em esqueletos se ficaram a dever apenas a influências culturais, encontrei no Neandertal determinadas características que se revelaram assobrosamente comuns a pelo menos um exemplar de, até agora aceite como tal, homo sapiens. Possivelmente a prova de uma continuidade genética paralela que contrariaria Darwin no que à variabilidade respeita, que, ao mesmo tempo, poderia explicar a razão da escolha deste exemplar para capataz do imperialismo no nosso país, considerando a sua proximidade ao tempo da prática inexistência do cortéx frontal, ou, à etapa embrionária do seu desenvolvimento, que o tornaria obediente e pouco capaz de articular qualquer linha de pensamento, razão pela qual apenas domina a sentença: "-Sobre isso... Não me pronuncio", aqui ficam alguns exemplos dessa semelhança, que, reitero, não passa de uma curiosidade.
Claro que, a tendência evolutiva é a de promover uma capacidade adaptativa síncrona e generalizada. Assim, sendo a paciência uma característica da inteligência, resistir na vanguarda - como faremos no dia 23 - é já vencer.
Resumindo: na foto abaixo poderemos encontrar, à esquerda (como já sabiamos), um exemplo do Homem actual e, no extremo direito, uma simulação de como seria o Neandertal. Como se poderá observar, as diferenças são claras, a área mais importante e que nos diferencia de outras espécies, que na imagem da esquerda se apresenta desenvolvida, extremamente relacionada com a cognição, no indivíduo da direita revela-se ainda atrofiada.
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Canção da paciência - Zeca Afonso
sábado, janeiro 15, 2011
Senta-te aí
Está na hora de ouvires o teu pai
Puxa para ti essa cadeira
Cada qual é que escolhe aonde vai
Hora-a-hora e durante a vida inteira
Podes ter uma luta que é só tua
Ou então ir e vir com as marés
Se perderes a direcção da Lua
Olha a sombra que tens colada aos pés
Estou cansado. Aceita o testemunho
Não tenho o teu caminho pra escrever
Tens de ser tu, com o teu próprio punho
Era isto o que te queria dizer
Sou uma metade do que era
Com mais outro tanto de cidade
Vou-me embora que o coração não espera
À procura da mais velha metade
Puxa para ti essa cadeira
Cada qual é que escolhe aonde vai
Hora-a-hora e durante a vida inteira
Podes ter uma luta que é só tua
Ou então ir e vir com as marés
Se perderes a direcção da Lua
Olha a sombra que tens colada aos pés
Estou cansado. Aceita o testemunho
Não tenho o teu caminho pra escrever
Tens de ser tu, com o teu próprio punho
Era isto o que te queria dizer
Sou uma metade do que era
Com mais outro tanto de cidade
Vou-me embora que o coração não espera
À procura da mais velha metade
João Monge
sexta-feira, janeiro 14, 2011
La Cantera
Hoje, muitas Mulheres e Homens, que sendo puto foram a madurez do despertar, feliz, para um sonho que era já o caminho, vieram saudar-me sem que nada de especial o tenha suscitado.
É certo que estamos num momento eleitoral e que, como habitualmente, aparecem mais vozes que noutras ocasiões. Porém, devido seguramente a esse efeito, tipo magnético, de atracção e repulsa, com que a mente estrutura a nossa idiossincrasia, equilibrando-nos fisiologicamente, favorecendo a coerência com a vontade, não encontro motivo aparente para tão inusitada visita.
Divagando, pela razão, pelos estímulos que actuam nesse eu que pensará que me assustaria se se revelara despido de contemplação, só aparece a esperança, mas, que esperança? Pois é, a esperança de que saibamos algum dia, todos (porque muitos o fazemos), respeitar o futuro, que nos olha desde baixo, às vezes com olhos de fuzil no momento do adeus.
Obrigado!
É certo que estamos num momento eleitoral e que, como habitualmente, aparecem mais vozes que noutras ocasiões. Porém, devido seguramente a esse efeito, tipo magnético, de atracção e repulsa, com que a mente estrutura a nossa idiossincrasia, equilibrando-nos fisiologicamente, favorecendo a coerência com a vontade, não encontro motivo aparente para tão inusitada visita.
Divagando, pela razão, pelos estímulos que actuam nesse eu que pensará que me assustaria se se revelara despido de contemplação, só aparece a esperança, mas, que esperança? Pois é, a esperança de que saibamos algum dia, todos (porque muitos o fazemos), respeitar o futuro, que nos olha desde baixo, às vezes com olhos de fuzil no momento do adeus.
Obrigado!
quinta-feira, janeiro 13, 2011
quarta-feira, janeiro 12, 2011
Mania das grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilônias
e descobriu a pólvora...
Acredite,
a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
fui eu quem destruiu as Babilônias
e descobriu a pólvora...
Acredite,
a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
Mudar
"Cuba lidera o grupo de dez países emergentes com maior índice de desenvolvimento social, conclui um estudo feito por uma equipa de investigadores da ONU com base nos resultados do Relatório do Índice do Desenvolvimento Humano 2010 , divulgado em novembro do ano passado.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi proposto há cerca de 20 anos pela ONU como alternativa aos tradicionais indicadores de desenvolvimento dos países baseados no rendimento per capita, ao complementar esta informação com indicadores relacionados com a saúde e a educação das populações.
A partir do relatório de 2010, onde é calculado pela primeira vez um indicador sem a componente do rendimento, os investigadores das Nações Unidas chegaram a conclusões surpreendentes. Com efeito, nos países em desenvolvimento, o Top 10 é encabeçado por Cuba, seguida do Chile, Palau (Oceano Pacífico), Lituânia, Montenegro, Letónia, Argentina, Roménia, Uruguai e Geórgia.
17.º lugar no ranking mundial
Cuba encontra-se ainda em 17.º lugar no ranking mundial e o estudo da ONU sublinha que "foi o único país da América Latina no Top 10 do IDH sem a componente do rendimento, ao longo da última década".
Mesmo durante um período "marcado por carências económicas bem conhecidas, os indicadores sociais cubanos continuaram a melhorar, com a esperança de vida da população a aumentar dois anos e a escolaridade esperada a aumentar cinco anos", refere o estudo.
Quanto aos países desenvolvidos, a Noruega perde a liderança mundial para a Austrália, que se encontrava em segundo lugar, os EUA passam da quarta para a sétima posição e surgem quatro novos países no Top 10: Coreia do Sul, Japão, Islândia e Israel, que empurram o Canadá, Suécia, Holanda e Liechtenstein para fora do grupo dos dez melhores, onde figuram ainda a Nova Zelândia, Irlanda e Alemanha.
Como destaca o estudo, "o relatório de 2010 mostra que há uma reduzida correlação entre crescimento económico e melhoramentos na saúde e na educação, mesmo durante longos períodos de tempo"."
Mas, assim mesmo, num país socialista "sem liberdade de expressão" e com um bloqueio com 50 anos:
"Dentro em breve, o cancro do pulmão deixará de ser o mais letal de todos os tipos e entrar para a lista das doenças crónicas. A boa notícia vem de Cuba, que acaba de patentear a primeira vacina terapêutica contra a doença. Mais de 1 000 pacientes já estão a receber o novo tratamento.
A descoberta foi anunciada por Gisela González, responsável pelo projeto que desenvolveu a vacina. Em entrevista ao semanário cubano "Trabajadores" - publicada ontem por esse órgão de comunicação da Central de Trabalhadores de Cuba-, a investigadora disse que o objetivo da vacina é transformar o cancro do pulmão numa doença crónica controlável.
De acordo com a investigadora, a vacina foi desenvolvida a partir de "uma proteína que todos temos: o fator de crescimento epidérmico, relacionado com os processos de proliferação celular. Quando há cancro, essa proteína está descontrolada".
