Relógio volta mas hora legal não
O relógio deverá voltar hoje ao Cais do Sodré, em Lisboa. Mas não a hora legal, pois, desta vez, o relógio não vai estar ligado aos cinco relógios atómicos do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL). "É um relógio qualquer, mais preciso ou menos preciso, mas a Administração do Porto de Lisboa (APL) não pode manter a etiqueta de hora legal", diz ao DN Rui Agostinho, director do OAL.O dispositivo deverá, segundo a APL, que tem jurisdição da zona, ser instalado até hoje. Esteve fora do local por causa das obras que decorrem ao lado, segundo a APL. No entanto, a sua falta de precisão tem décadas. Rui Agostinho diz que "desde o 25 de Abril" que o relógio está "ao abandono." O astrofísico disse ao DN que recentemente "desafiou a APL a fazer a hora legal" regressar ao Cais do Sodré mas nunca recebeu resposta. A certificação da hora legal faz-se através de uma linha telegráfica, a cada dois segundos, com sinais horários que regulam o relógio. "Um relógio pode atrasar 15 a 30 segundos por mês", alerta. Já "a hora legal mantém o padrão do tempo".Rui Agostinho sabe a importância do que é ser guardião da hora. Por um minuto se ganha ou se perde. "É um valor essencial, e à medida que a nossa vida é mais electrónica, a hora ganha ainda mais importância", alerta. Nos últimos anos "houve vários casos [em tribunal] em que fomos chamados a dar explicações mas cada um [cada entidade] tem a sua hora..." , conclui com desalento. Lamentando o fim da hora certificada, questiona: "Qual é a garantia de qualidade daquela hora?"O DN tentou, sem sucesso, até à hora de fecho desta edição, obter esclarecimentos da APL.O primeiro relógio da hora legal chegou ao Cais do Sodré em 1914. Este exemplar foi substituído em 2001 pelo que agora regressa ao local e que tem "tecnologia digital e design bem mais moderno", segundo a APL. O exemplar original está exposto na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Alcântara.
sexta-feira, novembro 30, 2007
Será desta que veremos uma diminuiçao do Euribor?
ECONOMIA
• ZONA EURO - Inflação deverá situar-se em três por cento
A inflação homóloga na Zona Euro deverá ter ficado, em Novembro, nos três por cento, o que representa uma subida de 0,4 pontos percentuais face a Outubro, de acordo com as estimativas do Eurostat. Trata-se do valor mais alto desde 2001.
A inflação homóloga (face ao mesmo mês do ano anterior) na Zona Euro deverá ter-se situado em Novembro em três por cento, 0,4 pontos percentuais acima de Outubro, estimou esta sexta-feira o Eurostat. As estimativas rápidas de inflação do Eurostat combinam informação histórica, informações preliminares sobre preços de energia e os dados preliminares de inflação disponíveis num conjunto de países, para calcular um valor para a inflação utilizando métodos econométricos. Nos últimos 24 meses, as estimativas rápidas coincidiram com o valor definitivo da inflação em 17 casos e apresentaram um desvio de 0,1 pontos percentuais em sete meses.
• ZONA EURO - Inflação deverá situar-se em três por cento
A inflação homóloga na Zona Euro deverá ter ficado, em Novembro, nos três por cento, o que representa uma subida de 0,4 pontos percentuais face a Outubro, de acordo com as estimativas do Eurostat. Trata-se do valor mais alto desde 2001.
A inflação homóloga (face ao mesmo mês do ano anterior) na Zona Euro deverá ter-se situado em Novembro em três por cento, 0,4 pontos percentuais acima de Outubro, estimou esta sexta-feira o Eurostat. As estimativas rápidas de inflação do Eurostat combinam informação histórica, informações preliminares sobre preços de energia e os dados preliminares de inflação disponíveis num conjunto de países, para calcular um valor para a inflação utilizando métodos econométricos. Nos últimos 24 meses, as estimativas rápidas coincidiram com o valor definitivo da inflação em 17 casos e apresentaram um desvio de 0,1 pontos percentuais em sete meses.
Parece vassalagem ou é outra coisa?
