"A "tendência histórica da acumulação capitalista" é caracterizada por Marx nestes termos célebres: "A expropriação dos produtores diretos faz-se com o vandalismo mais impiedoso e sob a pressão das paixões mais infames, mais ignóbeis, mesquinhas e odiosas.
A propriedade privada, ganha como trabalho pessoal" (do camponês e do artesão), "e que o indivíduo livre criou, identificando-se de certo modo com os instrumentos e as condições do seu trabalho, é substituída pela propriedade privada capitalista que assenta na exploração do trabalho de outrem, o qual não tem mais que uma aparência de liberdade ... O que se trata agora de expropriar não é já o operário que explora ele próprio a sua própria propriedade, mas o capitalista que explora numerosos operários. Esta expropriação efetua-se pelo jogo das leis imanentes da própria produção capitalista, pela centralização dos capitais. Cada capitalista mata muitos outros, e, paralelamente a esta centralização, isto é, à expropriação de muitos capitalistas por alguns, desenvolve-se, numa escala cada vez maior e mais ampla, a forma cooperativa do processo de trabalho, desenvolve-se a aplicação técnica consciente da ciência, a exploração sistemática do solo, a transformação dos meios de trabalho em meios que não podem ser utilizados senão em comum, a economia de todos os meios de produção pela sua utilização como meios de produção de um trabalho social combinado, a incorporação de todos os povos na rede do mercado mundial e, por conseguinte, o caráter internacional do regime capitalista. À medida que diminui constantemente o numero dos magnatas do capital, que usurpam e monopolizam todas as vantagens deste processo de transformação, cresce no seu conjunto a miséria, a opressão, a escravidão, a degeneração, a exploração; mas também aumenta, ao mesmo tempo, a revolta da classe operária, que é instruída, unida e organizada pelo próprio mecanismo do processo de produção capitalista. O monopólio do capital torna-se o entrave do modo de produção que se desenvolveu com ele e graças a ele. A centralização dos meios de produção e a socialização do trabalho chegam a um ponto em que se tornam incompatíveis com o seu invólucro capitalista, que acaba por rebentar. Soa a última hora da propriedade privada capitalista. Os expropriadores são por sua vez expropriados."
A revolução é hoje!
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
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2 comentários:
CRN
Primeira coisa, bem vindo, espero que estejas melhor!
Segundo, o modelo capitalista tem um grande buraco, come-se a si próprio, auto destroi-se!
Deixo-te um presente, uma letra de Sérgio Godinho.
"Lá isso é
Quatro rodas tem o carro (não tem? lá isso tem)
três pèzinhos tem o banco (não tem? lá isso tem)
dois olhinhos tem o cego
quando anda a fazer que é manco
O fascismo é uma minhoca (não é? lá isso é)
que se infiltra na maçã (não é? lá isso é)
ou vem com botas cardadas
ou com pèzinhos de lã
O mandão é que põe e dispõe
mas o povo é que manda no povo
ai isso é claro, claro
mais claro que a clara dum ovo
Há quem mande obedecer (não há? lá isso há)
há quem disso se encarregue (não há? lá isso há)
e também há quem não tenha
ponta pr´onde se lhe pegue
Há partidos de direita (não há? lá isso há)
que põem sempre a bola ao centro (não é? lá isso é)
mas quem melhor os fintar
é que vai marcar o tento
O mandão é que põe e dispõe
mas o povo é que manda no povo
ai isso é claro, claro
mais claro que a clara dum ovo
É da gente da nossa terra (não é? lá isso é)
é da terra a nossa gente (não é? lá isso é)
de Trás-os-Montes ao Algarve
das ilhas ao Continente
e é estranho que haja p´ra quem
isto não seja evidente
O mandão é que põe e dispõe
mas o povo é que manda no povo
ai isso é claro, claro
mais claro que a clara dum ovo"
Beijos
Ana,
Lá isso come.
A revolução é hoje!
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