Uma escalada fascista. Essa, mesmo distante da concepção que nos ensinaram sobre a barbárie, é a realidade que experimenta a nossa civilização. A multiplicidade de exemplos reais desse crescimento podem identificar-se facilmente no âmbito global, ainda que alguns povos demonstrem, como no passado noutras paragens, que é possivel desmembrar os tentáculos da base do imperalismo que cada vez mais promove a clivagem entre povos e entre vizinhos. Justamente focalizando a proximidade de dito paradigma, dediquemo-nos a Portugal, este, no qual sobrevivem milhões à ganância de umas centenas. Depois de uma temporada na diáspora, quando voltamos ao nosso país percebemos a actualidade, aquela que não podemos experimentar sentados lendo um jornal ou quando procuramos manter-nos informados através deste veículo manipulado que é a internet (à excepção de 3 ou 4 páginas), com alguma surpresa. Registamos rápidamente a involução à qual foi submetida a sociedade Portuguesa, que o futebol é de novo o astro rei – concluimos, quem sabe, que nunca o deixou de ser -, que as manobras do actual enterrador do nosso povo (herdeiro legitimo, e a prova é a sua vinculação com os interesses da SLN, de Mário Soares), o presidente cavaco, propagandeando a sua assistência a uma outra encomenda aceite pelo populista “la féria” que foi o ”jesus cristo superstar”, em conjunto com a visita papal, promove de novo fátima como elemento essencial na estratégia de conduzir o comportamento de um Povo dos mais amedrontados da Europa. Encontrando finalmente a afirmação do resultado das políticas de todos os governos depois do PREC no ressurgir daquela que é a bandeira do abandono aos caprichos de tudo, de todos, menos nossos, o Fado. O estilo mais vendido nas listas de vendas, as quais, definindo as classificações através de golpes de cheque, tem no Fado o mais solvente investidor. Em Suma, cá estão de novo os 4 "F". Mas existem outros aspectos comuns ao período de educação pela repressão do, bem comido pelos bichos, salazar. Existem histórias de cidadãos oriundos do estrangeiro, que, hoje com 30 ou 35 anos, residindo no nosso seu Portugal desde os 1, 2, 3, 4 anos de idade, continuam a ver negada a sua nacionalidade por não serem jugadores de futebol brasileiros que depois de uns meses se tornam Portugueses apenas pelo interesse económico.
Existem indícios de corrupção bastante consistentes que deveriam haver sido suficientes como para, mais que demitir, mandar para a prisão 40% do elenco governativo desde há 33 anos. A reforma da mãe do 1º ministro, mais de 1000€ para quem nunca trabalhou. Os casos de compra de votos pelos candidatos do PSD. A eleição sem motivos aparentes para adoptar decisões distintas da salvação de determinadas entidades financeiras em detrimento de outras. A requalificação dos terrenos nos quais se construiu o Freeport. A acumulação de responsabilidades em diferentes orgãos. A assunção de cargos no privado por ministros que geriam a pasta na qual se incluia essa empresa. A eliminação de provas antes do culminar de qualquer fase de instrução. O apagamento de processos aos olhos da opinião pública e o seu posterior arquivo. As inconstitucionais medidas adoptadas pelo governo, como a obrigatoriedade dos micro-chip ou o próprio código da escravatura. O fecho de serviços médicos que derivaram em mortes por falta de assistência. Etc. Etc. Etc.
Mais grave, a venda do nosso País sem qualquer tipo de consulta à população, do futuro dos trabalhadores que numa das mais precárias condições transformam a vida em pão nesta Europa, aos desígnios dos share-holder globais, daqueles pelos quais se inventou um jogo chamado bolsa, onde se joga o valor que entregamos com a vida para que ditos porcos continuem a acumular, a fortalecer a sua capacidade para nos obrigarem a continuar entregando-nos.
Quando é que abrimos os olhos? Vamos esperar que ilegalizem a simbologia comunista, como na Polónia, para lutar na clandestinidade num conto vermelho de Soeiro? Será dificil exigir que se considere o património de um governante, ou membro do aparelho de Estado, antes de assumir qualquer cargo e depois de o abandonar? Proibir a acumulação de reformas? Impedir o trabalho de qualquer elemento do governo em companhias privadas?
Ary dos Santos, acompanhados, vivos todos, éramos muitos, somos muitos, mas, só nós poderemos multiplicar a nossa força, de outra forma entregá-la-emos. Porque é que continuamos a entregar a vida? Necessitamos de outro "pai tirano" que nos conduza ao lado dos ratos até à revolução? Porque será que negamos a existência, a vontade, agarrar o futuro nas mãos?
A transformação da sociedade, segundo os objectivos do ideal fascista, já neste blogue foi por diversas vezes denunciada. A demagogia com a qual operam os esbirros do capital, foi, e será, sempre, uma preocupação. Os aspectos que hoje se identificam comuns aos vivídos em 1929, estão aí, à vista! Os perigos também!
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