Gisela explicou que, como o organismo tolera "aquilo que é seu" e reage contra "o estranho", tendo sido preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.
Outros tipos de cancro
Desde o início das investigações passaram-se já 15 anos. De acordo com a cientista cubana, a vacina foi patenteada após se ter testado a sua eficácia em mais de 1 000 pacientes sem que tenham ocorrido efeitos colaterais.
A patenteação em Cuba permitirá aplicar a vacina maciçamente no país, estando em curso o registo da CIMAVAX-EFG noutros países (a investigadora não avança quais).
Segundo Gisela González, a equipa de investigação avalia agora "a forma de empregar o mesmo princípio desta vacina noutros tumores sólidos (cancro da próstata, útero e mama), que podem receber este tipo de terapia. Obtivemos resultados importantes, mas é preciso esperar".
A CIMAX-EFG é indicada para os doentes que terminam o tratamento com radioterapia ou quimioterapia e que são considerados pacientes terminais sem alternativa terapêutica. É nesta fase, pós-tratamentos, que a vacina é aplicada para ajudar a controlar o crescimento do tumor, com a vantagem de não apresentar toxidade associada.
A vacina pode também ser usada como tratamento, como se de uma doença crónica se tratasse, já "que vai aumentar a expectativa e a qualidade de vida do paciente", afirmou a investigadora.
Só em Portugal, o cancro do pulmão mata pelo menos 3.000 pessoas anualmente."
Quanto a Portugal, a sua posição no "ranking" da ONU fica lá para a quadragésima, mas, não se fica por aí:
"Estruturar um texto encadeado, explicar um raciocínio com lógica, utilizar uma linguagem rigorosa ou articular diferentes conceitos da mesma disciplina são incapacidades que percorrem os alunos do 8.o ao 12.o ano de escolaridade, seja na Matemática, seja na Língua Portuguesa ou na Biologia. Mais que dominar a matéria, a grande dificuldade dos estudantes das escolas básicas e secundárias é expressar por escrito as suas ideias e os conhecimentos que adquiriram nas aulas. Esta é a principal conclusão do Relatório 2010 do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave).
Poucas semanas depois de o estudo do PISA revelar que Portugal é o país da OCDE que mais progrediu na educação, chega agora o relatório do Gave que vem demonstrar que os alunos portugueses afinal estão ainda longe de conseguir desempenhar tarefas tão simples como, por exemplo, interpretar um texto poético, solucionar um exercício matemático com mais de duas etapas ou enfrentar um enunciado que não seja simples e curto.
A equipa do Ministério da Educação avaliou os conhecimentos dos alunos em 500 escolas secundárias e em 1200 estabelecimentos com o 3.o ciclo do ensino básico. Os testes intercalares do Gave, que começaram no ano lectivo de 2005/06, foram aplicados às disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa (no ensino básico) e ainda às cadeiras de Matemática A, Física e Química A e Biologia e Geologia do ensino secundário.
Nas disciplinas que envolveram contas (Matemática e Física/Química), os adolescentes só conseguiram completar correctamente os exercícios quando o desafio passou por resolver "cálculos elementares". O bom desempenho, aliás, está "fortemente associado" aos enunciados curtos e aos textos simples, conclui o relatório que o i consultou.
Na disciplina de Língua Portuguesa do 9.o ano, as maiores dificuldades estão em utilizar a língua de forma correcta. As lacunas são de ordem gramatical, mas também de construção de frases e textos que tenham lógica e coerência. A resolução de problemas na Matemática do 3.o ciclo é o ponto fraco dos alunos, mas as derrapagens também aconteceram quando foi preciso construir respostas com várias etapas de resolução. Definir estratégias para encontrar a solução de um determinado exercício matemático são dificuldades que se acentuam sempre que os enunciados são mais longos, avisam os técnicos do Ministério da Educação.
Secundário.
Escrever textos explicativos em que é necessário descrever raciocínios e explicar as estratégias adoptadas para justificar as respostas é uma das grandes deficiências que os especialistas do Gave encontraram em todas as disciplinas avaliadas no secundário. A falta de rigor científico e a linguagem desadequada foram falhas detectadas por todas as equipas que monitorizaram e avaliaram o desempenho dos alunos. Sempre que foi preciso seleccionar a informação e construir um texto que traduzisse um conjunto de ideias próprias, os alunos revelaram "grandes dificuldades".
Na Matemática A, do secundário, as fraquezas dos alunos tornaram-se mais evidentes quando tiveram de usar conceitos e estratégias menos treinados nas salas de aula ou então quando foram desafiados a interligar conceitos ou enfrentar enunciados longos. "Não deixam também de ser significativas as dificuldades detectadas nos problemas que envolvem maior número de cálculos e apresentação de raciocínios demonstrativos", alertam os especialistas no relatório de 2010.
Conseguir articular a informação fornecida nas provas e os conhecimentos necessários para responder a determinadas questões é igualmente uma tarefa a que poucos alunos conseguiram corresponder com êxito nos testes intermédios de Biologia e Geologia do 10.o e 11.o anos de escolaridade.
Nas disciplinas de Física e Química A, o desempenho dos alunos decresceu sempre que se exigiu uma avaliação crítica das informações contidas nas provas. Articular várias competências ou fazer cálculos que envolvam duas ou mais etapas são outras fragilidades dos alunos portugueses."
Com uma recessão esperada, por baixo, de 1,3%; um desemprego que se poderá aproximar ao milhão de trabalhadores ainda este ano; cortes na saúde, educação, apoio social, investigação; com direitos laborais usurpados; um grau de corrupção incontestável; sem justiça e com um governo e um presidente submetidos e subjugando o país e o povo aos desígnios do capitalismo transnacional, consciente da manipulação exercida sobre a população, pergunto:
Depois de nos trazerem a esta abjecta realidade, que argumentos apresentam os demais candidatos para esperar dos portugueses um apoio maior que aquele que se revela imperioso prestar ao Francisco Lopes?
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi proposto há cerca de 20 anos pela ONU como alternativa aos tradicionais indicadores de desenvolvimento dos países baseados no rendimento per capita, ao complementar esta informação com indicadores relacionados com a saúde e a educação das populações.
A partir do relatório de 2010, onde é calculado pela primeira vez um indicador sem a componente do rendimento, os investigadores das Nações Unidas chegaram a conclusões surpreendentes. Com efeito, nos países em desenvolvimento, o Top 10 é encabeçado por Cuba, seguida do Chile, Palau (Oceano Pacífico), Lituânia, Montenegro, Letónia, Argentina, Roménia, Uruguai e Geórgia.
17.º lugar no ranking mundial
Cuba encontra-se ainda em 17.º lugar no ranking mundial e o estudo da ONU sublinha que "foi o único país da América Latina no Top 10 do IDH sem a componente do rendimento, ao longo da última década".
Mesmo durante um período "marcado por carências económicas bem conhecidas, os indicadores sociais cubanos continuaram a melhorar, com a esperança de vida da população a aumentar dois anos e a escolaridade esperada a aumentar cinco anos", refere o estudo.
Quanto aos países desenvolvidos, a Noruega perde a liderança mundial para a Austrália, que se encontrava em segundo lugar, os EUA passam da quarta para a sétima posição e surgem quatro novos países no Top 10: Coreia do Sul, Japão, Islândia e Israel, que empurram o Canadá, Suécia, Holanda e Liechtenstein para fora do grupo dos dez melhores, onde figuram ainda a Nova Zelândia, Irlanda e Alemanha.
Como destaca o estudo, "o relatório de 2010 mostra que há uma reduzida correlação entre crescimento económico e melhoramentos na saúde e na educação, mesmo durante longos períodos de tempo"."
