quarta-feira, dezembro 17, 2008

O Socialismo e a Religião

A sociedade contemporânea assenta toda na exploração das amplas massas da classe operária por uma minoria insignificante da população, pertencente às classes dos proprietários agrários e dos capitalistas. Esta sociedade é escravista, pois os operários “livres”, que trabalham toda a vida para o capital, só “têm direito” aos meios de subsistência que são necessários para manter os escravos que produzem o lucro, para assegurar e perpetuar a escravidão capitalista.
A exploração econômica dos operários causa e gera inevitavelmente todos os tipos de opressão política, de humilhação social, de embrutecimento e obscurecimento da vida espiritual e moral das massas. Os operários podem alcançar uma maior ou menor liberdade política para lutarem pela sua libertação econômica, mas nenhuma liberdade livrá-los-á da miséria, do desemprego e da opressão enquanto não for derrubado o poder do capital. A religião é uma das formas de opressão espiritual que pesa em toda a parte sobre as massas populares, esmagadas pelo seu perpétuo trabalho para outros, pela miséria e pelo isolamento. A impotência das classes exploradas na luta contra os exploradores gera tão inevitavelmente a fé numa vida melhor além-túmulo como a impotência dos selvagens na luta contra a natureza gera a fé em deuses, diabos, milagres etc. Àquele que toda a vida trabalha e passa miséria a religião ensina a humildade e a paciência na vida terrena, consolando-o com a esperança da recompensa celeste. E àqueles que vivem do trabalho alheio a religião ensina a beneficência na vida terrena, propondo-lhes uma justificação muito barata para toda a sua existência de exploradores e vendendo-lhes a preço módico bilhetes para a felicidade celestial. A religião é o ópio do povo. A religião é uma espécie de má aguardente espiritual na qual os escravos do capital afogam a sua imagem humana, as suas reivindicações de uma vida minimamente digna do homem.
Mas o escravo que tem consciência da sua escravidão e ergueu-se para a luta pela sua libertação já semideixou de ser escravo. O operário consciente moderno, formado pela grande indústria fabril, educado pela vida urbana, afasta de si com desprezo os preconceitos religiosos, deixa o céu à disposição dos padres e dos beatos burgueses, conquistando para si uma vida melhor aqui, na terra. O proletariado moderno coloca-se ao lado do socialismo, que integra a ciência na luta contra o nevoeiro religioso e liberta os operários da fé na vida de além-túmulo por meio da sua união para uma verdadeira luta por uma melhor vida terrena.
A religião deve ser declarada um assunto privado — com estas palavras exprime-se habitualmente a atitude dos socialistas em relação à religião. Mas é preciso definir com precisão o significado destas palavras para que elas não possam causar nenhum mal-entendido. Exigimos que a religião seja um assunto privado em relação ao Estado, mas não podemos de modo nenhum considerar a religião um assunto privado em relação ao nosso próprio partido. O Estado não deve ter nada a ver com a religião, as sociedades religiosas não devem estar ligadas ao poder de Estado. Cada um deve ser absolutamente livre de professar qualquer religião que queira ou de não aceitar nenhuma religião, isto é, de ser ateu, coisa que todo o socialista geralmente é. São absolutamente inadmissíveis quaisquer diferenças entre os cidadãos quanto aos seus direitos de acordo com as crenças religiosas. Deve mesmo ser abolida qualquer referência a uma ou outra religião dos cidadãos em documentos oficiais. Não deve haver quaisquer donativos a uma igreja de Estado, quaisquer donativos de somas do Estado a sociedades eclesiásticas e religiosas, que devem tornar-se associações absolutamente livres e independentes do poder de cidadãos que pensam da mesma maneira. Só a satisfação até o fim destas reivindicações pode acabar com o passado vergonhoso e maldito em que a igreja se encontrava numa dependência servil em relação ao Estado e em que os cidadãos russos se encontravam numa dependência servil em relação à igreja de Estado, em que existiam e eram aplicadas leis medievais e inquisitoriais (que ainda hoje permanecem nos nossos códigos e regulamentos penais) que perseguiam pessoas pela sua crença ou descrença, que violentavam a consciência do homem, que ligavam lugarzinhos oficiais e rendimentos oficiais à distribuição de uma ou de outra droga pela igreja de Estado. Completa separação da igreja e do Estado — tal é a reivindicação que o proletariado socialista apresenta ao Estado actual e à igreja actual.
A revolução russa deve realizar esta reivindicação como parte integrante necessária da liberdade política. Neste aspecto a revolução russa está colocada numa posição particularmente vantajosa, porque a abominável burocracia da autocracia policial-feudal causou o descontentamento, a agitação e a indignação mesmo entre o clero. Por mais embrutecido, por mais ignorante que fosse o clero ortodoxo russo, até ele foi agora acordado pelo estrondo da queda da velha ordem medieval na Rússia. Até ele adere à reivindicação de liberdade, protesta contra a burocracia e o arbítrio dos funcionários, contra a fiscalização policial imposta aos “servidores de Deus”. Nós, socialistas, devemos apoiar este movimento, levando até o fim as reivindicações dos membros honestos e sinceros do clero, agarrando-lhes na palavra sobre a liberdade, exigindo deles que rompam decididamente todos os laços entre a religião e a política. Ou sois sinceros, e então deveis ser favoráveis à completa separação da igreja e do Estado e da escola e da igreja, a que a religião seja completa e incondicionalmente declarada um assunto privado. Ou não aceitais estas reivindicações conseqüentes de liberdade, e então quer dizer que sois ainda prisioneiros das tradições da Inquisição, então quer dizer que ainda vos agarrais aos lugarzinhos oficiais e aos rendimentos oficiais, então quer dizer que não acreditais na força espiritual da vossa arma, continuais a receber subornos do poder de Estado, então os operários conscientes de toda a Rússia declarar-vos-ão uma guerra implacável.