Primeiro-ministro falou com homólogo espanhol, José Luis Zapatero
O ex-presidente da República Mário Soares participou numa reunião do Clube de Madrid na capital espanhola nas vésperas da chegada de Hugo Chávez a Portugal e, neste contexto, teve um encontro com o rei Juan Carlos, apurou o DN junto de fonte próxima de Mário Soares. Uma reunião onde, muito provavelmente, terão abordado a crise diplomática entre Espanha e a Venezuela. Até porque é sabido que Soares mantém uma boa relação com o presidente da Venezuela, tendo sido um dos interlocutores no processo de aproximação da Galp à petróleos da Venezuela. Por seu lado, o primeiro ministro português também conversou com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, sobre a vinda de Hugo Chávez a Portugal. Estes poderão ter sido dois passos que poderão ajudar a diminuir as tensões entre Espanha e a Venezuela e que contribuíram para que a visita do presidente venezuelano a Lisboa não tenha sido vista com maus olhos do lado espanhol, disseram ao DN fontes políticas. O DN tentou por diversas vezes contactar Mário Soares, para tentar apurar o teor da conversa com o rei de Espanha, mas até à hora do fecho desta edição tal não foi possível. Do gabinete do primeiro-ministro o DN também não obteve qualquer comentário sobre o assunto. O certo é que Mário Soares esteve segunda-feira com o rei espanhol, em Madrid, e ontem recebeu o presidente venezuelano em Lisboa e jantou com ele. "Está em sua casa", diz Sócrates O Presidente venezuelano chegou ao aeroporto de Lisboa - vindo de Paris - pelas 20.30, ou seja, quase com duas horas e meia de atraso. Tinha a aguardá-lo o secretário de Estado português das Comunidades, António Braga, o ex-Presidente Mário Soares ("pivot" nas negociações petrolíferas entre a Galp e o governo venezuelano) e ainda a administração da petrolífera portuguesa. Falando a jornalistas, voltou a exigir um pedido de desculpas do Rei de Espanha por causa do "por qué no te callas !" da cimeira ibero-americana. Ao mesmo tempo, multiplicou-se em elogios à (vasta) comunidade emigrante portuguesa na Venezuela. "Com uma comunidade tão grande e com tanto afecto, não se compreende porque é que ainda não há uma sólida relação política entre Portugal e a Venezuela."A comitiva venezuelana rumou depois à residência oficial do primeiro-ministro, que o aguardava para jantar. José Sócrates multiplicou-se em agradecimentos: "Está em sua casa", disse, declarando-se "honrado" por receber o chefe de Estado venezuelano em Lisboa. "Esta visita expressa a amizade entre os dois povos", sublinhou. Sócrates disse ainda esperar de Chávez que prossigam os seus "esforços" para dar "estabilidade e confiança" à comunidade emigrante lusa. Do ponto de vista comercial fez também votos: "Que haja uma relação à altura da nossa história comum." E seguiu-se o jantar em São Bento, com Mário Soares novamente à mesa.
O ex-presidente da República Mário Soares participou numa reunião do Clube de Madrid na capital espanhola nas vésperas da chegada de Hugo Chávez a Portugal e, neste contexto, teve um encontro com o rei Juan Carlos, apurou o DN junto de fonte próxima de Mário Soares. Uma reunião onde, muito provavelmente, terão abordado a crise diplomática entre Espanha e a Venezuela. Até porque é sabido que Soares mantém uma boa relação com o presidente da Venezuela, tendo sido um dos interlocutores no processo de aproximação da Galp à petróleos da Venezuela. Por seu lado, o primeiro ministro português também conversou com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, sobre a vinda de Hugo Chávez a Portugal. Estes poderão ter sido dois passos que poderão ajudar a diminuir as tensões entre Espanha e a Venezuela e que contribuíram para que a visita do presidente venezuelano a Lisboa não tenha sido vista com maus olhos do lado espanhol, disseram ao DN fontes políticas. O DN tentou por diversas vezes contactar Mário Soares, para tentar apurar o teor da conversa com o rei de Espanha, mas até à hora do fecho desta edição tal não foi possível. Do gabinete do primeiro-ministro o DN também não obteve qualquer comentário sobre o assunto. O certo é que Mário Soares esteve segunda-feira com o rei espanhol, em Madrid, e ontem recebeu o presidente venezuelano em Lisboa e jantou com ele. "Está em sua casa", diz Sócrates O Presidente venezuelano chegou ao aeroporto de Lisboa - vindo de Paris - pelas 20.30, ou seja, quase com duas horas e meia de atraso. Tinha a aguardá-lo o secretário de Estado português das Comunidades, António Braga, o ex-Presidente Mário Soares ("pivot" nas negociações petrolíferas entre a Galp e o governo venezuelano) e ainda a administração da petrolífera portuguesa. Falando a jornalistas, voltou a exigir um pedido de desculpas do Rei de Espanha por causa do "por qué no te callas !" da cimeira ibero-americana. Ao mesmo tempo, multiplicou-se em elogios à (vasta) comunidade emigrante portuguesa na Venezuela. "Com uma comunidade tão grande e com tanto afecto, não se compreende porque é que ainda não há uma sólida relação política entre Portugal e a Venezuela."A comitiva venezuelana rumou depois à residência oficial do primeiro-ministro, que o aguardava para jantar. José Sócrates multiplicou-se em agradecimentos: "Está em sua casa", disse, declarando-se "honrado" por receber o chefe de Estado venezuelano em Lisboa. "Esta visita expressa a amizade entre os dois povos", sublinhou. Sócrates disse ainda esperar de Chávez que prossigam os seus "esforços" para dar "estabilidade e confiança" à comunidade emigrante lusa. Do ponto de vista comercial fez também votos: "Que haja uma relação à altura da nossa história comum." E seguiu-se o jantar em São Bento, com Mário Soares novamente à mesa.
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