Mas, assim mesmo, num país socialista "sem liberdade de expressão" e com um bloqueio com 50 anos:
"Dentro em breve, o cancro do pulmão deixará de ser o mais letal de todos os tipos e entrar para a lista das doenças crónicas. A boa notícia vem de Cuba, que acaba de patentear a primeira vacina terapêutica contra a doença. Mais de 1 000 pacientes já estão a receber o novo tratamento.
A descoberta foi anunciada por Gisela González, responsável pelo projeto que desenvolveu a vacina. Em entrevista ao semanário cubano "Trabajadores" - publicada ontem por esse órgão de comunicação da Central de Trabalhadores de Cuba-, a investigadora disse que o objetivo da vacina é transformar o cancro do pulmão numa doença crónica controlável.
De acordo com a investigadora, a vacina foi desenvolvida a partir de "uma proteína que todos temos: o fator de crescimento epidérmico, relacionado com os processos de proliferação celular. Quando há cancro, essa proteína está descontrolada".
Gisela explicou que, como o organismo tolera "aquilo que é seu" e reage contra "o estranho", tendo sido preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.
Outros tipos de cancro
Desde o início das investigações passaram-se já 15 anos. De acordo com a cientista cubana, a vacina foi patenteada após se ter testado a sua eficácia em mais de 1 000 pacientes sem que tenham ocorrido efeitos colaterais.
A patenteação em Cuba permitirá aplicar a vacina maciçamente no país, estando em curso o registo da CIMAVAX-EFG noutros países (a investigadora não avança quais).
Segundo Gisela González, a equipa de investigação avalia agora "a forma de empregar o mesmo princípio desta vacina noutros tumores sólidos (cancro da próstata, útero e mama), que podem receber este tipo de terapia. Obtivemos resultados importantes, mas é preciso esperar".
A CIMAX-EFG é indicada para os doentes que terminam o tratamento com radioterapia ou quimioterapia e que são considerados pacientes terminais sem alternativa terapêutica. É nesta fase, pós-tratamentos, que a vacina é aplicada para ajudar a controlar o crescimento do tumor, com a vantagem de não apresentar toxidade associada.
A vacina pode também ser usada como tratamento, como se de uma doença crónica se tratasse, já "que vai aumentar a expectativa e a qualidade de vida do paciente", afirmou a investigadora.
Só em Portugal, o cancro do pulmão mata pelo menos 3.000 pessoas anualmente."
Quanto a Portugal, a sua posição no "ranking" da ONU fica lá para a quadragésima, mas, não se fica por aí:
"Estruturar um texto encadeado, explicar um raciocínio com lógica, utilizar uma linguagem rigorosa ou articular diferentes conceitos da mesma disciplina são incapacidades que percorrem os alunos do 8.o ao 12.o ano de escolaridade, seja na Matemática, seja na Língua Portuguesa ou na Biologia. Mais que dominar a matéria, a grande dificuldade dos estudantes das escolas básicas e secundárias é expressar por escrito as suas ideias e os conhecimentos que adquiriram nas aulas. Esta é a principal conclusão do Relatório 2010 do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave).
Poucas semanas depois de o estudo do PISA revelar que Portugal é o país da OCDE que mais progrediu na educação, chega agora o relatório do Gave que vem demonstrar que os alunos portugueses afinal estão ainda longe de conseguir desempenhar tarefas tão simples como, por exemplo, interpretar um texto poético, solucionar um exercício matemático com mais de duas etapas ou enfrentar um enunciado que não seja simples e curto.
A equipa do Ministério da Educação avaliou os conhecimentos dos alunos em 500 escolas secundárias e em 1200 estabelecimentos com o 3.o ciclo do ensino básico. Os testes intercalares do Gave, que começaram no ano lectivo de 2005/06, foram aplicados às disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa (no ensino básico) e ainda às cadeiras de Matemática A, Física e Química A e Biologia e Geologia do ensino secundário.
Nas disciplinas que envolveram contas (Matemática e Física/Química), os adolescentes só conseguiram completar correctamente os exercícios quando o desafio passou por resolver "cálculos elementares". O bom desempenho, aliás, está "fortemente associado" aos enunciados curtos e aos textos simples, conclui o relatório que o i consultou.
Na disciplina de Língua Portuguesa do 9.o ano, as maiores dificuldades estão em utilizar a língua de forma correcta. As lacunas são de ordem gramatical, mas também de construção de frases e textos que tenham lógica e coerência. A resolução de problemas na Matemática do 3.o ciclo é o ponto fraco dos alunos, mas as derrapagens também aconteceram quando foi preciso construir respostas com várias etapas de resolução. Definir estratégias para encontrar a solução de um determinado exercício matemático são dificuldades que se acentuam sempre que os enunciados são mais longos, avisam os técnicos do Ministério da Educação.
Secundário.
Escrever textos explicativos em que é necessário descrever raciocínios e explicar as estratégias adoptadas para justificar as respostas é uma das grandes deficiências que os especialistas do Gave encontraram em todas as disciplinas avaliadas no secundário. A falta de rigor científico e a linguagem desadequada foram falhas detectadas por todas as equipas que monitorizaram e avaliaram o desempenho dos alunos. Sempre que foi preciso seleccionar a informação e construir um texto que traduzisse um conjunto de ideias próprias, os alunos revelaram "grandes dificuldades".
Na Matemática A, do secundário, as fraquezas dos alunos tornaram-se mais evidentes quando tiveram de usar conceitos e estratégias menos treinados nas salas de aula ou então quando foram desafiados a interligar conceitos ou enfrentar enunciados longos. "Não deixam também de ser significativas as dificuldades detectadas nos problemas que envolvem maior número de cálculos e apresentação de raciocínios demonstrativos", alertam os especialistas no relatório de 2010.
Conseguir articular a informação fornecida nas provas e os conhecimentos necessários para responder a determinadas questões é igualmente uma tarefa a que poucos alunos conseguiram corresponder com êxito nos testes intermédios de Biologia e Geologia do 10.o e 11.o anos de escolaridade.
Nas disciplinas de Física e Química A, o desempenho dos alunos decresceu sempre que se exigiu uma avaliação crítica das informações contidas nas provas. Articular várias competências ou fazer cálculos que envolvam duas ou mais etapas são outras fragilidades dos alunos portugueses."
Com uma recessão esperada, por baixo, de 1,3%; um desemprego que se poderá aproximar ao milhão de trabalhadores ainda este ano; cortes na saúde, educação, apoio social, investigação; com direitos laborais usurpados; um grau de corrupção incontestável; sem justiça e com um governo e um presidente submetidos e subjugando o país e o povo aos desígnios do capitalismo transnacional, consciente da manipulação exercida sobre a população, pergunto:
Depois de nos trazerem a esta abjecta realidade, que argumentos apresentam os demais candidatos para esperar dos portugueses um apoio maior que aquele que se revela imperioso prestar ao Francisco Lopes?
terça-feira, janeiro 11, 2011
Com relação à vinda do FMI
Cavaco, que foi questionado no programa Grande Entrevista de Judite de Sousa, sugeriu que poderia haver outras soluções, nomeadamente a venda de activos ao estrangeiro, tal como aconteceu com a venda de parte da PT ou da Cimpor (que pareceu promovida por um corrupto).
Cavaco não entra em política, este triste sabujo do capital apenas protege os interesses dos especuladores quando sugere que, empresas públicas passem para a mão de privados, internacionais, marimbando-se para a soberania e para uma estructura empresarial nacional que permita o equilibrio orçamental do estado conservando os direitos da população. Depois de compradas estas empresas, até os impostos, que seria o único benefício a considerar, iriam pelo mesmo caminho que aqueles que ele próprio devia ter pago pela venda de umas acções com uma questionável rentabilidade ou para onde foram os da PT relativos à venda da "Vivo".
