Estendendo a resposta que ofereci aos correios de amig@s, Camaradas (enorme consideração), sobre a menção que num texto anterior fiz ao puto que “chorou quando o Zeca deixou de gravar”, quero deixar claro que, esse puto aprendeu que a vida nos foge qual lágrima se a estas insistir-mos em agarrar-nos.
Por outra parte, olhando para o acontecido nas “redondezas”, continuo a ver as folhas de papel de anúncio, a que alguns teimam em chamar jornais, grátis, impressas com um recorde de mentiras que cada dia se parece superar. Começando pela greve sem serviços mínimos que o “Metro” de Madrid realizou, que continua hoje mas com estes a 40%, à qual só se referem para tecer críticas de “trabalhadores”, emigrantes condicionados; porteiros com residência no edifício no qual trabalham e que não utilizam o Metro a não ser ao Domingo, ou mães separadas, com o seus esquemas horários comprometidos pela falta de contemplação própria de um paradigma capitalista, podemos também ver como o governo tenta fazer passar a mensagem de que os 80.000 novos postos de trabalho em Junho – 60% na hotelaria – se devem à recuperação económica que as medidas adoptadas e que todos os dias transformam a paisagem urbana no puzzle de cores com nomes de imobiliárias que podemos contemplar no caminho ao trabalho (aqueles que o têm), geram.
Enfim, pueril ou não, sem pretender “dar uma” de John Lennon, imaginas que todo esse tijolo, feito de inflação, especulação, que por aí, vazio, invade o horizonte, servisse para algo mais que para escravizar à banca muitos ambiciosos alienados, manipulados, fossem ocupados pelos milhares de emigrantes que sem casa procuram o pão, tantas vezes com bolor mas pão, que se fabrica com aquele do qual são espoliados nos seus países de origem, pelos sem-abrigo, sem trabalho, sem fundo de desemprego? Mais: Imaginas que todos, todos, os hipotecados, aqueles que trabalharão para a banca durante os próximos anos, deixassem de pagar a mensalidade em simultâneo, só um mês??? Poderíamos chamar-lhe greve?
sexta-feira, julho 02, 2010
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