segunda-feira, setembro 14, 2009

Então?

Arrogância?
Despotismo?
Medo?
Desprezo?
Covardia?
Desistência?
Egoísmo?
Complexo de inferioridade?
Outros e muitos, podem ser os motivos pelos quais a população do nosso país não vota. Contudo, sabemos que todos os motivos que se propõem acima podem derivar num resultado comum, o mutismo, como resposta a determinado estímulo. Mutismo que criticamos, mutismo contra o qual “dizemos” lutar.
Sabemos assim mesmo, que, todos continuamos ajustando o nosso comportamento a frases batidas que mais não são que o plasmar de conclusões de uma análise que não nos lembramos relativizar, tipo: - Quem cala outorga; - De Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos; - Quem jamais amou, vê com maus olhos as coisas do amor; - mais vale mal conhecido que bem por conhecer. Frases que servem para manter convencionalismos redutores, que obstam para concluirmos essa equação que determina o caminho da felicidade, a liberdade. Frases impostas quanto impostoras da nossa verdadeira essência, que nos impedem acompanhar as transformações da matéria, resolver a contradição. Como seria se olhássemos cada um dentro de um mesmo universo, num permanente ensaio que se aproxima à sua explicação desde um raciocínio plural?
Que tal se fosse a humildade a base da nossa percepção do mundo, e como tal de nós próprios?
Que ocorreria se nos atrevêssemos a tentar compreender diferentes concepções do relacionamento humano?
Poderíamos afirmar que, em diferentes medidas, qualquer experiencia pode contribuir para a nossa evolução?
Não será o arrojo uma viagem emancipadora?
Será possível desistir de nós?
Não será mais produtivo, e gratificante, a união dos esforços, das vontades, que viver num castelo de nuvens que ninguém recordará; uma mansão sem acessos nem sequer para nos despedirmos?
Afinal, não somos todos ignorantes (depende em quê)?

A revolução é hoje!

5 comentários:

Ana Camarra disse...

CRN

Sabes, o António Salazar, conseguiu exactamente o queria produziu um povo tacanho, com muitas necessidades, principalmente no que diz respeito á cultura, ao conhecimento.
È horrivél ouvir no dia a dia, os comentários das pessoas, as opiniões bacocas, desanima, mas de vez em quando muda-se um discurso no meio disso tudo e dá força, dá vontade de continuar a lutar, apesar de tudo.

beijos

filipe disse...

A propósito de povos, lembrei-me de uma foto de ontem, mostrando muitos milhares de americanos protestando (?!...) - para proveito das seguradoras de saúde -contra o tímido projecto do Obama de ser o estado americano a assumir, só em parte(?!),a obrigação de assegurar assistência na saúde aos 50 milhões de norte-americanos que vivem sem nenhum tipo de assistência médica."E esta, heim?!"
Pelos vistos, lá por aqueles lados, propagandeados como "democráticos", "livres", evoluídos, a tacanhês, as posições bacocas, um egoismo feroz e desumano, pedem meças a qualquer outro povo!
Se fossemos nós, em Portugal, pelo menos já estavamos a mobilizar uma manifestação dez vezes maior que a daqueles privilegiados!
Enfim, não somos dos piores.
Um abraço.

filipe disse...

Ah! desculpa a insistência, mas ainda sobre povos e o meu comentário anterior, é necessário dizermos que, na preparação do projecto do Obama, os senadores dizem ter trabalhado para um acordo sobre provisões que evitem que imigrantes ilegais recebam benefícios...
Isto é, irem para lá trabalhar e serem "sugados", tudo bem; direito a assistência na saúde é que não.
Eis um exemplo acabado de um "sui generis" conceito de humanismo...
Abraço.

Mário Pinto disse...

Ana,

Somos uma força enorme!

A revolução é hoje!

Mário Pinto disse...

Filipe,

"Ilegais", como pode alguém ser "Ilegal"?

A revolução é hoje!