sábado, abril 30, 2011
quinta-feira, abril 28, 2011
Walking around
Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.
Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.
Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.
Pablo Neruda
quarta-feira, abril 27, 2011
Mais um dia
Quantas vidas se enlaçam no meu ADN?
Quantos se puseram à minha frente para que olhe o horizonte de braço hirto?
Quantos pensamentos se reprimiram enclausurados na vastidão das mentes até lhe faltarem à minha realidade?
Recordar quem fui não será desvirtuar o que sou, ou já não sou?
Não creio. Já não sou só tudo o que fui, sou uma projecção daquilo que quero ser, ancorado no limbo de quem era e do que serei. Uma espécie de caminhante.
Recordar Abril é necessário, mas não por mim, que também o sou. Recordar Abril é importante para que outros saibam que aconteceu, mas, não será menos interessante contar o nosso Abril a essa professora que exige meritocracia daquela que premeia “os que mais sabem” ou àqueles que vêm para a avenida gritar por Abril e expiar as frustrações que os carcomiam quando pensavam se votar sem agitar a marisma ou ficar em casa ao abrigo de olhares inquisidores.
Não sei se será pragmático ficar mal na fotografia e defender a participação popular recusando o acordo ortográfico (por exemplo), falar de política em público ou exibir vestes que denunciem explicitamente a ideologia segundo a qual pretendemos transformar a sociedade. Sei que queimar páginas do livro da história que nos vendem a preço da vida apenas pelo suplemento aparentemente gratuito de uma hiper-realidade tão descartável resulta conflituoso e, por vezes, fecundo, mas também os há conciliadores.
Aos amigos que nunca tentaram salvar-me de mim.
Quantos se puseram à minha frente para que olhe o horizonte de braço hirto?
Quantos pensamentos se reprimiram enclausurados na vastidão das mentes até lhe faltarem à minha realidade?
Recordar quem fui não será desvirtuar o que sou, ou já não sou?
Não creio. Já não sou só tudo o que fui, sou uma projecção daquilo que quero ser, ancorado no limbo de quem era e do que serei. Uma espécie de caminhante.
Recordar Abril é necessário, mas não por mim, que também o sou. Recordar Abril é importante para que outros saibam que aconteceu, mas, não será menos interessante contar o nosso Abril a essa professora que exige meritocracia daquela que premeia “os que mais sabem” ou àqueles que vêm para a avenida gritar por Abril e expiar as frustrações que os carcomiam quando pensavam se votar sem agitar a marisma ou ficar em casa ao abrigo de olhares inquisidores.
Não sei se será pragmático ficar mal na fotografia e defender a participação popular recusando o acordo ortográfico (por exemplo), falar de política em público ou exibir vestes que denunciem explicitamente a ideologia segundo a qual pretendemos transformar a sociedade. Sei que queimar páginas do livro da história que nos vendem a preço da vida apenas pelo suplemento aparentemente gratuito de uma hiper-realidade tão descartável resulta conflituoso e, por vezes, fecundo, mas também os há conciliadores.
Aos amigos que nunca tentaram salvar-me de mim.
domingo, abril 24, 2011
"Nunca pensei viver"
Nunca pensei viver para ver isto:
a liberdade – (e as promessas de liberdade)
restauradas. Não, na verdade, eu não pensava
- no negro desespero sem esperança viva -
que isto acontecesse realmente. Aconteceu.
E agora, meu general?
Tantos morreram de opressão ou de amargura,
tantos se exilaram ou foram exilados,
tantos viveram um dia-a-dia cínico e magoado,
tantos se calaram, tantos deixaram de escrever,
tantos desaprenderam que a liberdade existe-
E agora, povo português?
Essas promessas – há que fazer depressa
que o povo as entenda, creia mais em si mesmo
do que nelas, porque elas só nele se realizam
e por ele. Há que, por todos os meios,
abrir as portas e as janelas cerradas quase cinquenta anos -
E agora, meu general?
E tu povo, em nome de quem sempre se falou,
ouvir-se-á a tua voz firme por sobre os clamores
com que saúdas as promessas de liberdade?
