Do Prolekult ou da Vapp, entre outros escritores proletários puros, daquelas que não misturavam a métrica; o léxico ou a estética burguesa na sua literatura; ao contrário do que defendia Trotsky, escrevia também Demian. Por questões seguramente comerciais, não encontro deste nem um verso em formato electrónico, nem a frase de um cartaz, nem 1 poema.
Nessa época, ainda que vindas de outra base; por quem, por exemplo, considerava Shostakovich optimista, escreviam-se coisas assim:
"Na primeira noite, eles aproximam-se e colhem uma flor de nosso jardim.
Não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam-nos o cão.
Não dizemos nada.
Até que um dia, de entre eles o mais frágil, entra-nos sozinho em casa, rouba-nos a lua e, conhecendo-nos o medo, arranca-nos a voz da garganta.
Porque nada dissemos, já nada podemos dizer."
Maiakovski
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2 comentários:
Àqueles que se fartam do medo resta a loucura!
Já faltou mais para que parte do nós, povo, perdamos o medo. Dia 27 poderemos constatar essa realidade.
A revolução é hoje!
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