sábado, maio 30, 2009

Bloco de esquerda e o federalismo.

Há duas coisas que não faltam ao Bloco de Esquerda. Uma é a promoção que lhe é feita por uma curiosa aliança que vai dos grandes meios de comunicação social ao presidente da CIP. A outra é a desfaçatez.
Sempre tão diligente a deturpar posições do PCP em público quanto em decalcar as propostas do PCP em privado, o Bloco de Esquerda (BE) descobriu agora que o PCP tem um projecto de «socialismo nacionalista». É uma forma perversa de, jogando com as palavras, manifestar o seu anticomunismo e juntar-se, de forma mais ou menos dissimulada, ao pensamento único sobre os caminhos da Europa. É também uma outra maneira de caricaturar o que constitui uma diferença intransponível entre o que são as posições do PCP em relação à UE e aquilo que o BE defende.Porque, por mais palavreado com que o BE queira envolver a questão, o BE é federalista, tal como o PS e o PSD também o são. E o que procura desviar com a caricatura do «socialismo nacionalista» é que quem no quadro desta EU for federalista não está a defender outra coisa que não seja o reforço do domínio da «internacional capitalista» sobre as suas instituições.Há quatro anos, o BE defendia uma Constituição Europeia elaborada por um Parlamento Constituinte. Desta vez recuou na formulação, não porque desistisse dela, mas porque receia os «profundos anticorpos» que a questão gera.
O deputado Miguel Portas, tão inactivo na intervenção no PE quanto viajante infatigável, vem, no seu jornal de campanha, embrulhar o projecto federal do BE «numa articulação entre cidadania europeia, com respeito pela componente Europa das nações». No programa de candidatura do BE a coisa é formulada como «uma refundação democrática e social do projecto europeu» passando, entre outros «pactos» e «cartas», por «um novo Tratado Europeu elaborado pelo Parlamento Europeu».
Merece a pena repetir: «elaborado pelo Parlamento Europeu»!
Pode deixar-se para outra ocasião a discussão de formulações tão equívocas como «cidadania europeia» e «projecto europeu». Mas será possível que exista no BE quem tenha ilusões acerca da «cidadania europeia» que pode, nas condições actuais, ter reflexos no Parlamento Europeu?
O PCP e a CDU batem-se para reforçar a sua presença e a sua representação no PE. Mas seriam irresponsáveis se, ao apelar ao voto dos trabalhadores e dos democratas, os iludissem acerca da razão fundamental por que é necessário o reforço das forças democráticas no PE. Não é decerto para legitimar o PE enquanto Assembleia Constituinte de uma Europa Federal, para abrir o caminho à aprovação, por essa via (passasse ou não pelos parlamentos nacionais) do defunto tratado constitucional e do seu sucedâneo gémeo, o tratado de Lisboa.
É para defender uma outra Europa, uma Europa dos trabalhadores e dos povos, uma Europa de nações livres e iguais, que há-de ser construída, mas que não nascerá com toda a certeza das caducas e antidemocráticas instituições europeias actuais. O PE pode ser, e tem sido para os eleitos da CDU, uma tribuna de combate em defesa dos trabalhadores e dos interesses nacionais, em defesa da democracia. Quem deseje que este PE seja mais do que isso dificilmente se situará à esquerda.Do lado errado...Para o BE o problema desta UE é «a ideologia que a domina», não os interesses que a comandam. Não entende, ou finge não entender, que a actual crise que se abate sobre os países europeus não é de uma ideologia mas de um modo de produção. Neste aspecto, como em muitos outros, os discursos do BE e do PS são paralelos, e ambos responsabilizam, não o capitalismo, mas «a cartilha neoliberal». O BE lastima a «crise institucional da UE» e deseja contribuir para a superar. Não quer compreender, como os povos que tiveram a rara oportunidade de se pronunciar em referendo compreenderam, que a crise desta UE reside na sua própria ilegitimidade democrática, no facto de não ser possível conciliar, no mesmo «projecto europeu», os interesses das grandes potências capitalistas e das multinacionais e os interesses dos trabalhadores e dos povos.
Como outras forças sociais-democratas, o BE vive das instituições que existem e do eleitoralismo. O problema é que, para disputar votos à esquerda, tem que afirmar-se a favor de outras instituições, melhores, com mais «cidadania», mais «sociais e populares», com menos emissões de CO2, etc, etc.
Por debaixo do discurso eleitoral, mantêm-se teimosas realidades. Só há, infelizmente para o BE, um federalismo europeu, o actual, o que está em curso, à revelia dos povos. Este mesmo, neoliberal e militarista. Bem pode o BE apelar à saída de Portugal da NATO, à dissolução desta aliança, ao fim das bases estrangeiras em território europeu. O federalismo europeu, goste ou não o BE, é o da Europa pilar europeu da NATO.
Como é justamente sublinhado na Declaração Programática do PCP para as Eleições Europeias de 7 de Junho, o BE, ao acompanhar, «no essencial, as teses federalistas, avançando com propostas que reforçam o carácter supranacional do quadro institucional da União Europeia, desvalorizando e menosprezando a importância central da preservação da soberania nacional como garante da democracia e alicerce incontornável do desenvolvimento do País e, ao mesmo tempo, avançando com teses ilusórias de que se poderia alcançar a nível europeu o que não se conquista, em primeiro lugar, com a luta dos trabalhadores e do povo a nível nacional», assume a responsabilidade política de desfocar aspectos essenciais das alternativas em confronto nestas eleições e, em aspectos essenciais, coloca-se no lado errado.As eleições de 7 de Junho são uma muito importante batalha de um ciclo eleitoral muito exigente. Não podem ser um processo à margem das lutas dos trabalhadores e das populações, do combate de massas por uma saída democrática para a actual crise do capitalismo. São múltiplos combates, que fazem parte de um muito longo caminho a percorrer.
Para o PCP, essa marcha tem no horizonte o socialismo. Não será decerto um «socialismo nacional». Mas no processo da sua construção a luta pelo genuíno interesse nacional – que coincide com a defesa de interesses fundamentais dos trabalhadores e do povo – terá sem dúvida um importante destaque. Quem não o compreenda pouco sabe do combate pela superação da apodrecida sociedade capitalista.

