Em primeiro lugar tenho tido pouco tempo para comentar tudo como deve de ser. Em segundo lugar Fausto, sempre uma maravilha, musica, letra e voz. Quer queiramos quer não Amália será sempre uma referencia, uma voz impar, apesar de cada vez mais surgirem novas vozes no Fado de elevada qualidade, este poema é simplesmente fantástico, pois claro, escrito por quem foi… Adriano, outro vazio, uma voz profunda e bela, uma pessoa fantástica para além disso, pena o ciclo de autodestruição. Uma amêndoa doce e amarga.
Uma vez mais as poucas palavras de Fausto são de uma beleza atroz.
Também gosto desta!
"Eu já nada sinto e afinal eu gosto de não sentir nada sozinho na calma das horas passadas tão só numa outra quietude num sossego tão so´ sossegado e esquecido eu me esqueça de mim aos bocados adormece-me um sono dormente que aos poucos se apaga um sonho qualquer mas não me acordes não mexas não me embales sequer eu quero estar mesmo como eu estou quietamente ausente assim a viagem que eu não vou nunca chega até ao fim é longe longe tão longe que de repente tu chegas tu brilhas e luzes na cor das laranjas tu coras e tinges a mancha da marca na alma da luz da sombra que finges e tu já não me largas saudade tu queres-me tanto e se eu lembro tu mexes comigo tu andas cá dentro à volta do meu coração no meu pensamento também e por mais que eu não queira tu queres-me bem e desdobras os mundos em cores e levas-me pela tua mão cativando o meu corpo a minha alma a razão só a tua presença é que me inquieta aquela outra ausência dói como um passado projecta aquele futuro que se foi p´ra longe longe tão longe que nunca se acaba esta inquietação se evitas momentos já quase finais e ficas comigo ainda e sempre um pouco mais tu nunca me deixas saudade tu nunca me deixas"
3 comentários:
CRN
Em primeiro lugar tenho tido pouco tempo para comentar tudo como deve de ser.
Em segundo lugar Fausto, sempre uma maravilha, musica, letra e voz.
Quer queiramos quer não Amália será sempre uma referencia, uma voz impar, apesar de cada vez mais surgirem novas vozes no Fado de elevada qualidade, este poema é simplesmente fantástico, pois claro, escrito por quem foi…
Adriano, outro vazio, uma voz profunda e bela, uma pessoa fantástica para além disso, pena o ciclo de autodestruição.
Uma amêndoa doce e amarga.
Uma vez mais as poucas palavras de Fausto são de uma beleza atroz.
Também gosto desta!
"Eu já nada sinto
e afinal
eu gosto de não sentir nada
sozinho na calma das horas passadas
tão só numa outra quietude
num sossego tão so´ sossegado
e esquecido
eu me esqueça de mim
aos bocados
adormece-me um sono dormente
que aos poucos se apaga
um sonho qualquer
mas não me acordes
não mexas
não me embales sequer
eu quero estar mesmo como eu estou
quietamente
ausente
assim
a viagem que eu não vou
nunca chega até ao fim
é longe
longe
tão longe
que de repente tu chegas
tu brilhas e luzes
na cor das laranjas
tu coras e tinges
a mancha da marca
na alma da luz
da sombra que finges
e tu já não me largas
saudade
tu queres-me tanto
e se eu lembro
tu mexes comigo
tu andas cá dentro
à volta do meu coração
no meu pensamento
também
e por mais que eu não queira
tu queres-me bem
e desdobras os mundos em cores
e levas-me pela tua mão
cativando o meu corpo
a minha alma
a razão
só a tua presença
é que me inquieta
aquela outra ausência
dói
como um passado projecta
aquele futuro que se foi
p´ra longe
longe
tão longe
que nunca se acaba
esta inquietação
se evitas momentos
já quase finais
e ficas comigo
ainda e sempre
um pouco mais
tu nunca me deixas
saudade
tu nunca me deixas"
Beijos
Bela homenagem ao Adriano !
Que a revolução seja sempre !!
Abraço!
Camarada e amigo,...soube que estavas doente,...rápida recuperação é o que eu desejo, FORÇA!
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