O lugar de Presidente está a muito usurpado por um, aparentemente potencial, criminoso contra a pátria, criminoso que só teria lugar onde manda a constituição (que os seus comparsas querem alterar mais uma vez, como cavaco fez no passado). Alguém que olha para os portugueses como algo alheio à sua responsabilidade, sequer à responsabilidade do próprio Estado, Estado que, este papa-reformas - basta atender a estas três: 4.152,00€-Banco de Portugal; 2.328,00€-Universidade Nova de Lisboa; 2.876,00 €-Por ter sido primeiro-ministro -, deve considerar propriedade de quem, como ele, o possa comprar. Ou senão, quando findar a música dos Xutos, ouçam lá esta resposta:
Todo um presidente, preocupado e solidário com aqueles são o próprio país.
Cavaco não entra em política, este triste sabujo do capital apenas protege os interesses dos especuladores quando sugere que, empresas públicas passem para a mão de privados, internacionais, marimbando-se para a soberania e para uma estructura empresarial nacional que permita o equilibrio orçamental do estado conservando os direitos da população. Depois de compradas estas empresas, até os impostos, que seria o único benefício a considerar, iriam pelo mesmo caminho que aqueles que ele próprio devia ter pago pela venda de umas acções com uma questionável rentabilidade ou para onde foram os da PT relativos à venda da "Vivo".
O lugar de Presidente está a muito usurpado por um, aparentemente potencial, criminoso contra a pátria, criminoso que só teria lugar onde manda a constituição (que os seus comparsas querem alterar mais uma vez, como cavaco fez no passado). Alguém que olha para os portugueses como algo alheio à sua responsabilidade, sequer à responsabilidade do próprio Estado, Estado que, este papa-reformas - basta atender a estas três: 4.152,00€-Banco de Portugal; 2.328,00€-Universidade Nova de Lisboa; 2.876,00 €-Por ter sido primeiro-ministro -, deve considerar propriedade de quem, como ele, o possa comprar. Ou senão, quando findar a música dos Xutos, ouçam lá esta resposta:
Todo um presidente, preocupado e solidário com aqueles são o próprio país.
segunda-feira, janeiro 10, 2011
Justiça imparcial ou condicionada? Venha o meu!
Ainda como ministro das finanças de Sá Carneiro, já Cavaco era capaz de promover as condições necessárias para a entrada do FMI, como se verificou, e, terraplanando o terreno para a sua intervenção, contribuir para uma revisão contitucional que hoje se revela dos mais importantes golpes à constituição de Abril, às condições de vida dos trabalhadores, do Povo e do pequenos e médios empresários. Não obstante, àparte de apadrinhar tudo o que foi a practica continuada do enriquecimento ilícito, nepotismo, corrupção, fraude, crimes contra a soberania, destruição do aparelho productivo, retirada de direitos aos trabalhadores e desempregados, cortes na educação e sanidade, também na justiça o actual presidente permite com o seu mutismo situações como esta:
Segundo a imprensa, uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) detectou que aquele Instituto gastou 326,1 milhões de euros (160 no ano passado e 166,1 neste ano) de “depósitos autónomos”, tais como rendas, cauções e outras importâncias afectas a processos judiciais, que, logicamente, não pertenciam ao Estado e foram gastas como receitas extraordinárias, sem que fossem garantidas as responsabilidades para com terceiros. Os membros do Conselho Directivo que aprovaram as contas incorrem em responsabilidade, podendo ser sancionados com multa por “infracções financeiras sancionatórias”.
Assim, como não é o governo de Sócrates quem neste processo se trata de avaliar: qual é o papel do presidente da república? Desconhecer a realidade nacional, pactuar com a gestão fraudulenta do governo ou, manter uma equidistância protectora do poleiro entre o governo, o povo e as suas próprias responsabilidades?
É fácil lamentar que vinte por cento da população sobreviva por debaixo do limiar da pobreza (báremo definido não sei por quem), permitir que a esses vinte por cento se lhe tenham acrescentado mais dez (2,200.000) e continuar, impávido e sereno, a pedir ao Povo que lhe siga dando a confiança suficiente para se continuar a encher com a boca fechada. Um arauto do combate à corrupção.
Segundo a imprensa, uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) detectou que aquele Instituto gastou 326,1 milhões de euros (160 no ano passado e 166,1 neste ano) de “depósitos autónomos”, tais como rendas, cauções e outras importâncias afectas a processos judiciais, que, logicamente, não pertenciam ao Estado e foram gastas como receitas extraordinárias, sem que fossem garantidas as responsabilidades para com terceiros. Os membros do Conselho Directivo que aprovaram as contas incorrem em responsabilidade, podendo ser sancionados com multa por “infracções financeiras sancionatórias”.
Assim, como não é o governo de Sócrates quem neste processo se trata de avaliar: qual é o papel do presidente da república? Desconhecer a realidade nacional, pactuar com a gestão fraudulenta do governo ou, manter uma equidistância protectora do poleiro entre o governo, o povo e as suas próprias responsabilidades?
É fácil lamentar que vinte por cento da população sobreviva por debaixo do limiar da pobreza (báremo definido não sei por quem), permitir que a esses vinte por cento se lhe tenham acrescentado mais dez (2,200.000) e continuar, impávido e sereno, a pedir ao Povo que lhe siga dando a confiança suficiente para se continuar a encher com a boca fechada. Um arauto do combate à corrupção.
domingo, janeiro 09, 2011
sábado, janeiro 08, 2011
Burguesia acumula fortuna sobre a miséria generalizada
Números do sistema ignóbil
A concentração da riqueza mundial disparou na última década. De acordo com um relatório publicado pelo Credit Suisse, a riqueza cresceu 72 por cento desde o início do novo século. A par desta subida, aumentou igualmente o fosso entre ricos e pobres.
O estudo que tem em conta apenas a população mundial adulta, revela que 1 por cento destes detêm 43 por cento da riqueza, ao passo que 43 por cento dos seres humanos maiores de idade repartem entre si apenas 2 por cento da riqueza total.
Dito de outro modo, os 0,5 por cento muito ricos controlam 35 por cento da riqueza mundial. Quando a percentagem dos muito ricos sobe para os 2 por cento, o total acumulado acompanha-a para os 50 por cento da riqueza mundial, e quando sobre para os 8 por cento ascende a 73,3 por cento do conjunto de activos na economia planetária.
Nas antípodas estão 4,1 mil milhões de adultos, isto é, a esmagadora maioria, que repartem entre si 20,7 por cento da riqueza mundial. 80 por cento da população mundial (maiores e menores de idade) vive em países onde o fosso entre ricos e pobres aumentou.
Mas a par da concentração da riqueza, o fosso entre países ditos desenvolvidos e em vias de desenvolvimento também se agravou, com os primeiros a sorverem parte considerável da riqueza e recursos dos segundos, nos quais a miséria alastra.
Ainda segundo a instituição bancária suíça, 63 por cento da riqueza mundial está concentrada nas mãos do grande capital europeu e norte-americano, e 22 por cento na posse da grande burguesia asiática. Nas demais regiões, concentram-se os restantes 15 por cento da riqueza mundial, embora nelas residam 58 por cento da população adulta.
Dados das Nações Unidas, por seu lado, afirmam que nos últimos 40 anos duplicou o número de nações consideradas menos desenvolvidas, as quais mais que duplicaram a importação de géneros alimentares entre 2002 e 2008.
No mesmo sentido, as estatísticas oficiais indicam que o rendimento médio nos países africanos mais pobres caiu 25 por cento nos últimos 20 anos, e que este continente possui somente 1 por cento do total da riqueza mundial, contrastando, por exemplo, com os EUA, onde se concentra 25 por cento da riqueza global.
