sábado, setembro 12, 2009

"Sendo de procura quase inelástica, a água é um negócio altamente apetecível e, porque ninguém pode viver sem água, uma responsabilidade social elementar de que o Estado não pode demitir-se".
Manuel António Pina, "Jornal de Notícias", 11-09-2009

Vem assim este "vampiro" anunciar a exploração de um bem, que é de todos, pelo capital. A entrega de um recurso natural, a venda da chuva que cai no nosso país, do lençois de água sobre os quais cresceu a nossa cultura, ao imperialismo.
Declara-se assim aberto o prazo de licitação para controlar mais uma parcela de soberania nacional, para quem quiser determinar a vida, a economia, a saúde e até a geografia no nosso Portugal.
A água é um bem de todos, todos devemos defendê-lo, e para aqueles que, submetidos à manipulação dos meios de informação dos grandes grupos económicos, se amedrontam com a propagandeada escassez deste elemento, sugiro o seguinte: Ponderem o motivo pelo qual, cada vez com maior frequência, este precioso liquido é elevado à condição de privilégio, considerando que não vivemos numa conjuntura similar àquela que experimentam as populações da India ou dos países da África Central, e que, a nossa reserva aquífera não apresenta problemas além da falta de patriotismo.
Não deve resultar difícil concluir que é o aumento do seu preço o motivo primeiro desta mentira. A preparação da venda a retalho de mais uma parte da riqueza natural do nosso povo, com o fim último de gerar o maior benefício possivel à corja que nesse momento nos governe.

A revolução é hoje, vota CDU!

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