Tomarás nas tuas mãos, com serenidade e coragem,
aquilo que, numa hora única, te prometem?
E agora, povo português?
Jorge de Sena
a liberdade – (e as promessas de liberdade)
restauradas. Não, na verdade, eu não pensava
- no negro desespero sem esperança viva -
que isto acontecesse realmente. Aconteceu.
E agora, meu general?
Tantos morreram de opressão ou de amargura,
tantos se exilaram ou foram exilados,
tantos viveram um dia-a-dia cínico e magoado,
tantos se calaram, tantos deixaram de escrever,
tantos desaprenderam que a liberdade existe-
E agora, povo português?
Essas promessas – há que fazer depressa
que o povo as entenda, creia mais em si mesmo
do que nelas, porque elas só nele se realizam
e por ele. Há que, por todos os meios,
abrir as portas e as janelas cerradas quase cinquenta anos -
E agora, meu general?
E tu povo, em nome de quem sempre se falou,
ouvir-se-á a tua voz firme por sobre os clamores
com que saúdas as promessas de liberdade?
Tomarás nas tuas mãos, com serenidade e coragem,
aquilo que, numa hora única, te prometem?
E agora, povo português?
Jorge de Sena
terça-feira, abril 19, 2011
Sementes privatizadas?
Em Bruxelas as organizações, reunidas no movimento europeu "Campanha Europeia pelas Sementes Livres", entregaram mais de 60 mil assinaturas recolhidas no âmbito da petição europeia pelas sementes livres à Comissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu. Em Lisboa, pelas 16 horas, os dinamizadores locais da Campanha entregaram uma cópia da petição à representação portuguesa da Comissão Europeia, no Largo Jean Monnet. A animação incluiu uma pequena peça de teatro intitulada "se me mentes".
Ontem foi o último dia das Jornadas Internacionais de Acção, marcando o ponto alto da Campanha pelas Sementes Livres que denuncia a revisão em curso da legislação europeia em matéria de produção e comercialização de sementes (ver a Nova Lei das Sementes no site da Campanha). Esta revisão vai favorecer a crescente privatização das sementes agrícolas por uma dúzia de multinacionais, com graves consequências para horticultores e agricultores pequenos e para a segurança e autonomia alimentares, não só na Europa como em todo o mundo.
O mercado das sementes é hoje um oligopólio, com dez empresas a controlar 67% do mercado global de sementes comerciais (In Who Owns Nature? (2008), ETC Group Report). Através da manipulação genética, as patentes e a cobrança de direitos para a reprodução de sementes estas empresas estão a condicionar a diversidade genética do nosso planeta.
Os tratados internacionais e a legislação europeia já estão a favorecer fortemente as variedades de sementes industriais em detrimento das variedades tradicionais e da diversidade fitogenética conseguida com o trabalho de homens e mulheres agricultores ao longo de séculos. A nova legislação a ser proposta pela Comissão Europeia em 2011 vem restringir ainda mais a acção do agricultor, obrigando a burocracias que na prática vão inibir a reprodução de sementes tradicionais.
A Campanha Europeia pelas Sementes Livres reclama o livre acesso às sementes, o apoio à preservação da diversidade agrícola e a proibição das patentes sobre plantas. As sementes são um bem comum e vital e não devem ser entregues à exploração exclusiva da indústria agro-alimentar.
Esta campanha é dinamizada pelas organizações Campo Aberto, GAIA, MPI, Plataforma Transgénicos Fora e Quercus e conta com mais 35 organizações subscritoras. A "Petição pelas Sementes Livres - não à privatização das sementes!" continua a poder ser assinada online.
Aqui
Ontem foi o último dia das Jornadas Internacionais de Acção, marcando o ponto alto da Campanha pelas Sementes Livres que denuncia a revisão em curso da legislação europeia em matéria de produção e comercialização de sementes (ver a Nova Lei das Sementes no site da Campanha). Esta revisão vai favorecer a crescente privatização das sementes agrícolas por uma dúzia de multinacionais, com graves consequências para horticultores e agricultores pequenos e para a segurança e autonomia alimentares, não só na Europa como em todo o mundo.
