quinta-feira, janeiro 24, 2008

Que aspectos mudaram na ditadura??

Correia de Campos disse ao autarca de Anadia que o responsabilizaria se houvesse agressões
Em entrevista ao Expresso (que poderá ler na íntegra na edição impressa do próximo sábado), o ministro da Saúde desdramatiza o conteúdo do telefonema que fez a Litério Marques.

Cristina Bernardo Silva e Cristina Figueiredo, Expresso.

O ministro conta que o seu primeiro telefonema foi para o governador civil de Aveiro
Recusando-se a responder ao facto de o autarca o acusar de tentativa de intimidação - não tenho nenhum comentário sobre isso", diz -, Correia de Campos confirma que telefonou a Litério Marques depois de ter sido informado de grande agressividade" e tentativas dempurrões" a uma ambulância SIV (Suporte Imediato Vida) estacionada junto às urgências do Hospital de Anadia, por parte da população que se manifestava no local, na sexta-feira, em protesto pela morte de um bebé.
O ministro conta que o seu primeiro telefonema foi para o governador civil de Aveiro mas, na dificuldade em contactar este, ligou então ao edil de Anadia. Para lhe dizer: Tem que me garantir (a segurança do pessoal que está dentro da ambulância) e será responsabilizado se houver ameaça física ou agressão ao pessoal e equipamento do Estado".
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Certidão de óbito contraria versão divulgada pelo hospital
nuno alegria
Família de Manuel Dias da Silva viu confirmadas suspeitas de que familiar terá morrido de traumatismo.
José Carlos Maximino e Sandra Pinho"Traumatismo crânio-encefálico" é a causa de morte que consta da certidão de óbito de Manuel Dias da Silva, o idoso de 75 anos, de Sto Amaro (Estarreja), que morreu, na segunda-feira, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), depois de ter caído da maca, num corredor do Serviço de Urgência do Hospital Infante D. Pedro, de Aveiro, segundo o que o JN apurou.A certidão de óbito contradiz, assim, a versão veículada, anteontem, pelo Gabinete de Comunicação do hospital, de acordo com a qual "não houve fractura craniana" na sequência da queda.Confrontada com a contradição, a administração do Hospital de Aveiro, que confirmou já ter solicitado, à Inspecção-Geral de Saúde, uma averiguação das condições em que aconteceu o incidente, preferiu não fazer qualquer comentário. "O caso está a ser investigado pela Inspecção-Geral de Saúde, a nosso pedido, pelo que o Hospital não vai tecer mais comentários", avançou a responsável do Gabinete de Comunicação, Catarina Resende. O corpo da vítima foi a enterrar, ontem à tarde, depois de realizada a autópsia, num ambiente "de grande consternação e revolta", segundo a expressão de um familiar. "Devia haver mais consciência e respeito pelas pessoas que andam uma vida toda a trabalhar e a fazer descontos. Quando o meu tio mais precisou de ajuda médica, conduziram-no para a morte", protesta uma sobrinha do idoso, reclamando que " se o Hospital não tem pessoal suficiente, ao menos deixem entrar um familiar para prestar apoio e fazer companhia ao doente".Dando voz à sua revolta, face ao que aconteceu com o tio, Carminda Moutela, instigaà denuncia de casos semelhantes. "Os portugueses não podem continuar impávidos e serenos com o que se passa no país, principalmente, no sector da Saúde", argumenta, inconformada com o fecho anunciado da Urgência do Hospital de Salreu, no concelho de Estarreja, onde vive.Apesar disso, a família de Manuel Dias da Silva não pretende avançar com qualquer processo judicial contra o Hospital Infante D. Pedro "porque não dispõe de recursos financeiros e a viúva pretende ir para França, para junto dos filhos", explicou a sobrinha.



1 comentário:

Ferroadas disse...

Será sempre REVOLUÇÃO POPULAR