4.530.000 - Esta era a dimensão da diáspora portuguesa em meados de 2009. Por quê?
Se nos encontrassemos na década de 60, quando chegaram a “saltar” 120.000 portugueses por ano; submetidos ao mais feroz fascismo que o nosso país pôde experimentar... Mas a realidade é esta, mais de 4,5 milhões de portugueses continuam cá fora.
Observando as preocupações dos governos portugueses que, desde Novembro de 1975, foram tentando fechar as portas que em Abril do ano anterior se haviam aberto, poderiamos dar-nos conta dos motivos. Pensar que estes eram só a preservação do controlo obscurantista sobre a população, demagógico desta feita, com o intúito de entregar aos substitutos, e a alguns anteriores, exploradores, um país e um povo que lhes permitissem alimentar os cães com bife do lombo. Mas isso é acreditar em conspirações.
Assim, já em 1978, três anos depois, se tinham definido políticas que contemplavam muitos daqueles que eventualmente poderiam querer passar férias lá fora com as riquezas que se adivinhavam.
Em 1990, depois de um período de consolidação, começamos a perceber quão bem se vivia na diáspora deste novo paradigma.
As noticias eram várias, começando pelos novos destinos, como o Reino-Unido, onde se assistia a casos de tuberculose que, sem dúvida, se arrastavam ainda do tempo do fascismo, na França, onde hoje o governo já adopta tintes neo-nazis, ou, sem parar, na Suiça, onde iam trabalhar para a banca.
Porém, a situação não se revelava apenas por motivos como aqueles que numa primeira impressão podemos imaginar. O contacto com outro tipo de dimensões denota outras, e claramente indicadoras da condição dos portugueses, importantes variáveis. A emigração de periferia. Neste contexto, como membros de pleno direito da UE, como os ciganos romenos, também nós assumíamos (e hoje também) a consideração de iguais.
Finalizando esta parte, depois de uns poucos anos de direita em portugal, já os novos emigrantes tinham ampla consideração: valha este exemplo.
Dessa forma, também os mais temerosos aceitavam um novo estereótipo, basta perceber este titulo, a opinião de um blog qualquer e dos seus mais de 70 comentários: subtilmente amistosos. Esta consideração, como era de esperar, veio gerar ainda mais noticias, como esta.
Tudo isto, como referido no início do texto, para conseguirmos alcançar o 1º lugar em igualdade, algo que Sócrates quase conseguiu, colocando-nos em 5º lugar, mesmo que, o PSD, coo protagonista desta farsa, prometa.
Entretanto, cá fora, vamos assistindo a isto, isto, isto, isto. Nós, e aqueles que no segundo bloco desta página escrevem o que já na alegoria fica explicito.
Por outra parte e, curiosamente, não por assumirmos uma emigração itinerante, mas, preocupados com a imigração que suportamos dos países mais pobres, somos também capazes de investir para melhorar as condições de vida desse colectivo.
Assim, não deixa de resultar lógico que os portugueses, cada dia mais, optem pela diáspora para viverem, considerando as facilidades que cá fora encontram para quem vem de um país com umas condições tão favoráveis; com tais liberdades e garantias. Como tal, metade da população e mais de metade dos potenciais eleitores, enquanto aceitamos a média de idades daqueles que por cá andam, desmentem assim aqueles que explicam a emigração apenas como uma espécie de ânsia de fuga, ou não?
sábado, setembro 18, 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
"Nós por cá vamos bem..." não digas é nada a ninguem!
Um abraço.
O motivo é diferente daquele pelo qual saímos de Portugal.
Abraço
Enviar um comentário