A ONU afirma também que mais de 1/6 da população mundial é afectada pela fome, flagelo que mata um ser humano a cada 3,5 segundos, a maioria crianças menores de 5 anos.
(Esta, e outras, no Avante!)
A concentração da riqueza mundial disparou na última década. De acordo com um relatório publicado pelo Credit Suisse, a riqueza cresceu 72 por cento desde o início do novo século. A par desta subida, aumentou igualmente o fosso entre ricos e pobres.
O estudo que tem em conta apenas a população mundial adulta, revela que 1 por cento destes detêm 43 por cento da riqueza, ao passo que 43 por cento dos seres humanos maiores de idade repartem entre si apenas 2 por cento da riqueza total.
Dito de outro modo, os 0,5 por cento muito ricos controlam 35 por cento da riqueza mundial. Quando a percentagem dos muito ricos sobe para os 2 por cento, o total acumulado acompanha-a para os 50 por cento da riqueza mundial, e quando sobre para os 8 por cento ascende a 73,3 por cento do conjunto de activos na economia planetária.
Nas antípodas estão 4,1 mil milhões de adultos, isto é, a esmagadora maioria, que repartem entre si 20,7 por cento da riqueza mundial. 80 por cento da população mundial (maiores e menores de idade) vive em países onde o fosso entre ricos e pobres aumentou.
Mas a par da concentração da riqueza, o fosso entre países ditos desenvolvidos e em vias de desenvolvimento também se agravou, com os primeiros a sorverem parte considerável da riqueza e recursos dos segundos, nos quais a miséria alastra.
Ainda segundo a instituição bancária suíça, 63 por cento da riqueza mundial está concentrada nas mãos do grande capital europeu e norte-americano, e 22 por cento na posse da grande burguesia asiática. Nas demais regiões, concentram-se os restantes 15 por cento da riqueza mundial, embora nelas residam 58 por cento da população adulta.
Dados das Nações Unidas, por seu lado, afirmam que nos últimos 40 anos duplicou o número de nações consideradas menos desenvolvidas, as quais mais que duplicaram a importação de géneros alimentares entre 2002 e 2008.
No mesmo sentido, as estatísticas oficiais indicam que o rendimento médio nos países africanos mais pobres caiu 25 por cento nos últimos 20 anos, e que este continente possui somente 1 por cento do total da riqueza mundial, contrastando, por exemplo, com os EUA, onde se concentra 25 por cento da riqueza global.
A ONU afirma também que mais de 1/6 da população mundial é afectada pela fome, flagelo que mata um ser humano a cada 3,5 segundos, a maioria crianças menores de 5 anos.
(Esta, e outras, no Avante!)
Espuma de magnanimidade
Será preciso que intervenha o presidente de um banco para que alguém possa vender acções?
E, já agora... quem é que vende acções abaixo do preço de mercado, ou, (considerando o perfil de um especulador) dá um porco para obter uma linguiça?
(e sim, é a Maria Emilia, provando que, por muito que queira fazer, enquanto não formos coerentes, estará sempre condicionada, basta ver a alegria no olhar)
P.D.- A Galilei, como não devemos esquecer, é apenas outro ente que forma parte da fraude do BPN, ainda que, responsabilidades governativas e especialização em matéria económica, em conjunto, só Cavaco.
Ouvi um comentador perguntar porque é que não se quebram os contratos. Desde a ignorância, pergunto eu: porque é que não se nacionaliza a SLN, afinal a Galilei é apenas o novo nome no qual se escudam os seus antigos accionistas, em lugar de, através de mais uma vigarice para permitir a apropriação do fruto do nosso trabalho, indemnizar pela nacionalização, que é o que se está a fazer realmente e ao contrário do anteriormente dito, os antigos accionistas pela porta do cavalo?
Aproveitando, seria interessante inquirir o telles de abreu para explicar o que se passou com a opi92, SLN Valor, etc., proprietários dos terrenos do aeroporto de Alcochete. Só aí vão mil e duzentos milhões.
Finalmente, só como lembrete, mesmo aproveitando a legislação que nestes anos se promulgou a favor do capital, os anteriores proprietários do BPN, como cavaco, não pagaram impostos pelos ganhos obtidos na venda das acções.
E, já agora... quem é que vende acções abaixo do preço de mercado, ou, (considerando o perfil de um especulador) dá um porco para obter uma linguiça?
(e sim, é a Maria Emilia, provando que, por muito que queira fazer, enquanto não formos coerentes, estará sempre condicionada, basta ver a alegria no olhar)
P.D.- A Galilei, como não devemos esquecer, é apenas outro ente que forma parte da fraude do BPN, ainda que, responsabilidades governativas e especialização em matéria económica, em conjunto, só Cavaco.
Ouvi um comentador perguntar porque é que não se quebram os contratos. Desde a ignorância, pergunto eu: porque é que não se nacionaliza a SLN, afinal a Galilei é apenas o novo nome no qual se escudam os seus antigos accionistas, em lugar de, através de mais uma vigarice para permitir a apropriação do fruto do nosso trabalho, indemnizar pela nacionalização, que é o que se está a fazer realmente e ao contrário do anteriormente dito, os antigos accionistas pela porta do cavalo?
Aproveitando, seria interessante inquirir o telles de abreu para explicar o que se passou com a opi92, SLN Valor, etc., proprietários dos terrenos do aeroporto de Alcochete. Só aí vão mil e duzentos milhões.
Finalmente, só como lembrete, mesmo aproveitando a legislação que nestes anos se promulgou a favor do capital, os anteriores proprietários do BPN, como cavaco, não pagaram impostos pelos ganhos obtidos na venda das acções.
quinta-feira, janeiro 06, 2011
O único caminho possível
Grande Entrevista - Informação - Entrevista e Debate RTP 1 - Multimédia RTP
(Prime sobre o elo, acima, a vermelho)
(Prime sobre o elo, acima, a vermelho)
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Transtejo, a próxima a privatizar.
O grupo Transtejo, de acordo com a Câmara do Seixal, prepara-se para reduzir o número de carreiras nas ligações Seixal-Cais do Sodré e no triângulo Trafaria-Porto Brandão-Belém. No total serão menos oito as ligações diárias a efectuar com destino e partida do Seixal.
Responsável pelo pelouro da mobilidade, Joaquim Santos lamenta o facto de não ter havido qualquer diálogo com as autarquias. "É uma incoerência que não compreendemos, até porque o Plano Regional de Ordenamento do Território para a Área Metropolitana de Lisboa prevê um reforço das ligações."
Numa moção aprovada no passado dia 16, a assembleia municipal diz "repudiar qualquer tentativa de extinção de tal serviço público de transporte". Se isso vier a suceder, "o Governo vai condenar a Trafaria ao isolamento e ao desterro", lê-se no documento. A moção aprovada compara a actual situação à da década de 80, altura em que "idêntico cenário surgira no concelho do Seixal, e cuja pretensão era extinguir a respectiva carreira fluvial a pretexto da crise de então".
Para lá da eventual redução de carreiras e trabalhadores, o plano de contenção da empresa inclui a venda de sete das 34 embarcações de que dispõe. Isto depois de, em Maio, ter investido 14 milhões de euros para adquirir dois novos ferries com capacidade para 360 passageiros e 29 veículos.
Anunciados já para Janeiro estão os aumentos dos preços dos transporte públicos de Lisboa e do Porto. Os passes subirão 3,5 por cento, enquanto os restantes títulos de viagem custarão, em média, mais 4,5 por cento. Na opinião da porta-voz da Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul, Luísa Ramos, o executivo, com estas medidas, está a "fazer tudo para acabar com o serviço público de transportes".
