Em Portugal não só se atravessa uma situação particularmente grave como poderá ter desenvolvimentos ainda mais agravantes, se o povo português não puser fim à política da direita desenvolvida pelo governo do PS e PSD em conjunto preparam contra o povo, contra o país, contra a democracia, contra os interesses nacionais.
Já ninguém contesta que o voto no PS traduziu a esperança numa mudança. O PS enganou o eleitorado, e o eleitorado que tinha tal esperança enganou-se de votar no PS.
Têm razão aqueles que dizem que a política de direita com o Governo PS é ainda mais perigosa do que a do Governo PSD com Cavaco. Primeiro pelo fato do PS se afirmar um partido de esquerda. Depois pelo “novo estilo”do Primeiro Ministro que sorridente e mediático convida ao diálogo. . . Embora tapando previamente os ouvidos.
PS e PSD oferecem o carnavalesco espetáculo de exaltadas batalhas verbais, de desacordos, de ultimatos de fim de semana como o dedo no gatilho de pistolas de alarme. Com o estrondo imediático da farsa, procuram esconder a real identidade das suas políticas e os entendimentos já estabelecidos ou em vias de se estabelecerem.
Um e outro estão a serviço dos grandes grupos econômicos. Um e outro defendem a liquidação de direitos vitais dos trabalhadores. Um e ouro fomentam a acumulação de riqueza para uns e o alastramento de desemprego e da miséria.
Um e outro são responsáveis pela destruição da nossa agricultura, da nossa indústria, das nossas pescas.
Um e outro defendem a irresponsável corrida para a Moeda Única que, longe de evitar a marginalização de Portugal agravará ainda mais a posição de Portugal como país periférico, marginalizado, submetido e submisso às imposições da União Européia e dos Estados Unidos.
É, porque são cúmplices na política, são também cúmplices na proteção recíproca dos abusos, das ilegalidades, da corrupção nas mais altas esferas do poder, procurando paralisar e desautorizar o Ministério Público, os Tribunais, e a sua independência.
E um novo perigo aí está. A “reforma do regime político”com o qual o PS e PSD visam institucionalizar, através da revisão da Constituição e de leis eleitorais antidemocrática, a partilha do poder entre os dois partidos num sistema de alternância, ora um, ora outro, disputando o poder mas, qualquer deles, a serviço do grande capital.
Esta política não serve nem ao povo nem ao país. Prosseguindo conduzirá a um verdadeiro desastre nacional. É imperioso lutar para pôr-lhe fim e assegurar um Novo Rumo para Portugal.
Os trabalhadores, o povo, a democracia e Portugal precisam de um governo democrático com uma política democrática, precisam de um governo patriótico que, ao contrário do atual, que se põe de joelhos ou de cócoras na União Européia e nas relações com os Estados Unidos, esteja de pé na cena internacional defendendo com brio, dignidade e coragem os interesses portugueses.
Mentem os que propagandeiam que não existe qualquer política capaz de resolver os problemas do povo e do país.
Por mais que PS e PSD queiram impedir que o povo a conheça, tal política existe. O nosso XV Congresso aqui está para confirmá-la. E a política que o PCP propõe ao povo português e da qual os documentos do Congresso indicam as linhas fundamentais.
A vida tem demonstrado e setores cada vez mais amplos da população reconhecem que mesmo na oposição o PCP é um partido insubstituível, necessário, indispensável ao povo, à democracia, a Portugal. E a vida tem mostrado mais. Tem mostrado ano após ano que, sem o PCP, e muito menos contra o PCP não é possível pôr fim à política de direita e alcançar uma viragem democrática na política nacional.
E cabe acrescentar ainda algumas palavras sobre essa matéria.
Tal como nas autarquias, os comunistas têm demonstrado sua superior capacidade de dirigir o poder local democrático, tal como na Assembléia da República e no Parlamento Europeu, os comunistas têm mostrado a sua superior competência para apresentar soluções para problemas. Também no que respeita ao governo, no dia em que o povo o quiser, repito, no dia em que o povo quiser, e esse dia chegará, os comunistas estarão preparados e inteiramente capazes de assumir as mais altas responsabilidades.
Just the job for green transition
Há 1 dia
2 comentários:
Não há outro caminho! a luta continua!
Abraço
Jorge,
Até à vitória final.
Abraço!
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