domingo, maio 10, 2009

Bloco central ou Estado novo??

Leonor, é o nome da ex-ministra da saúde que comprou sangue que se sabia de antemão contaminado com HIV. Matou, debilitou, piorou a vida de muitos Portugueses que ainda hoje pagam por tal "erro".
Manuela, é o nome da ex-ministra de economia que investiu grande parte das reservas financeiras do povo Português no casino de wall street.
Manuela, é o nome da candidata do psd que se declarou desejosa de prescindir da democracia durante 6 meses.
Correia, é o nome do ex-ministro da saúde que inaugurou a eliminação por fases do sistema de saúde nacional.
Maria, é o nome da ministra de educação que provocou a maior manifestação de sempre em Portugal por parte de um colectivo.
Podia abundar e extender o texto quase ao imperceptível, mas, estes exemplos permitem que percebamos o profundo desprezo e desrespeito pelo Povo, por parte dos partidos PS e PSD, hoje PSE e PPE.
Se atendermos à manipulação informativa, por exemplo, relativa aos incidentes com o avô cantigas durante a celebração do 1º de Maio, dia do trabalhador e que por tal não reserva lugar a quem defende o atentado constante aos seus direitos, podemos facilmente perceber que, da mesma forma que o PS coloca o BE como um apendice - mesmo que este último mantenha uma tónica pseudo-contestatária é um apoio claro do governo, basta olharmos para a camara de Lisboa - também o délio faz parte de um satélite pseudo-radical que serve indirectamente os interesses do PS e, directamente atenua a carência de protagonismo do BE.
No relativo ao PSD, outro tanto do mesmo, provado que está esse mesmo tipo de dependência por parte do CDS, também este último conserva este tipo de estratégia na sua relação com o PNR.

Assim, atendendo às bacoradas da corja nos últimos dias, penso que não estaria demais pensar que, ainda atirando-se argumentos teatrais reciprocamente, depois da possibilidade que nos trouxe o 25 de Abril, a possibilidade de VOTAR, com medidas repressivas similares às que, por exemplo e a titulo de amostra, se adoptaram no bairro da Bela Vista, provavelmente vejamos um novo "Estado Novo", a entrega total da soberania ao grande capital através do PE, ou, a venda dos nosso recursos, da vida do nosso povo, da cultura Portuguesa, aos grandes impérios globalistas.

Por outra parte, se considerarmos a existência do Estado como ditadura, a conjuntura actual, tanto no âmbito nacional como internacional e as alternativas possiveis, restam dois cenários plausíveis:

1º- Ditadura nacional-corporativista.

2º- Ditadura do proletariado.

No relativo à primeira, outorgando-lhe à partida a maior percentagem de possibilidades de ocorrer, teriamos um governo que defende o capital e a clivagem, concentrando em cada dia menos pessoas a dependência de um número cada vez maior de trabalhadores, com base na diminuição necessária do valor do trabalho, na redução de serviços à população e do consequente aumento das exigências ao povo e da repressão que amordaça o inconformismo, não existindo no seu horizonte perpétuo a intenção do eliminar do Estado, da ditadura.

No segundo caso, considerando que já vivemos, e sofremos, o capitalismo, encontramos a possibilidade de definir aproximadamente a duração necessária do Estado, tornando a liberdade algo tangível, ao contrário da primeira opção, sendo este último um tipo de regime transitório e que só por isso deve ser encarado de forma mais interessada, sem o tipico anti-comunismo primário de muitos amedrontados alienados e sem que por tal esqueçamos que desde o primeiro dia será o Povo quem governe.

Pelo exposto, só existe hoje um partido que nos sugere alternativa, que não alternância - uma vez que consolidado um novo bloco central nem estes partidos nos poderiam continuar a tentar manipular com essas demagógicas lutas, um partido que, reunido em coligação com quem realmente se preocupa pelo mundo no qual vivemos, defende a segunda possibilidade, incorpora a condição humana aos seus princípios, considera que a liberdade sim é possível, essa força chama-se CDU!

Porque é a tua consciência que te pede mudar de rumo, não permitas que te imponham o medo, vota em consciência no próximo dia 7!



A revolução é hoje!

2 comentários:

Ana Camarra disse...

CRN

Por acaso podiamos continuar a debulhar nomes até ao infinito: Pedro que foi Presidente de duas Autarquias e as deixou encalcradas para ser o Primeiro Ministro que em menos tempo mais gastou; Jorge que largou o cargo de ministro porque a culpa não podia morrer solteira e agora dirige a maior empresa de Construção Civil; o outro que mandou fazer a 2ª travessia do Tejo á medida das necessidades de um grande consórcio que hoje dirige, etc, etc...

Portanto só não vê quem não quer!
Vamos ver como correm as próximas três batalhas.

beijos

CRN disse...

Ana,

Exceptuando a CDU, todos, incluindo o Sá, os partidos que assumiram tarefas governativas depois das 1ªs eleições só nos retiraram os direitos que resgatou para o Povo a governação do Camarada Vasco.
Ainda que resulte difícil assumir, a opinião da maioria do Povo do nosso País tem sido comprada por quem menos rouba - ou isso é o que se pensa, a questão é que passêmos a acreditar que governar não é sinónimo de "governar-se", que existe realmente quem possa conduzir Portugal como um exemplo de justiça e honestidade e, fundamentalmente, possa recuperar para os trabalhadores a relevância, os direitos, o poder, dos quais têm sido espoliados durante os 33 últimos anos.

A revolução é hoje!