Responsável pelo pelouro da mobilidade, Joaquim Santos lamenta o facto de não ter havido qualquer diálogo com as autarquias. "É uma incoerência que não compreendemos, até porque o Plano Regional de Ordenamento do Território para a Área Metropolitana de Lisboa prevê um reforço das ligações."
Numa moção aprovada no passado dia 16, a assembleia municipal diz "repudiar qualquer tentativa de extinção de tal serviço público de transporte". Se isso vier a suceder, "o Governo vai condenar a Trafaria ao isolamento e ao desterro", lê-se no documento. A moção aprovada compara a actual situação à da década de 80, altura em que "idêntico cenário surgira no concelho do Seixal, e cuja pretensão era extinguir a respectiva carreira fluvial a pretexto da crise de então".
Para lá da eventual redução de carreiras e trabalhadores, o plano de contenção da empresa inclui a venda de sete das 34 embarcações de que dispõe. Isto depois de, em Maio, ter investido 14 milhões de euros para adquirir dois novos ferries com capacidade para 360 passageiros e 29 veículos.
Anunciados já para Janeiro estão os aumentos dos preços dos transporte públicos de Lisboa e do Porto. Os passes subirão 3,5 por cento, enquanto os restantes títulos de viagem custarão, em média, mais 4,5 por cento. Na opinião da porta-voz da Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul, Luísa Ramos, o executivo, com estas medidas, está a "fazer tudo para acabar com o serviço público de transportes".
terça-feira, janeiro 04, 2011
Memória
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
José Carlos Ary dos Santos
Portugueses privados de acesso a dados da governação
Como evoluiu o desemprego no primeiro trimestre de 2011?
A simples resposta a esta questão, que tem sido central no debate político, vai passar a ser mais complicada. A partir deste ano, o Instituto Nacional de Estatística vai alterar as perguntas do Inquérito ao Emprego, que passará a ser feito por telefone, ficando inviabilizadas comparações directas com os dados publicados nos últimos dez anos.
Será esta, que esgrime o Eugénio Rosa, uma das razões:
"O governo tem procurado esconder a verdadeira situação do desemprego em Portugal (Sócrates,na sua mensagem de Natal, não fala uma única vez do desemprego) tentando fazer passar a mensagem junto da opinião pública que se está mesmo a verificar uma tendência quebra. E isto apesar do INE ter divulgado, no 3º Trim.2010, que o desemprego oficial atingiu 609,4 mil, e o desemprego efectivo, calculado também com dados do INE, alcançou 761,5 mil portugueses. Para anular os efeitos destes números, o governo tem utilizado o desemprego registado divulgado mensalmente pelo IEFP. O Secretário Estado do Emprego manifestou mesmo “satisfação” com este em declarações à Lusa, em 17.12.2010. Por isso, interessa explicar quem é abrangido e como são construídos os dados que o governo utiliza depois na suas declarações.
Os dados do desemprego registado divulgados pelo IEFP não incluem a totalidade dos desempregados. Todos aqueles que não se inscreveram nos Centros de Emprego (e são muitos) não constam desses dados. E o IEFP para obter os dados que divulga elimina mensalmente dos ficheiros dos Centros de Emprego milhares de desempregados sem apresentar justificação.
Segundo o próprio IEFP, entre 1-Jan2010 e 30-Nov.2010 inscreveram-se nos Centros de Emprego 631.972 novos desempregados (em média de 57.452/mês). Durante o mesmo período de tempo, os Centros de Emprego arranjaram trabalho para apenas 65.828 desempregado (em média 5.984/mês). Assim, o número dos novos desempregados que se inscreveram de Jan./Nov.2010 foi superior ao numero daqueles que os Centros de Emprego arranjaram trabalho em 566.144. Apesar do numero de novos desempregados ser 9,6 vezes superior ao número de desempregados que estes Centros arranjaram trabalho, o desemprego registado no fim de Nov.2010 (546.926) era inferior ao existente no fim de Jan.2010 (560.312) em 13.386. Como é que os responsáveis do IEFP conseguiram este milagre? Eliminando um elevado numero de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego. Para concluir basta fazer as seguintes contas: Segundo o IEFP, no dia 1 de Jan-2010 existiam inscritos nos Centros de Emprego 524.674 desempregados. Entre 1 de Jan.2010 e 30 de Nov-2010 inscreveram nos Centros de Emprego 631.972 novos desempregados e, durante o mesmo período, os Centros de Emprego arranjaram trabalho só para 65.828. Logo somando 524.674 (número existentes em 1.1.2010) a 631.972 (novos desempregados que se inscreveram) e subtraindo 65.828 (número de desempregados que os Centros arranjaram trabalho) obtém-se 1.090.818. Era este o número de desempregados inscritos que devia existir em 30.11.2010. No entanto, o IEFP divulgou que nessa data só existiam inscritos nos Centros de Emprego 546.926. Consequentemente desapareceram dos ficheiros dos Centros de Emprego, entre 1 Jan-2010 e 30 Nov-2010, 543.892 empregados.
O IEFP fez esta limpeza sem divulgar no boletim que publica mensalmente as razões dessa eliminação, o que levanta naturalmente sérias dúvidas sobre a credibilidade dos números do desemprego registado que divulga mensalmente utilizados depois pelo governo.
Mas apesar desta elevada eliminação de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego, a percentagem de desempregados, calculada em relação ao desemprego registado, a receber o subsidio de desemprego é baixa e tem diminuído nos últimos meses de 2010. Em Janeiro de 2010, o número de desempregados a receber o subsidio de desemprego representava 63,8% do desemprego registado divulgado pelo IEFP nesse mês; em Fevereiro aumentou para 66%, mas em Novembro de 2010 correspondia apenas a 57,4% do desemprego registado deste mês divulgado pelo IEFP. É clara a diminuição do apoio aos desempregados em Portugal consequência da alteração à lei do subsídio de desemprego aprovada pelo governo de Sócrates no 1º semestre de 2010. E recorde-se que muitos desempregados não estão inscritos nos Centros. É evidente que, com esta diminuição da protecção aos desempregados, a miséria tem de aumentar, miséria que incomoda muito Sócrates quando se fala dela, apesar de ser uma consequência da politica que o governo está a seguir. O governo Sócrates até se gaba de reduzir o apoio aos desempregados. A provar isso está a conferencia de imprensa dada pelo Secretário de Estado da Segurança Social em plena quadra natalícia. Este “senhor”, revelando total insensibilidade social, veio dizer ufano que já tinha cortado o subsídio social de desemprego a 10.291 desempregados, que recebiam em média entre 312€ e 347€ por mês, e o RSI (88,86€ por mês) a 8.321 beneficiários (RTP, 12.2010). E isto a juntar à redução de 389.827 beneficiários no abono de família, o que significa uma redução anual de 250 milhões € de apoios às famílias com filhos (CM, 26/12/2010). É desta forma que o governo promove a natalidade."?
A simples resposta a esta questão, que tem sido central no debate político, vai passar a ser mais complicada. A partir deste ano, o Instituto Nacional de Estatística vai alterar as perguntas do Inquérito ao Emprego, que passará a ser feito por telefone, ficando inviabilizadas comparações directas com os dados publicados nos últimos dez anos.
Será esta, que esgrime o Eugénio Rosa, uma das razões:
"O governo tem procurado esconder a verdadeira situação do desemprego em Portugal (Sócrates,na sua mensagem de Natal, não fala uma única vez do desemprego) tentando fazer passar a mensagem junto da opinião pública que se está mesmo a verificar uma tendência quebra. E isto apesar do INE ter divulgado, no 3º Trim.2010, que o desemprego oficial atingiu 609,4 mil, e o desemprego efectivo, calculado também com dados do INE, alcançou 761,5 mil portugueses. Para anular os efeitos destes números, o governo tem utilizado o desemprego registado divulgado mensalmente pelo IEFP. O Secretário Estado do Emprego manifestou mesmo “satisfação” com este em declarações à Lusa, em 17.12.2010. Por isso, interessa explicar quem é abrangido e como são construídos os dados que o governo utiliza depois na suas declarações.