O mercado das sementes é hoje um oligopólio, com dez empresas a controlar 67% do mercado global de sementes comerciais (In Who Owns Nature? (2008), ETC Group Report). Através da manipulação genética, as patentes e a cobrança de direitos para a reprodução de sementes estas empresas estão a condicionar a diversidade genética do nosso planeta.
Os tratados internacionais e a legislação europeia já estão a favorecer fortemente as variedades de sementes industriais em detrimento das variedades tradicionais e da diversidade fitogenética conseguida com o trabalho de homens e mulheres agricultores ao longo de séculos. A nova legislação a ser proposta pela Comissão Europeia em 2011 vem restringir ainda mais a acção do agricultor, obrigando a burocracias que na prática vão inibir a reprodução de sementes tradicionais.
A Campanha Europeia pelas Sementes Livres reclama o livre acesso às sementes, o apoio à preservação da diversidade agrícola e a proibição das patentes sobre plantas. As sementes são um bem comum e vital e não devem ser entregues à exploração exclusiva da indústria agro-alimentar.
Esta campanha é dinamizada pelas organizações Campo Aberto, GAIA, MPI, Plataforma Transgénicos Fora e Quercus e conta com mais 35 organizações subscritoras. A "Petição pelas Sementes Livres - não à privatização das sementes!" continua a poder ser assinada online.
Aqui
"Nascem flores onde quiseres..."
O ser humano continua pensando. E o pensamento e a ideologia dos trabalhadores e dos povos oprimidos serão sempre inevitavelmente opostos à das potências e classes exploradoras e opressoras.
Álvaro Cunhal
O Mundo de Hoje - 2003
quinta-feira, abril 14, 2011
Trabalho Assalariado e Capital
O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário livre, pelo contrário, vende-se a si mesmo, e além disso por partes. Vende em leilão oito, dez, doze, quinze horas da sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de vida, isto é, ao capitalista. O operário não pertence nem a um proprietário nem à terra, mas oito, dez, doze, quinze horas da sua vida diária pertencem a quem as compra. O operário, quando quer, deixa o capitalista ao qual se alugou, e o capitalista despede-o quando acha conveniente, quando já não tira dele proveito ou o proveito que esperava. Mas o operário, cuja única fonte de rendimentos é a venda da força de trabalho, não pode deixar toda a classe dos compradores, isto é, a classe dos capitalistas, sem renunciar à existência. Ele não pertence a este ou àquele capitalista, mas à classe dos capitalistas, e compete-lhe a ele encontrar quem o queira, isto é, encontrar um comprador dentro dessa classe dos capitalistas.
Karl Marx 5 de abril 1849
terça-feira, abril 12, 2011
segunda-feira, abril 11, 2011
Analfabeto castrado, não!
A que horas se reunirão aqueles que na terça-feira irão à portela receber o FMI, à pedrada? Já pintei o cartaz...
"De regreso, medité en los destinos de nuestra colonia. Ante mí se erguía en toda su magnitud la visión de una crisis terrible, en la que corrían el peligro de hundirse en un abismo valores indudables para mí, valores vivos, vitales, creados, como un milagro, por cinco años de trabajo de la colectividad, cuyas cualidades excepcionales ni siquiera por modestia quería ocultar ante mí mismo. En una colectividad como la nuestra, la falta de claridad en las rutas personales no podía originar la crisis. Las rutas personales son siempre confusas. ¿Y qué es una ruta personal clara? Es la renuncia a la colectividad, es un espíritu pequeñoburgués concentrado: preocuparse, desde la más tierna edad, de algo tan fastidioso como el futuro pedazo de pan, como esa misma decantada calificación. ¿Calificación de qué? De carpinteros, de zapateros, de molineros. No, yo creo con firmeza que, para un muchacho de dieciséis años, la calificación más valiosa en nuestra vida soviética es la calificación de combatiente y de hombre. Me imaginé la fuerza de la colectividad de los colonos y repentinamente comprendí en qué consistía la cuestión: naturalmente, ¡cómo había podido tardar tanto en darme cuenta! Todo consistía en el estancamiento. No se podía tolerar ningún estancamiento en la vida de la colectividad. Me alegré como un niño: ¡qué encanto! ¡Qué magnífica, qué absorbente es la dialéctica! Una libre colectividad obrera no es capaz de estancarse. La ley universal del desarrollo general comenzaba únicamente ahora a poner de manifiesto su verdadera fuerza. La forma de existencia de una colectividad humana libre es el movimiento adelante; la forma de su muerte es el estancamiento."
