terça-feira, junho 30, 2009

Um Comunista VI

No terminus desta mini-serie, antes porém de concluir, não quero deixar passar a tentativa de - como já é hábito neste esbirro da CIA e do império Rokefeller - manipulação.
Nesse sentido passo a explicar-me:

Como todos sabemos, da mesma forma que outros que não encontraram escadas para a sua ambição, Soares, filho do proprietário de um centro de formação académica do regime, o "Colégio Moderno" (no qual leccionou Alvaro Cunhal durante um curto período, tendo sido assim mesmo professor de Soares, como de muitos outros que esclareceu ao ponto de se tornarem homens livres), também pertenceu ao Partido Comunista Português, tendo sido arredado 1947, devido à sua tendência de informador, sobre a qual nos debruçaremos mais adiante.
Depois de terminar o seu curso de direito, numa inusitada filtração sobre um escandalo sexual de membros do estado novo (podemos imaginar quem passou a informação ao dito), no qual apareciam nomes como o do, então, ministro da economia, José Gonçalo Correia de Oliveira, Soares, em "conversa" com o jornalista do "Sunday Telegraph" Richard O'brian, alvitrou o nome de "Ballet Rose", pelo qual foi detido durante 3 meses, tudo isto sabendo do aviso de Kennedy, através de Nehru, em 1961.
Poucos meses depois, já em 68, este indivíduo sentou residência em São Tomé e Príncipe, interim no qual veio a conhecer a jornalista norte-americana; agente da CIA, Marvine Howe, a qual reportava para os estados unidos a seu favor.
Sendo curiosamente amnistiado depois da assumpção do poder por Marcelo Caetano, Soares, que começava a ocupar o posto que se preparava para ser mais tarde o de Sá Carneiro, em 69 não consegue ser eleito para a assembleia nacional, como membro do CEUD, ao não obter votos suficientes mesmo com o apoio de Marcelo influenciado por um homem forte da ditadura, Melo e Castro, e, por servir de elo de ligação com a maçonaria francesa, através de Ramón La Feria. Encostando-se desta vez, e definitivamente, à CIA e a Willy Brandt.
Não entrando a adjetivá-lo de "Titista", nem sequer a aprofundar sobre a "boa vontade" de Lyon de Castro - também interveniente nestes capítulos - em publicar os livros de Vital Moreira e Zita Seabra (estranhamente esses 2 elementos), quero, contudo, desmentir o verme, quando este afirma que Bento Caraça não foi Comunista.
Desde os anos 30, Bento de Jesus Caraça é, escrevi bem, é Comunista. Porém, ainda que desta afirmação existam testemunhos vivos, quero abundar neste concreto:
Bento Caraça, em 1931/32, no sindicato dos arsenalistas da Marinha, como professor num curso livre e por intermédio de Bento Gonçalves (secretário geral do PCP e operário arsenalista), aderiu como militante ao Partido Comunista Português.
Poderia entrar a denunciar outras mentiras de Soares, acordos com o MPLA, com relação a Holden Roberto (2º aviso), etc. Não obstante, penso que o tempo será o melhor elemento no erosionar de toda esta mentira que tem como actor principal Mário Soares.




A revolução é hoje!

2 comentários:

Jorge disse...

Soares, sempre rodeado de gente "boa" foi massa de manobra para os estratagemas do fascismo com o qual colaborou, e o seu incomensurável egocentrismo e vaidade levavam-no até a denunciar a própria mãe se tal fosse necessário. Um facínora !

CRN disse...

Jorge,

Prisão para ele e para a corja que por aí anda desde 75.

A revolução é hoje!