Os dados do desemprego registado divulgados pelo IEFP não incluem a totalidade dos desempregados. Todos aqueles que não se inscreveram nos Centros de Emprego (e são muitos) não constam desses dados. E o IEFP para obter os dados que divulga elimina mensalmente dos ficheiros dos Centros de Emprego milhares de desempregados sem apresentar justificação.
Segundo o próprio IEFP, entre 1-Jan2010 e 30-Nov.2010 inscreveram-se nos Centros de Emprego 631.972 novos desempregados (em média de 57.452/mês). Durante o mesmo período de tempo, os Centros de Emprego arranjaram trabalho para apenas 65.828 desempregado (em média 5.984/mês). Assim, o número dos novos desempregados que se inscreveram de Jan./Nov.2010 foi superior ao numero daqueles que os Centros de Emprego arranjaram trabalho em 566.144. Apesar do numero de novos desempregados ser 9,6 vezes superior ao número de desempregados que estes Centros arranjaram trabalho, o desemprego registado no fim de Nov.2010 (546.926) era inferior ao existente no fim de Jan.2010 (560.312) em 13.386. Como é que os responsáveis do IEFP conseguiram este milagre? Eliminando um elevado numero de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego. Para concluir basta fazer as seguintes contas: Segundo o IEFP, no dia 1 de Jan-2010 existiam inscritos nos Centros de Emprego 524.674 desempregados. Entre 1 de Jan.2010 e 30 de Nov-2010 inscreveram nos Centros de Emprego 631.972 novos desempregados e, durante o mesmo período, os Centros de Emprego arranjaram trabalho só para 65.828. Logo somando 524.674 (número existentes em 1.1.2010) a 631.972 (novos desempregados que se inscreveram) e subtraindo 65.828 (número de desempregados que os Centros arranjaram trabalho) obtém-se 1.090.818. Era este o número de desempregados inscritos que devia existir em 30.11.2010. No entanto, o IEFP divulgou que nessa data só existiam inscritos nos Centros de Emprego 546.926. Consequentemente desapareceram dos ficheiros dos Centros de Emprego, entre 1 Jan-2010 e 30 Nov-2010, 543.892 empregados.
O IEFP fez esta limpeza sem divulgar no boletim que publica mensalmente as razões dessa eliminação, o que levanta naturalmente sérias dúvidas sobre a credibilidade dos números do desemprego registado que divulga mensalmente utilizados depois pelo governo.
Mas apesar desta elevada eliminação de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego, a percentagem de desempregados, calculada em relação ao desemprego registado, a receber o subsidio de desemprego é baixa e tem diminuído nos últimos meses de 2010. Em Janeiro de 2010, o número de desempregados a receber o subsidio de desemprego representava 63,8% do desemprego registado divulgado pelo IEFP nesse mês; em Fevereiro aumentou para 66%, mas em Novembro de 2010 correspondia apenas a 57,4% do desemprego registado deste mês divulgado pelo IEFP. É clara a diminuição do apoio aos desempregados em Portugal consequência da alteração à lei do subsídio de desemprego aprovada pelo governo de Sócrates no 1º semestre de 2010. E recorde-se que muitos desempregados não estão inscritos nos Centros. É evidente que, com esta diminuição da protecção aos desempregados, a miséria tem de aumentar, miséria que incomoda muito Sócrates quando se fala dela, apesar de ser uma consequência da politica que o governo está a seguir. O governo Sócrates até se gaba de reduzir o apoio aos desempregados. A provar isso está a conferencia de imprensa dada pelo Secretário de Estado da Segurança Social em plena quadra natalícia. Este “senhor”, revelando total insensibilidade social, veio dizer ufano que já tinha cortado o subsídio social de desemprego a 10.291 desempregados, que recebiam em média entre 312€ e 347€ por mês, e o RSI (88,86€ por mês) a 8.321 beneficiários (RTP, 12.2010). E isto a juntar à redução de 389.827 beneficiários no abono de família, o que significa uma redução anual de 250 milhões € de apoios às famílias com filhos (CM, 26/12/2010). É desta forma que o governo promove a natalidade."?
segunda-feira, janeiro 03, 2011
Além do aumento das taxas...
"A directora clínica do Hospital Garcia de Orta, em Almada, defendeu hoje que o aumento do número de utentes a recorrer à urgência do hospital reflete "uma diminuição de recursos dos centros de saúde" e "uma maior carência social".
Ana França afirmou hoje, em declarações à agência Lusa, que a crescente pressão sentida sobre o serviço de urgências do Hospital Garcia de Orta (HGO) pode ser explicada, por um lado, olhando para "uma diminuição dos recursos dos centro de saúde", e, por outro, "para um agravamento dos problemas de resolução social, a par de crescentes dificuldades por parte das instituições em dar-lhes resposta".
No caso dos centros de saúde, explicou a médica, "deixou de haver as áreas específicas para operação de doentes com gripe, instaladas o ano passado de acordo com o plano de contingência da gripe A, e verificou-se um aumento significativo da taxa de aposentação de médicos".
Isto, acrescentou, "implica impossibilidade, por parte de alguns doentes, em recorrerem ao seu médico assistente" e cria a figura dos "utilizadores frequentes da urgência do hospital": "Identificámos 100 doentes com 3000 episódios de recurso à urgência por ano, o que equivale a ter doentes que recorrem à urgência em média uma a duas vezes por mês".
Este cenário, considera a directora clínica, "diz bem do conjunto de doentes que andam no sistema sem um recurso que acompanhe a sua situação". O hospital está, por isso, "a tentar perceber como pode arranjar forma de partilhar a responsabilidade sobre estes doentes entre o hospital e centros de Saúde".
Ana França lembrou ainda que os constrangimentos verificados no serviço de urgências do HGO nos últimos dias decorrem também de um "aumento anormal do número de internamentos" – que, por exemplo, na sexta feira foi de 19,5 por cento, o dobro do habitual – refletindo "situações de carência social".
"Estávamos numa situação de fim do mês, em que as pessoas vão deixando arrastar as situações para não gastarem dinheiro no médico ou em medicamentos, a condição dos doentes agrava-se e verifica-se uma necessidade acrescida de internamento", explicou.
A isto, acrescentou, junta-se "uma diminuição da capacidade de resposta da rede de cuidados continuados e da rede social, que receberam em 2010 menos utentes do que em 2009 e que levaram mais tempo a dar resposta aos pedidos".
Esta realidade, disse ainda a médica, "tem também um reflexo muito grande nos hospitais e aumenta a pressão sobre os serviços"."
Ionline
---o---
Alegre não se opõe (debate com Cavaco) a mais um cheque de quinhentos milhões para salvar o BPN, sempre que, de uma vez por todas, se solucione a situação. A garantia deve vir do governo, o mesmo que cavaco critica por não conseguir rentabilizar a entidade da forma que os administradores privados o fizeram no passado, quando este, também dono da entidade, já em tempos de crise, lucrou mais de duzentos e cinquenta mil euros pela venda (ou compra) de acções da SLN.
Ana França afirmou hoje, em declarações à agência Lusa, que a crescente pressão sentida sobre o serviço de urgências do Hospital Garcia de Orta (HGO) pode ser explicada, por um lado, olhando para "uma diminuição dos recursos dos centro de saúde", e, por outro, "para um agravamento dos problemas de resolução social, a par de crescentes dificuldades por parte das instituições em dar-lhes resposta".
