Depois do último debate televisivo, entre Jerónimo de Sousa e Pedro Coelho, encontramos um aspecto comum nos objectivos das organizações que ambos candidatos representam: a derrota do PS.
Sendo o anterior uma realidade, também o é a certeza de que em todas as demais críticas e soluções apontadas pelos referidos partidos, não existe qualquer ponto de convergência a assinalar, antes uma profunda dissonância quanto ao elemento essencial de seus programas ou àqueles aos quais pretendem beneficiar.
Assim, no caso do PSD, empregando a velha cassete demagógica da sustentabilidade das pensões, do SNS, da educação, Pedro Coelho (sem Dr., uma vez que essa diplomática e caduca consideração exerce de prerrogativa contrária ao tratamento igualitário que propugna o marxismo/leninismo) transmite a ideia de que a solução para o país é o continuismo no que às privatizações se refere. De outra forma, o aumento da dependência do Estado e a paulatina eliminação da soberania do povo português, apologizando pela submissão do Homem ao Homem, de milhões de vidas à excentricidade de um punhado. Em suma, o PSD preconiza a involução.
Por parte da CDU, a estória é bem diferente:
Firme na convicção de colocar o Homem no centro das suas propostas, constata como a realidade, em practicamente qualquer momento histórico mas fundamentalmente neste que atravessamos, reforça a razão da alternativa política real que oferece.
Não obstante, mais reaccionários que o PSD, numa atmosfera mofada (de mofo e de mofa), ouvimos e vemos como outro candidato, o aparentemente lustrado Paulo Portas, já no primeiro debate, sem medidas que destacassem pela novidade, apenas se dedicou a contrariar Pedro Passos (quando este último afirmou que isso de que os comunistas comessem meninos era um mito) e a criticar, desde a mentira, as intenções da CDU, gerando imagens na mente dos portugueses de paradigmas advindes similares àqueles experimentados em países como a Argentina, que poucas semelhanças contextuais guarda com o nosso país, eximindo-se de ética não mencionando aqueles que depois de um trajecto paralelo ao nosso estão hoje em greve, como a Grécia. Porém, não bastando essa tergiversação corrupta de seriedade, tentou atirar a CDU no tempo e no espaço, corresponsabilizando-a da situação, positíva ou negativa, de países que em muitos casos não compartem a sua base ideológica com a CDU e que, noutros casos, são mesmo por esta coligação criticados.
Para concluir, sem sair da União Europeia e mantendo a análise neste século, o seguinte gráfico proporciona uma imagem da actual situação em diferentes países, todos eles governados pela direita, exceptuando, curiosamente, aquele com menor percentagem de dívida com relação ao PIB, um país governado por Marxistas/Leninistas, os quais, de forma pragmática e singular, eliminaram o preconceito ou a aversão que a população podia sofrer contra o comunismo e adoptaram outro nome.
P.D.: Como adenda: Se não quisermos sair do nosso país para percebermos como governam hoje os comunistas, basta saber que, municípios, como Almada por exemplo, depois de proibirem a abertura de grandes superficíes aos domingos e feriados à tarde e nos dias 25 de Abril e 1º de Maio; de terem sido referidos no anuário dos técnicos oficiais de contas como a autarquia portuguesa com melhor gestão financeira, continuando a investir na educação, na cultura, no lazer, na produção, no comércio, é um dos únicos executivos que não contemplam a dívida como algo necessário, razão pela qual não a poderemos encontrar no seu exercício.
quarta-feira, maio 11, 2011
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4 comentários:
Estratégias...
http://www.youtube.com/watch?v=IAqk8w0KuuA
(...)
http://www.youtube.com/watch?v=04BjHCMeObg&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=YWx4nKmu3Dk
Olá Gisela.
Esclarecimento e imagem, bom conjunto. Esta forma é bastante productiva mas muita cara, vale para canais locais, etc. Mas, no fundamental, a mensagem é muito interessante e importante.
Será dificil que os votantes da IU não fiquem alerta para esta cabala ou "alcavála".
Abraço!
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