Nesta noticia do público podemos observar como a direita (entenda-se PS e parceiros) manipula a linha que separa a barbárie do paradigma que por todos se considera o ideal para a sociedade mas pelo qual se furta de lutar a egoista burguesia.
Sabemos que uma revolução se torna mais tangível no horizonte de quem o não tem, quando, motivada pela contradição fundamental do capitalismo, a burguesia, essa socialista e que nessa suposição adoptaría tal decisão devido à preocupação única pela manutenção dos seus interesses de classe, se incorpora à luta dos trabalhadores.
Assim sendo, e em linha com a doctrina de Bernstein, o social democrata partido socialista considerou pertinente salvaguardar os interesses do BPN, utilizando recursos que por demais carece qualquer âmbito público que se fundamente na prestação de serviços primários à população - estes especialmente e não querendo transmitir a ideia de que existe alguma área sem déficit - e, maiormente gravosa tal política se nos situamos no actual contexto sócio-económico nacional.
Sem esquecer que, simultâneamente, foi triplicando a nossa dependência alimentar do exterior numa relação directamente proporcional à erosão do tecido productivo neste campo e num desempenho inversamente ajustado ao investimento público, elementos essenciais para a defesa da soberania, a qual, com a entrada em vigor do tratado de Lisboa, com a entrega do direito de decisão aos 6 países que efectivamente detêm 70% desse privilégio numa europa de 6 grandes potencias e de 21 empresas externalizadas, vai determinando o futuro daqueles que seguramente incrementariam a dissonância contra esta aberração, o cada vez maior número de emigrantes que se encontram (apelando a Soeiro) como "rodas paradas de uma engrenagem caduca", vazios de objectivos e de pão para a boca, nesta marisma Portuguesa.
Por outra parte, prescindiu de "salvar" o BPP, consciente do perfil específico da sua carteira e assumindo que, devido à sua dimensão; ao nível de esclarecimento e consciencialização daqueles que a integram, não constituiria reforço suficiente às aspirações, lutas, mas, sobretudo, à voz do explorados que pugnam pela mudança.
Assim, mesmo que para tal não se admitam os argumentos anteriores, não se torna contudo complicado ratificar esta observação dos factos se atender-mos a questões paralelas que não deixarão, certamente, de pesar significativamente no motivo de tal pendor:
1º- Existe algum vínculo entre a SLN e o BPN?
2º- Existe algum vínculo entre cavaco e a SLN?
3º- Existe algum vínculo entre soares e carlucci?
4º- Existe algum vínculo entre carlucci e a Carlyle?
5º- Existe algum vínculo entre a Carlyle e a sede da SLN?
Por quanto tempo?
Não acredito que alguém tenha dados suficientes para responder a tal questão. Não obstante - e sem pretender recorrer a qualquer tipo de futurologia, durante 2010 poderemos observar; padecer, o efeito global da aposta daqueles aos quais prestam vassalagem os governantes Portugueses. A previsível queda da banca, desde este sustentado mas fictício patamar de estagnação económica (que aparentemente e devido ao típico medo de assumir a realidade se interpreta como um "down-sizing" e não passa de um "squeeze-out"), que a partir do início do 2º semestre (Q3), trará importantes repercussões no aumento da dívida das famílias e da insolvência das mesmas; no esgotamento da capacidade de alavancamento das PMME's; no desemprego; na usurpação de mais garantias outrora conquistadas pelo Povo; na concentração do capital e finalmente, curiosamente de forma extraordinária nos chamados países centrais e a finais do desse mesmo período, na polarização de massas coesas em torno a iniciativas que visem a inadiável mudança, mudança vital, mudança que reclamará, sem dúvida, o compromisso de todos e cada um de nós.
Bom Ano Novo!
A revolução é hoje!
quarta-feira, dezembro 30, 2009
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