sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Comummente é assim... (Até quando?)

Rodchenko

Cada um ao nascer
traz sua dose de amor,
mas os empregos,
o dinheiro,
tudo isso,
nos resseca o solo do coração.
Sobre o coração levamos o corpo,
sobre o corpo a camisa,
mas isto é pouco.
Alguém
imbecilmente
inventou os punhos
e sobre os peitos
fez correr o amido de engomar. Quando velhos se arrependem.
A mulher se pinta.
O homem faz ginástica
pelo sistema Muller.
Mas é tarde.
A pele enche-se de rugas.
O amor floresce,
floresce,
e depois desfolha.


Maiakovski

2 comentários:

Ana Camarra disse...

Das folhas que caem há coisas que nascem, outra vez!

um beijo

CRN disse...

Claro.

A revolução é hoje!