quinta-feira, junho 09, 2005

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Henrique Neto, um bem sucedido empresário (Ibermoldes) próximo da ala-esquerda do PS de que foi ex-deputado, apela em carta (de 19 de Maio) ao Parlamento, à fiscalização dos Contratos e negócios com o Estado em geral e no âmbito da Defesa Nacional em particular.
Um caso cuja opacidade é suspeita é o processo de negociação dos contratos de Contrapartidas para a compra de material para as Forças Armadas (submarinos e helicópteros) sem que até à data alguma dessas contrapartidas negociadas por PAULO PORTAS tenha sido executada pelas empresas fornecedoras (Augusta Westland,EHI,FerrostalAG e GSC).
O actual ministro da pasta Luis Amado já classificou o processo como “um EMBUSTE, que é inaceitável”
Onde terão ido parar os proventos das negociatas cujo volume em contrapartidas para o Estado deveria ser de 2,3 mil milhões de euros? (o equivalente a 24% do défice!)
O actual porta-voz do Ministério da Defesa frizou: “Não se trata certamente de um acaso, mas de um sofisticado processo de simulação” realizado pela ESCOM, a empresa consultora escolhida por PAULO PORTAS (do grupo Espirito Santo a empresa do BES já envolvida no escândalo "SobreiroGate") com cuja colaboração activa e pouco clara os fornecedores se podem excusar ao cumprimento do contratado. Luis Horta e Costa, constituido arguido por suspeita de “tráfico de influências” no caso atrás mencionado, administrador da Escom, nomeou o irmão Miguel Horta e Costa como consultor da Escom para a área das contrapartidas nos negócios com Paulo Portas, que declarou que “não tem havido condições para negociar com os consórcios internacionais envolvidos porque cabe ao Estado defenir quais os sectores da economia onde as contrapartidas deverão ser aplicadas através de uma CPC a criar”. Essa CPC existe e foi presidida durante os governos do Cherne-ignóbil por Brandão Rodrigues, um dirigente do CDS-PP nomeado por Paulo Portas. Fechou-se o círculo!
Na carta de Henrique Neto afirma-se ainda que a “omissão da comissão está ao serviço de previsiveis interesses que não sei quantificar, no sentido de criar um capital de queixa das empresas fornecedoras sobre as Autoridades nacionais” isto para “impedir o Estado português de accionar os mecanismos legais conducentes a qualquer pedido de indemnização”
* Outro dos principais visados na carta é o ex-Ministro da economia e finanças de Guterres PINA MOURA que tambem tutelou o sector energético, e nessa qualidade vendeu a Petrogal à ENI, vendeu parte do capital da EDP e da Galp à Iberdrola,,, sendo posterior e simultâneamente Deputado, Administrador da GALP e presidente da empresa de energia IBERDROLA Portugal, empresas onde tinha mediado esses negócios e participado nos processos de PRIVATIZAÇÃO enquanto Governante, vindo depois a tornar-se Dirigente de todas elas!
* porra! Não há sintaxe que resista a explicar tudo isto,,, alô, alô doutor Jaime Gama?,você é pago para nos “representar”!,,, está alguém em casa?

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