O presidente do banco BPI alertou hoje que o valor em que o Estado se quer endividar até 2013 "é impossível" e "completamente impensável, considerando que um dos problemas da economia portuguesa é que o país "não se consegue financiar".
Fernando Ulrich, que falava durante a conferência promovida pela revista Exame, sob o tema Portugal em Exame, sublinhou que "o problema é que Portugal não se consegue financiar" considerando ainda que "a restrição financeira tem sido completamente esquecida" pelos responsáveis.
O conselho do presidente do BPI ao Governo começou por ser para que não se publiquem mais cenários macroeconómicos sem explicar como se financiam, entendendo ainda que a dívida de Portugal (onde inclui Estado, empresas e particulares) é "de tal maneira grande" que acredita que "não é financiável".
Para Fernando Ulrich, a discussão dos grandes projetos de investimento "está completamente ultrapassada" por não existirem condições para financiar esses projetos, ou, a acontecerem, colocarem uma pressão "gigantesca" sobre a população.
Ainda quanto ao financiamento da dívida portuguesa, o banqueiro considera que só quando o Banco Central Europeu terminar a compra de títulos de divida pública será possível observar se a economia portuguesa é ou não financiável.
O banqueiro concluiu, sublinhando que no "PEC 2", onde estão incluídas as novas medidas, está previsto que o Estado vá buscar 45 mil milhões de euros em divida aos mercados.
Para Fernando Ulrich, com a informação de que dispõe, tal será "impossível" e "completamente impensável".
terça-feira, maio 18, 2010
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4 comentários:
É engraçado ver os banqueiros falarem em dívida quando foram eles que endividaram os povos até ao tutano.
É fácil falar de barriga cheia..."eles" até são financiados pelo Estado !!
Pois é, mas não só os banqueiros, o principal garante destas injustiças é o PS.
Jorge,
Nem mais.
Abraço
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