Antón Makarenko
domingo, abril 10, 2011
sexta-feira, abril 08, 2011
quarta-feira, abril 06, 2011
segunda-feira, abril 04, 2011
Constituição da República Portuguesa III
Artigo 2.º
(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
domingo, abril 03, 2011
Constituição da República Portuguesa II
A Assembleia Constituinte, reunida na sessão plenária de 2 de Abril de 1976, aprova e decreta a seguinte Constituição da República Portuguesa:
Princípios fundamentais
Artigo 1.º
(República Portuguesa)
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Domingo musicado
"Governo demissionário faz 156 nomeações e promoções
O Governo demissionário não parou de contratar e promover funcionários após o chumbo do PEC 4 a 23 de Março. De acordo com as publicações em Diário da República contabilizadas pelo Diário de Notícias, o Executivo de José Sócrates assinou 85 nomeações e 71 promoções.
Com as eleições marcadas para 5 de Junho, algumas nomeações para, por exemplo, gabinetes ministeriais terão de sair num máximo de três meses. Caso disso é a nomeação para adjunto da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Em sete dias, este número de nomeações - 85 - traduz-se numa média recorde de 12 por dia.
O ministério que mais nomeações fez foi o da Administração Interna, com 19 novos membros. Seguiu-se a Presidência do Conselho de Ministro, com 13 nomeações e, depois o Ministério da Defesa, com nove. O jornal escreve que das 85 nomeações, 27 foram substituições."
O Governo demissionário não parou de contratar e promover funcionários após o chumbo do PEC 4 a 23 de Março. De acordo com as publicações em Diário da República contabilizadas pelo Diário de Notícias, o Executivo de José Sócrates assinou 85 nomeações e 71 promoções.
Com as eleições marcadas para 5 de Junho, algumas nomeações para, por exemplo, gabinetes ministeriais terão de sair num máximo de três meses. Caso disso é a nomeação para adjunto da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Em sete dias, este número de nomeações - 85 - traduz-se numa média recorde de 12 por dia.
O ministério que mais nomeações fez foi o da Administração Interna, com 19 novos membros. Seguiu-se a Presidência do Conselho de Ministro, com 13 nomeações e, depois o Ministério da Defesa, com nove. O jornal escreve que das 85 nomeações, 27 foram substituições."
Cautela
Jantávamos, todos camaradas, e lembrei-me da cisão, mas em espanhol: "escisión", imediatamente corrigido pela solidariedade que fervilhava na mesa. Sem filtro, recentemente, dei por mim a escrever "Escéptico" em lugar de céptico, desta sem censura, mas, prenúncio de mais um desafio; mais uma cautela para o heurístico.
Não faz parte do objectivo acabar a vender lotaria, velho.
Não faz parte do objectivo acabar a vender lotaria, velho.
sábado, abril 02, 2011
Constituição da república portuguesa I
PREÂMBULO
A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.
A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do país.
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.
A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.
A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do país.
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.
sexta-feira, abril 01, 2011
Lenine
"Engels tinha razão quando, na sua crítica ao manifesto dos blanquistas-comunistas (1873), ridicularizava a sua declaração: «Nenhuns compromissos!». Isto é uma frase, dizia ele, pois é frequente que as circunstâncias imponham inevitavelmente compromissos a um partido em luta, e é absurdo renunciar de uma vez para sempre a «receber o pagamento da dívida por partes». A tarefa de um partido verdadeiramente revolucionário não consiste em proclamar impossível a renúncia a quaisquer compromissos, mas em saber permanecer fiel, através de todos os compromissos, na medida em que eles são inevitáveis, aos seus princípios, à sua classe, à sua missão revolucionária, à sua tarefa de preparação da revolução e de educação das massas do povo para a vitória da revolução."
Subscrever:
Mensagens (Atom)