Em relação ao partido do proletariado socialista a religião não é um assunto privado. O nosso partido é uma associação de combatentes conscientes e de vanguarda pela libertação da classe operária. Essa associação não pode e não deve ter uma atitude indiferente em relação à inconsciência, à ignorância ou ao obscurantismo sob a forma de crenças religiosas. Reivindicamos a completa separação da igreja e do Estado para lutar contra o nevoeiro religioso com armas puramente ideológicas e só ideológicas, com a nossa imprensa, com a nossa palavra. Mas nós fundamos a nossa associação, o POSDR, entre outras coisas precisamente para essa luta contra qualquer entontecimento religioso dos operários. E para nós a luta ideológica não é um assunto privado mas um assunto de todo o partido, de todo o proletariado.
Se assim é, por que é que não declaramos no nosso programa que somos ateus? por que é que não proibimos os cristãos e os que acreditam em Deus de entrar para o nosso partido?
A resposta a esta questão deve esclarecer a importantíssima diferença na maneira burguesa-democrática e social-democrata de colocar a questão da religião.
O nosso programa assenta todo numa concepção do mundo científica, a saber, a concepção do mundo materialista. A explicação do nosso programa inclui por isso necessariamente também a explicação das verdadeiras raízes históricas e econômicas do nevoeiro religioso. A nossa propaganda inclui também necessariamente a propaganda do ateísmo; a edição da correspondente literatura científica, que o poder de Estado autocrático-feudal rigorosamente proibia e perseguia até agora, deve agora constituir um dos ramos do nosso trabalho partidário. Teremos agora, provavelmente, de seguir o conselho que Engels uma vez deu aos socialistas alemães: traduzir e difundir maciçamente a literatura iluminista e ateísta francesa do século XVIII. (1*)
Mas ao fazê-lo não devemos em caso nenhum cair num modo abstrato e idealista de colocar a questão religiosa “a partir da razão”, fora da luta de classes, como não poucas vezes é feito pelos democratas radicais pertencentes à burguesia. Seria um absurdo pensar que, numa sociedade baseada na opressão e embrutecimento infindáveis das massas operárias, pode-se, puramente por meio da propaganda, dissipar os preconceitos religiosos. Seria estreiteza burguesa esquecer que o jugo da religião sobre a humanidade é apenas produto e reflexo do jugo econômico que existe dentro da sociedade. Não é com nenhum livro e nem com nenhuma propaganda que pode-se esclarecer o proletariado se não o esclarecer a sua própria luta contra as forças negras do capitalismo. A unidade desta luta realmente revolucionária da classe oprimida pela criação do paraíso na terra é mais importante para nós do que a unidade de opiniões dos proletários sobre o paraíso do céu.
É por isso que não declaramos nem devemos declarar o nosso ateísmo no nosso programa; é por isso que não proibimos nem devemos proibir aos proletários que conservaram estes ou aqueles vestígios dos velhos preconceitos que aproximem-se do nosso partido. Sempre defenderemos a concepção do mundo científica, é-nos necessário lutar contra a inconseqüência de quaisquer “cristãos”, mas isto não significa de modo nenhum que deva-se avançar a questão religiosa para primeiro lugar, que de maneira nenhuma lhe pertence, que se deva admitir a dispersão das forças da luta realmente revolucionária, econômica e política, por causa de opiniões ou delírios de terceira ordem que perdem rapidamente todo o significado político e são rapidamente deitados para a arrecadação dos trastes velhos pelo próprio curso do desenvolvimento econômico.
A burguesia reacionária preocupou-se em toda parte e começa agora também a preocupar-se no nosso país em atiçar a hostilidade religiosa, para desviar para esse lado a atenção das massas das questões econômicas e políticas realmente importantes e fundamentais, que o proletariado de toda a Rússia, que se une na sua luta revolucionária, está agora a resolver na prática. Esta política reacionária de dispersão das forças proletárias, que hoje se exprime principalmente nos pogroms das centúrias negras, talvez pense amanhã em quaisquer formas mais sutis. Nós, em qualquer caso, opor-nos-emos a ela com uma propaganda, tranqüila, conseqüente e paciente, isenta de todo o avivamento de divergências de segunda ordem, da solidariedade proletária e da concepção do mundo científica.
O proletariado revolucionário conseguirá que a religião se torne realmente um assunto privado para o Estado. E neste regime político, depurado do bolor medieval, o proletariado travará uma luta ampla e aberta pela eliminação da escravidão econômica, verdadeira fonte do entontecimento religioso da humanidade.

