sexta-feira, setembro 18, 2009

Uma aspirina?

Gripe, o anti-vírus da crise do capitalismo? É pouco provável!
Contudo, é possivel que o efeito que causa no ser humano encontre na revitalização da economia o seu impacto antagonico, ainda que na medida da sua sintomatologia nas populações.

Senão vejamos:

1- O H1N1 obrigou os estados a dispender recursos na compra de paliativos que, como sabemos, incrementaram o preço das acções de uma empresa que já nas mãos do seu anterior proprietário maioritário, o responsável do governo Bush pela guerra quimica, nuclear e bacteriológica, Rumsfeld, estava à beira da falência (ao contrário da actual situação).

2- Sabemos também, e este é um dado dificil de rebater, que, na actual conjuntura económica lógico seria que aumentasse o número de utilizadores dos tranportes públicos.

3- Por outra parte, não obstante o brutal crescimento do desemprego que sofreu o nosso país, dificilmente justificaria um decréscimo tão acentuado de usuários de transporte colectivo.

4- Finalmente, o acréscimo de tráfico rodado privado tornou-se também uma realidade, e, curiosamente, em tempos de crise.

Assim, poderiamos considerar despropositado inferir que esta “pseudo-pandemia” vem uma vez mais beneficiar o grande capital? Que a evolução positiva no consumo de carburantes se torna numa outra via de retirar o pão a quem a ele já com dificuldade acede? Que a necessidade estimular a venda de automóveis encontra desta forma um estupendo coadjuvante? Que o motivo pelo qual o PS já prometeu a proliferação de portagens depois das eleições não é de todo imprevisto? Que a anunciada retirada de comparticipações do estado nos medicamentos, depois da eleições, tem razões bem mais inóspitas que o mero cuidado pelo déficit? Não será, finalmente, o medo, o factor de condicionamento de massas que, utilizado com exito nos estados-unidos, vêm implementado os governos dos 33 últimos anos, PS/PSD/CDS, em ordem a garantir e em vão tentar perpetuar os benefícios grotescos dos grandes grupos?

A revolução é hoje!

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