No caso dos centros de saúde, explicou a médica, "deixou de haver as áreas específicas para operação de doentes com gripe, instaladas o ano passado de acordo com o plano de contingência da gripe A, e verificou-se um aumento significativo da taxa de aposentação de médicos".
Isto, acrescentou, "implica impossibilidade, por parte de alguns doentes, em recorrerem ao seu médico assistente" e cria a figura dos "utilizadores frequentes da urgência do hospital": "Identificámos 100 doentes com 3000 episódios de recurso à urgência por ano, o que equivale a ter doentes que recorrem à urgência em média uma a duas vezes por mês".
Este cenário, considera a directora clínica, "diz bem do conjunto de doentes que andam no sistema sem um recurso que acompanhe a sua situação". O hospital está, por isso, "a tentar perceber como pode arranjar forma de partilhar a responsabilidade sobre estes doentes entre o hospital e centros de Saúde".
Ana França lembrou ainda que os constrangimentos verificados no serviço de urgências do HGO nos últimos dias decorrem também de um "aumento anormal do número de internamentos" – que, por exemplo, na sexta feira foi de 19,5 por cento, o dobro do habitual – refletindo "situações de carência social".
"Estávamos numa situação de fim do mês, em que as pessoas vão deixando arrastar as situações para não gastarem dinheiro no médico ou em medicamentos, a condição dos doentes agrava-se e verifica-se uma necessidade acrescida de internamento", explicou.
A isto, acrescentou, junta-se "uma diminuição da capacidade de resposta da rede de cuidados continuados e da rede social, que receberam em 2010 menos utentes do que em 2009 e que levaram mais tempo a dar resposta aos pedidos".
Esta realidade, disse ainda a médica, "tem também um reflexo muito grande nos hospitais e aumenta a pressão sobre os serviços"."
Ionline
---o---
Alegre não se opõe (debate com Cavaco) a mais um cheque de quinhentos milhões para salvar o BPN, sempre que, de uma vez por todas, se solucione a situação. A garantia deve vir do governo, o mesmo que cavaco critica por não conseguir rentabilizar a entidade da forma que os administradores privados o fizeram no passado, quando este, também dono da entidade, já em tempos de crise, lucrou mais de duzentos e cinquenta mil euros pela venda (ou compra) de acções da SLN.
domingo, janeiro 02, 2011
6 anos
Sem o priorizar, processando-a com um software em permanente actualização, para o qual também contribuiram os output de todos aqueles que por aqui passaram e que amiúde visito, acredito ter deixado perceber que, para este autor, a realidade não tem porque avançar para a decadência, sempre que nós o não façamos.Saudações àqueles que durante os seis últimos anos aqui trocaram diariamente uns minutos de vida.
Ah! Se acontecesse enfim qualquer coisa!
Ah! Se acontecesse enfim qualquer coisa!
Se de repente saísse da terra um braço
e atirasse uma rosa
para o espaço!
Mas não.
Lá está o sol do costume
com a exactidão
duma bola de lume
desenhada a compasso...
...sol que à noite continua
a andar em redor
nas entranhas da lua
- que é sol com bolor...
e desde que nasci,
haja paz ou guerra,
nunca vi outra coisa.
Ah! Como queres que acredite em ti
- braço que hás-de romper a terra
e atirar uma rosa?
Ah! Se acontecesse enfim qualquer coisa!
Ah! Se acontecesse enfim qualquer coisa!
Se de repente saísse da terra um braço
e atirasse uma rosa
para o espaço!
Mas não.
Lá está o sol do costume
com a exactidão
duma bola de lume
desenhada a compasso...
...sol que à noite continua
a andar em redor
nas entranhas da lua
- que é sol com bolor...
e desde que nasci,
haja paz ou guerra,
nunca vi outra coisa.
Ah! Como queres que acredite em ti
- braço que hás-de romper a terra
e atirar uma rosa?
José Gomes Ferreira
Os Estados Unidos (EUA) querem ter acesso a bases de dados biométricas e biográficas dos portugueses que constam no Arquivo de Identificação Civil e Criminal. O FBI, com a justificação da luta contra o terrorismo, quer também aceder à ainda limitada base de dados de ADN de Portugal. O acordo com o Governo português está feito e só falta ser ratificado na Assembleia da República. No entanto, este mês vai sair um parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) que alerta para os problemas que constam no texto do acordo bilateral
Em palavras do "Garcia", no falecimento de Arnaldo Mesquita
Que rosa vermelha entre loureiros
há ressuscitado?
A pé, companheiros
que os mortos estão de pé ao nosso lado.
Roxos de fome, angústia, sede e morte
na solidão
Nada nos importe
senão a aurora que levamos no coração.
Que nos arranquem língua, veias, olhos, nervos
A pele que reste
Não é dos servos
o relâmpago espantoso que nos veste.
há ressuscitado?
A pé, companheiros
que os mortos estão de pé ao nosso lado.
Roxos de fome, angústia, sede e morte
na solidão
Nada nos importe
senão a aurora que levamos no coração.
Que nos arranquem língua, veias, olhos, nervos
A pele que reste
Não é dos servos
o relâmpago espantoso que nos veste.
Papiniano Carlos
sábado, janeiro 01, 2011
Morreu Arnaldo Mesquita, defensor dos direitos dos presos políticos
O advogado Arnaldo Mesquita morreu, este sábado, aos 80 anos, no Hospital de Santo António, no Porto.
O seu funeral realiza-se domingo à tarde, no cemitério do Torno, Lousada.
Arnaldo Mesquita era militante do PCP desde 1949, tendo dedicado a sua vida à defesa dos direitos dos presos políticos.
Arnaldo Mesquita, tendo sido um dos precursores da garantia de assegurar a presença do advogado no interrogatório da polícia, batalhou também pelo fim das medidas de segurança a que eram sujeitos os presos políticos antes do 25 de Abril de 1974, que eram prorrogadas por decisão administrativa. Conseguiu que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem se pronunciasse e denunciasse esta prática, o que resultou na libertação de Maria da Piedade, mulher de Joaquim Gomes, dirigente do PCP, que tendo sido condenada a três anos estava já presa há nove anos.
O Militante do PCP, esteve preso pela polícia política do regime do Estado Novo em três fases: uma de seis, uma de catorze e outra de quatro meses, ao todo 24 meses.
Esteve ainda sujeito à tortura do sono durante seis dias e seis noites. Chegando inclusive a ser preso pela PIDE em 1955, durante o processo do julgamento de Ruy Luís Gomes, presidente do Movimento Democrático Nacional.
O seu funeral realiza-se domingo à tarde, no cemitério do Torno, Lousada.
Arnaldo Mesquita era militante do PCP desde 1949, tendo dedicado a sua vida à defesa dos direitos dos presos políticos.
Arnaldo Mesquita, tendo sido um dos precursores da garantia de assegurar a presença do advogado no interrogatório da polícia, batalhou também pelo fim das medidas de segurança a que eram sujeitos os presos políticos antes do 25 de Abril de 1974, que eram prorrogadas por decisão administrativa. Conseguiu que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem se pronunciasse e denunciasse esta prática, o que resultou na libertação de Maria da Piedade, mulher de Joaquim Gomes, dirigente do PCP, que tendo sido condenada a três anos estava já presa há nove anos.
O Militante do PCP, esteve preso pela polícia política do regime do Estado Novo em três fases: uma de seis, uma de catorze e outra de quatro meses, ao todo 24 meses.
Esteve ainda sujeito à tortura do sono durante seis dias e seis noites. Chegando inclusive a ser preso pela PIDE em 1955, durante o processo do julgamento de Ruy Luís Gomes, presidente do Movimento Democrático Nacional.
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