11 comentários:

Ana Camarra disse...

CRN

Olha que tema que foste buscar!
Eu, com não religiosa, acho que sim que cada qual deve de acreditar no que quiser, em consciência e com o máximo de informação recolhida.
Assustam-me os dogmas, as fés cegas e ignorantes, mas foi isso que as grandes correntes religiosas sempre quiseram manter, uma massa popular com temor ao divino, a inevitabilidade de existirem exploradores e explorados., um ser omnipotente que tudo sabe, inquestionável, uma possível recompensa depois da morte para todas as agruras terrestres.
A única coisa que comparo com a religião é o analfabetismo, basicamente a mesma coisa.
A Igreja foi travão de muito, basta olhar para a idade Média, o recuo em termos científicos e Humanistas, basta olhar para a Santa Inquisição, basta olhar para o Vaticano, cheio de riquezas que facilmente podiam ser colocadas ao serviço da humanidade.
Acredito que existem e existiram muito religiosos bons, de facto convencidos que a sua fé seria uma forma de minorar as injustiças, até acredito que Jesus existiu e foi um homem bom. Nada mais que isso, um homem bom.
Há muito tempo que não junto aqui um poema, Sérgio Godinho

“Os Conquistadores

Lá vais tu, caravela lá vais
e a mão que ainda me acena do cais
dará a esta outra mão a coragem
de em frente, em frente seguir viagem

Será que existe mesmo o levante?
ando às ordens do nosso infante
e cá vou fazendo os possíveis

Ó ei, deita a mão a este remo
além, são só paragens do demo
quem sabe, é só um abismo suspenso
só vendo, mas o nevoiro é denso

Será que existe mesmo o levante
ando às ordens do nosso infante
e cá vou fazendo os possíveis

Mas parai, trago notícias horríveis
parai com tudo
já avisto os nossos conquistadores

Vêm num bote de madeira talhado em caravela
com um soldado de madeira a fingir de sentinela
com uma espada de madeira proferindo sentenças
enterrada que ela foi no coração doutras crenças
enterrada que ela foi, sua sombra era uma cruz
exigindo aos que morriam que gritassem: Jesus!
com um caixilho de madeira imortalizando o saque
colorindo na vitória as armas brancas do ataque
até que povos massacrados foram dizendo: Basta
até que a mesa do Comércio ainda posta e já gasta
acabou como jangada para evacuar fugitivos
da fogueira incendiada pelos outrora cativos
e debandou à nossa costa a transbordar de remorsos
mas a rejeitar a culpa e ainda a pedir reforços”

Beijos

Anónimo disse...

