sexta-feira, abril 03, 2009

Salvêmos o capitalismo??

Como conclusão dos resultados da cimeira de Londres, reunião dos G20, poderiamos encontrar que a redução da qualidade de vida das populações, a efectiva diminuição do valor do trabalho enquanto mercadoria ou a manutenção das politicas fascistas

- que não fascizantes, considerando que a realidade apresenta, cada vez com maior tangibilidade, contornos fascistas insalváveis -

adquirem um papel básico na elaboração do novo paradigma imposto ao povo no contexto global.
Considerando a aportação anunciada pela UE, €850.000 milhões, assim como o número de habitantes da Europa a 27, 450 Milhões, resulta difícil explicar de onde surgirão €1888 por habitante/ano, ou €158 per capita/mês, para "salvar", durante mais uma temporada, esta economia de base esclavagista que nos vem retirando gradualmente direitos conquistados através da luta de várias gerações.

Contudo, mais grave se torna esta constatação de nos situarmos no contexto do nosso País, o qual, mesmo sem realizar uma aportação significativa, deve assumir o impacto de tal esforço financeiro Europeo, uma vez que é sócio dessa mesma, actualmente, mega-corporação.

Assim, sem deixar de recordar que, atendendo à inflação registada em Portugal durante 2008, o ordenado minimo para 2009 só foi realmente aumentado €12, que, a entrega de capitais públicos à banca supôs, só no caso BPP, uma diminuição das reservas nacionais na ordem dos €1.500 Milhões, €150 por habitante/ano, ou, €12,5 per capita/mês, a retirada de subsidio a metade da população desempregada - 250.000 Portugueses, o incremento das taxas moderadoras na saúde, o encarecimento do acesso ao ensino, através de mais um fascista business-plan como o tratado de Bolonha, a cada vez menor comparticipação do estado no preço dos medicamentos imprescindíveis, ou, o demagógico aumento das pensões, não podemos mais que antever um cenário ainda mais pauperizado, o acentuar da clivagem social, o aprofundar do fosso entre pobres e ricos, sem que estes últimos devam sequer contribuir fiscalmente para a compensar o seu lucro, quando nem sequer a sombra da ética se viu nesta cimeira, permanecendo inalterada a condição de paraiso fiscal de off-shores como o da Madeira.

Por tudo isto, nem a covardia de evitar aceitar as consequências das nossas decisões, nem o preconceito, nem o egoismo, poderão afastar a necessidade de consciencialização, a mesma que nos permitirá decidir mudar de rumo, acreditando que, agarrando o futuro pelas nossas mãos, sim é possivel uma vida melhor, basta querer.


A revolução é hoje!

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