Sobre a questão dos chip que o governo pretende obrigar os Portugueses a instalar nos seus automóveis.
Depois das diversas considerações publicitadas pelos distintos partidos, é sem dúvida a do PCP aquela que mais se aproxima à realidade. Contudo, atribuir o motivo da promulgação de mais esta medida de repressão governativa ao objectivo único de cobrar portagens com mais facilidade resulta algo superficial, lembrando quase um bitoque sem ovo.
Além da efectiva possibilidade de tornar mais efectiva e menos dispendiosa, a cobrança dessa dupla tributação que deriva da passagem pelas diversas portagens que cada dia mais proliferam pela nossa paisagem, como que substituindo as oliveiras que a “querida” Europa nos obrigou a arrancar impondo assim mais uma medida no sentido da destruição da nossa agricultura, a incorporação de um artefacto desse tipo naquilo que muitos consideram uma prolongação da sua casa pode interpretar-se de muitas outras formas, sem que que por tal tropecemos em qualquer espécie de teoria conspirativa.
Como questões alarmantes, àparte da mesma lei, poderiamos encontrar mais uma violação da constituição de Abril, enquanto o Povo se estima inocente até prova contrária. Ampliando a perspectiva sobre as múltiples possibilidades de control que um chip pode proporcionar, poderiamos imaginar como seria um país com leitores electrónicos em cada esquina – quando não por satélite -, permitindo perseguir os movimentos de todos aqueles cidadãos que por qualquer motivo se mostrassem contrários à ideologia imperante, daqueles que se negam a negar a sua existencia ou que preterem situar-se dentro do redil imposto pelo imperialismo cada vez mais opressor, e, sem descurar que com essa possibilidade de control, também a efectivação da aplicação de acções repressivas estaria demagógicamente legitimada. Basta supôr que, depois de identificados como subversivos, o seguimento dos Portugueses e a sua interpelação para, através das mais diversas razões, exercer uma coacção legal que poderia até acabar na privação efectiva da liberdade, seria extremamente simples, bastando implementar um sistema de informação similar ao norte-americano.
Por outra parte, temos aspecto económico, o investimento público brutal que mais não serve, e isto segundo a versão oficial do governo, que para permitir aos consórcios que exploram as nossas estradas aumentar a capacidade de espólio dos trabalhadores, mostra como o PS, mais uma vez, assume uma política de “maria vai com as outras”, apostando pelo anti-ambientalista uso do transporte privado em lugar de aplicar estes recursos ao melhoramento da rede de transportes públicos e melhorando a qualidade de vida no nosso país. Em suma, aproveitando mais uma vez os nossos impostos para beneficiar o privado, mesmo em detrimento da população, como “business-as-usual” do nacional corporativismo.
Poderiamos, ainda assim, contrapôr a esta crítica a “magnifica” construção do “RAVE”, que, não sendo “party”, resulta divertida se observarmos com algum cuidado a globalidade do projecto, aceite parcialmente como necessário, dificilmente se justifica em determinados trajectos internos e menos quando o modelo pendular permite poupar vários milhões de euros tão necessários ao desenvolvimento real do nosso caduco, mermado e agonizante tecido productivo, à manutenção da rede sanitária ou à solvência do sistema de cobertura social.
A juntar à vergonhosa aplicação da receita fiscal em prol do privado que efectivamente conduz a política no nosso Portugal, o actual governo, mesmo fomentando o despedimento colectivo assim como destruindo qualquer direito conquistado depois de 48 anos de escravatura, obriga-nos agora a pagar também, dos míseros salários/esmola que trocamos pela vida, o negócio imposto pelos seus patrões.
Contra esta ignominia, é vital potenciar o esclarecimento através da células de trabalhadores nas empresas, incrementar a acção sindical, reafirmando que é possivel mudar, e que hoje, como desde há quase 90 anos, existe a força capaz de o fazer, a nossa força, o Partido Comunista Português.
Depois das diversas considerações publicitadas pelos distintos partidos, é sem dúvida a do PCP aquela que mais se aproxima à realidade. Contudo, atribuir o motivo da promulgação de mais esta medida de repressão governativa ao objectivo único de cobrar portagens com mais facilidade resulta algo superficial, lembrando quase um bitoque sem ovo.
Além da efectiva possibilidade de tornar mais efectiva e menos dispendiosa, a cobrança dessa dupla tributação que deriva da passagem pelas diversas portagens que cada dia mais proliferam pela nossa paisagem, como que substituindo as oliveiras que a “querida” Europa nos obrigou a arrancar impondo assim mais uma medida no sentido da destruição da nossa agricultura, a incorporação de um artefacto desse tipo naquilo que muitos consideram uma prolongação da sua casa pode interpretar-se de muitas outras formas, sem que que por tal tropecemos em qualquer espécie de teoria conspirativa.
Como questões alarmantes, àparte da mesma lei, poderiamos encontrar mais uma violação da constituição de Abril, enquanto o Povo se estima inocente até prova contrária. Ampliando a perspectiva sobre as múltiples possibilidades de control que um chip pode proporcionar, poderiamos imaginar como seria um país com leitores electrónicos em cada esquina – quando não por satélite -, permitindo perseguir os movimentos de todos aqueles cidadãos que por qualquer motivo se mostrassem contrários à ideologia imperante, daqueles que se negam a negar a sua existencia ou que preterem situar-se dentro do redil imposto pelo imperialismo cada vez mais opressor, e, sem descurar que com essa possibilidade de control, também a efectivação da aplicação de acções repressivas estaria demagógicamente legitimada. Basta supôr que, depois de identificados como subversivos, o seguimento dos Portugueses e a sua interpelação para, através das mais diversas razões, exercer uma coacção legal que poderia até acabar na privação efectiva da liberdade, seria extremamente simples, bastando implementar um sistema de informação similar ao norte-americano.
Por outra parte, temos aspecto económico, o investimento público brutal que mais não serve, e isto segundo a versão oficial do governo, que para permitir aos consórcios que exploram as nossas estradas aumentar a capacidade de espólio dos trabalhadores, mostra como o PS, mais uma vez, assume uma política de “maria vai com as outras”, apostando pelo anti-ambientalista uso do transporte privado em lugar de aplicar estes recursos ao melhoramento da rede de transportes públicos e melhorando a qualidade de vida no nosso país. Em suma, aproveitando mais uma vez os nossos impostos para beneficiar o privado, mesmo em detrimento da população, como “business-as-usual” do nacional corporativismo.
Poderiamos, ainda assim, contrapôr a esta crítica a “magnifica” construção do “RAVE”, que, não sendo “party”, resulta divertida se observarmos com algum cuidado a globalidade do projecto, aceite parcialmente como necessário, dificilmente se justifica em determinados trajectos internos e menos quando o modelo pendular permite poupar vários milhões de euros tão necessários ao desenvolvimento real do nosso caduco, mermado e agonizante tecido productivo, à manutenção da rede sanitária ou à solvência do sistema de cobertura social.
A juntar à vergonhosa aplicação da receita fiscal em prol do privado que efectivamente conduz a política no nosso Portugal, o actual governo, mesmo fomentando o despedimento colectivo assim como destruindo qualquer direito conquistado depois de 48 anos de escravatura, obriga-nos agora a pagar também, dos míseros salários/esmola que trocamos pela vida, o negócio imposto pelos seus patrões.
Contra esta ignominia, é vital potenciar o esclarecimento através da células de trabalhadores nas empresas, incrementar a acção sindical, reafirmando que é possivel mudar, e que hoje, como desde há quase 90 anos, existe a força capaz de o fazer, a nossa força, o Partido Comunista Português.
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