A religião através dos tempos tem sido um travão ao progresso... Na Europa sentiu-se bem a sua dura mão.
Digamos não, mais não.
Um Abraço

Zorze disse...

CRN,

Quando surge o ser pensante à face da Terra fruto de uma evolução longa à nossa dimensão de tempo, criam os primeiros deuses. Com a informação de que dispunham e não conseguindo explicar os fenómenos que assistiam, criavam deuses para cada evento; terramotos, trovões, chuva, vento, gestação de outros seres no útero feminino e por aí adiante.
Como politicamente foram organizando as suas comunidades, surgiram líderes; quando caçar, que tácticas a usar na caça, quem deveria ser mensageiro, etc...
Estas relações foram-se complexizando acompanhando a evolução do Homem.
A nível espiritual até ao séc. XVII foi o caos. Por volta dessa altura começaram-se a fazer cursos e programas educativos na dimensão extrafísica. As várias dimensões estão inter-ligadas.
A nível político, com os fluxos migratórios do campo para as novas cidades, onde nasciam as grandes indústrias beneficiadas do desenvolvimento tecnológico galopante, as máquinas de produção que necessitavam de muita energia e matéria prima para carburar como inevitávelmente de muita mão-de-obra. Indústrias essas que produziam produtos para satisfazer necessidades e que por outro lado criavam novas necessidades. Onde muitos trabalhavam sob condições desumanas poucos lucravam. Daí até à revolta foi um instante. Com níveis de educação muito baixos os ex-camponeses faziam revoltas desorganizadas, além de que, não tinham um discurso argumentativo organizado para contrapor.
Aí surge Marx, um burguês, que conceptualiza em teoria os novos fenómenos sociais e económicos que despontavam. Clarifica, o capital, a força de trabalho, as suas relações. Surgem os sindicatos, com formas de luta para objectivar melhores salários e condições de trabalho.
Nos dias de hoje, assistimos ao definhamento do sistema vigente, o capitalismo, com o seu próprio veneno, a criação de dinheiro fictício através do crédito e os tremendos escândalos que vão surgindo.
Por outro lado, com a evolução científica vai se desmonorando religião a religião. E avançando para uma evolutilidade espiritual onde a Física Quântica começa a entrar de levezinho. Existem várias dimensões de manifestação energética é um facto.
Por isso, as ideias, sejam de que área do pensamento for terão sempre que evoluir, o passado serve de aprendizagem para avançarmos para o futuro. Avançar com espírito livre e mente aberta, sem medo do desconhecido.
A evolução é sempre.

Abraço,
Zorze

LuisPVLopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LuisPVLopes disse...

Para mim, o controlo do homem sobre o outro homem, é uma realidade intrínseca à parte animal que existe em todos nós.
A necessidade de demarcação territorial, é um acto reflexo animal, cuja utilidade é única e exclusivamente evidenciar o domínio físico do mais forte sobre o mais fraco, ou sobre o que tendo uma personalidade mais forte se sobrepõe ao que tem uma personalidade mais fraca.
No caso humano, a razão, como resultado de uma extraordinária capacidade que nos sobrepôs aos demais animais, chamada raciocínio. Iniciou-se bem cedo na separação dos actos comuns aos demais animais, para os procurarmos subjugar às nossas vontades e desejos, de transformar os nossos inferiores, em nossos serviçais, como a domesticação de várias espécies o comprova. Outros animais, ao serviço de um animal que, detém a maior e, mais poderosa arma, que a natureza poderia ter atribuído a um ser vivo!... A CAPACIDADE E RACIOCINAR!

