quarta-feira, dezembro 31, 2008

CGTP exige clareza ao Governo

A CGTP exigiu ao Governo português que assuma uma posição de rejeição da proposta de alargamento do tempo de trabalho durante as próximas negociações dos estados-membros sobre esta matéria.
«O ministro do Trabalho congratulou-se hoje pela rejeição da proposta no Parlamento Europeu, apesar de ter dado um voto de abstenção aquando da elaboração do documento, o que é positivo, mas tem que ser consequente», afirmou, no dia 17, à agência Lusa, a dirigente da Intersindical, Graciete Cruz.
Neste sentido, a CGTP reclama que o Governo assuma uma posição «clara e inequívoca» de rejeição dos princípios e objectivos contidos na proposta do Conselho Europeu.
No entender da central sindical, o Governo português deveria inclusivamente suspender «de imediato o processo de revisão do Código do Trabalho», onde se admite a hipótese de os horários de trabalho atingirem as 12 horas diárias e as 60 horas semanais.
A dirigente realçou a «importante vitória dos trabalhadores», mas alertou para o facto de ser necessário «não baixar a atenção» durante os próximos três meses, período durante o qual os ministros do Emprego dos 27 estados-membros da União Europeia tentarão encontrar uma solução de consenso entre o Parlamento Europeu e Conselho Europeu.
«Não podemos deixar de acompanhar esta questão e manter a pressão para não haver retrocessos ou evoluções negativas relativamente ao tempo de trabalho», acentuou Graciete Cruz.
Para esta dirigente é fundamental que o movimento sindical e os trabalhadores em geral «continuem a intervir activamente de forma a impedir que a negociação entre o Conselho e o Parlamento Europeu favoreça as posições retrógradas e conciliadoras que estiveram na origem da proposta agora rejeitada».

Por minha parte, desejo um ano cheio de saúde e vitórias a todos aqueles que procuram mudar o futuro!

2 comentários:

Ana Camarra disse...

CRN

Este código do trabalho equivale quase a escravatura, é um nojo.
È a maior ofensiva de sempre aos direitos dos trabalhadores.
Espera-nos um ano de grandes lutas, muito grandes mesmo.
O que está a instalar-se neste país é a redução á bajulação, aos lambe botas, ás colunas vergadas, é como canta Sérgio Godinho

"Tu precisas tanto
de amor e sossego
e eu preciso de um emprego
se mo arranjares
eu dou-te o que é preciso
por exemplo o paraíso
anda ao deus-dará
perdido nessas ruas
vou ser mais sincero
sinto que ando às arrecuas
preciso de galgar
as escadas do sucesso
e por isso é que eu te peço
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego

Se meto os pés para dentro
a partir de agora
eu mete-os para fora
se dizia o que penso
eu posso estar atento
e pensar para dentro
se queres que seja duro
muito bem serei duro
se queres que seja doce
serei doce, ai isso juro
eu quero é ser o tal
e como tal reconhecido
e assim digo-te ao ouvido
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego

Sbendo que as minhas intenções
são das mais sérias
partamos para férias
mas para ter férias
é preciso ter emprego
espera aí que eu já chego
agora pensa numa casa
com o mar ali ao pé
e nós os dois
a brindarmos com rosé
esqueço-me de tudo
com o por-do-sol assim
chega aqui ao pé de mim
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego

Se em mandasse neles
os teus trabalhadores
seriam uns amores
greves era só
das seis e meia às sete
em frente a um cassetete
primeiro de Maio
só de quinze em quinze anos
feriado em Abril
só no dia dos enganos
e reivindicações
quanto baste ma non troppo
anda, bebe mais um copo
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego"


Beijo

Ana

Anónimo disse...

Ana,
o Godinho e 250.000 na rua, uma canção que esteve aqui, no playlist, bem recordada.

A revolução é hoje!