Daí, à procura de subjugação dos seus iguais, foi um ápice!... Com os tempos, muitas foram as transformações sofridas, mas uma sempre se manteve, entre os que servem e os que são servidos, no fundo uma demarcação territorial, diferente em razões, mas igual em comportamento.
Mas, a história ensinou-nos que os dominadores são sempre inferiores aos dominados, ter exércitos, não bastava para realmente se protegerem, era necessário mais qualquer coisa.
Criaram o poder legislativo, ou seja criaram leis que defendessem a propriedade privada, com um outro poder, o judicial, aquele que punha essas leis em aplicação e as fazia cumprir sobre ameaça de acção/reacção, ou seja, de castigo ou punição, pelo incumprimento das leis ditadas pelos senhores, que assim se salvaguardavam das massas que exploravam, por detrás dessas leis e seus juízes, coadjuvados pelo seu exército, convertido este, assim como a criação de outras forças, posteriormente designadas como forças de manutenção da ordem, ou seja, zeladoras do cumprimento das leis promulgadas pelo senhores, num poder executivo, aqueles que julgam, determinam e executam o castigo, a quem não cumpre as leis dos senhores.
Mas isto bastava-lhes?
Uma vez mais, a história veio demonstrar que não!
Então era necessário, que as massas temessem algo acima, algo que as massas não pudessem eliminar, quando em fúria revoltosa. Algo que os condenasse a uma situação atroz, não somente pela dor, ou mesmo morte, como resultado do poder executivo dos senhores, mas algo que os fizesse sofrer o incumprindo das leis, para além da morte, num sofrimento eterno, onde a morte deixaria de ser libertadora dos sofrimentos do corpo, mas uma continuação desse mesmo sofrimento, ao nível da alma, consumida por um fogo eterno, de forma atroz e sem fim.

NASCE A RELIGIÃO

Assim surgem, os dez mandamentos, que mais não são que a salvaguarda da propriedade privada e, da vida do proprietário da mesma.
Agora as massas, não só temeriam as leis terrenas dos senhores poderosos, como também a ira de Deus, enquanto senhor todo poderoso, detentor de todo o universo, ou seja, a propriedade privada suprema, que até tem um porteiro de nome Pedro, com chaves e portões celestiais, garantindo "ad eternum" a propriedade privada, contra as massas, condenadas à servidão e à subjugação para todo o sempre.

A REVOLUÇÃO É AQUI E AGORA, MAS SE DE FACTO, DEPOIS DE MORTO, EXISTIR COMO ALMA, ESPÍRITO, OU O QUE LHE QUISEREM CHAMAR, CONTINUAREI COMUNISTA E LEVAREI A REVOLUÇÃO AO CÉU, O PEDRO OU ALINHA, OU TOMBA, OS PORTÕES SERÃO DESTRUÍDOS E O CÉU NACIONALIZADO COMO PROPRIEDADE DO POVO.

Ouss

Zorze disse...

Sensei,

"MAS SE DE FACTO, DEPOIS DE MORTO, EXISTIR COMO ALMA, ESPÍRITO, OU O QUE LHE QUISEREM CHAMAR, CONTINUAREI COMUNISTA E LEVAREI A REVOLUÇÃO AO CÉU".

O se de facto nessa altura não é o mais importante. Importante é o de facto. A forma de manifestação, seja, alminha, espírito ou que quiserem chamar também não importa. O facto é a presença, que todos presenciaremos. A política não é muito relevante nessa altura, acredita. Já amparei alguns, estão tipo meio baralhados. Cheguei a ir a cemitérios para ver as campas, só para comprovar (pelas fotos). Incrível, não é?
Não existe céu, nem fadas madrinhas. Existem infinitas comunidades, muitas vezes é a própria família (já falecida) que aguarda e ampara o novo membro.
A política é um entretenimento físico, por muito que custe, e por muito que os meus amigos acreditem nessa via sacra materialista.
O além não é um consolo, não é uma fuga, é uma realidade que interage connosco TODOS OS DIAS, A TODA A HORA.

Abraço,
Zorze

Anónimo disse...

Ana,
a actualidade é a para Lenin o que a inquisição para a liberdade do povo, continuando este a constituir uma referencia na vanguarda do pensamento.
A luta continua.

Anónimo disse...

Ludo,
é necessário.

A revolução é hoje!

Anónimo disse...

Zorze,
a evolução é um aspecto complicado.

A revolução é hoje!

Anónimo disse...

Sensei,
o "céu" já está nacionalizado.

A revolução é hoje!

Anónimo disse...

Zorze,
os 3 últimos parágrafos são curiosos.
A realidade é fundamental.

A revolução é hoje!