(Filipe Diniz "Avante")

quinta-feira, maio 28, 2009

A questão nuclear

Ângelo Alves (Avante!)
Os media dominantes noticiaram com especial destaque a realização de um teste nuclear subterrâneo pela República Democrática Popular da Coreia (RPDC).
O ensaio nuclear agora realizado traz para a ordem do dia a questão nuclear. E esta é uma discussão que interessa aos comunistas portugueses, conhecidas que são as suas posições e luta pela abolição de todos os arsenais nucleares e outras armas de destruição massiva.
Desde há muito que o PCP, e muitos outros partidos comunistas em todo o mundo, defendem não só o respeito pelos tratados de não-proliferação, mas o seu aprofundamento, apontando nomeadamente para a urgência da proibição efectiva e generalizada da produção de armamento nuclear, de investimento no desenvolvimento científico-militar de novas e mais sofisticadas armas de destruição massiva e da realização de testes nucleares.
Se é inegável que a realização de um ensaio nuclear é em todos os casos condenável e aponta no sentido contrário ao da não-proliferação, não é menos verdade que existem outros e maiores perigos de uma aventura militar com utilização de armas nucleares.
Existem no mundo cerca de 30 000 ogivas nucleares com capacidade para destruir o planeta, das quais a maioria pertence aos estados membros da NATO (com destaque para os EUA que sozinhos detêm mais de 10 500) e seus mais directos aliados, como Israel.
Na sua recente cimeira de Estraburgo/Kehl a NATO afirmou: «Dissuasão, baseada numa combinação adequada de capacidades nucleares e convencionais, continua a ser um elemento central da nossa estratégia global».
A realização de um teste nuclear na península coreana é motivo de preocupação. Porque, entre outros, constitui um novo factor de tensão numa das regiões mais militarizadas do Mundo. E porque, na sequência do bloqueio das conversações a seis (Coreia do Norte e do Sul, EUA, Japão, China e Rússia), introduz novas dificuldades na reunificação pacífica da península coreana.
Mas, se tal é verdade, não se pode deixar de chamar a atenção para a política de «dois pesos e duas medidas» que caracteriza as posições das grandes potências relativamente à questão nuclear. Aqueles que agora invocam a «não-proliferação» para condenar o ensaio da RPDC, são os mesmos que rasgam o tratado ABM ao avançar na instalação do sistema «antimíssil» no Leste europeu e nas costas asiáticas do Pacífico. São os mesmos que avançam para acordos nucleares com a Índia, potência nuclear que muito recentemente realizou um novo teste de míssil balístico com capacidade nuclear. Aqueles que agora falam de «paz e estabilidade no continente asiático» são os mesmos que intensificam a matança no Afeganistão e alastram a guerra ao Paquistão, potência nuclear. Aqueles que agora invocam o «direito internacional» são os mesmos que o espezinharam no Iraque ou mais recentemente no apoio à declaração unilateral de independência do Kosovo. Aqueles que agora exigem «respeito pelas resoluções da ONU» são os mesmos que objectivamente dão cobertura ao desrespeito de inúmeras Resoluções e acordos internacionais por Israel. São os mesmos que se recusam a condenar Israel pela utilização de armas proibidas na agressão a Gaza. São os mesmos que assobiam para o lado perante a realização de exercícios militares israelitas para um eventual ataque ao Irão ou perante as declarações do líder de um dos partidos integrantes do governo israelita afirmando que «Israel deveria lidar com o Irão como os EUA lidaram com o Japão na II Guerra Mundial».
Como é fácil de ver, o perigo existe, e é grande! Mas há os que têm moral política para se oporem à realização deste e de outros ensaios nucleares – como os 210 ensaios nucleares franceses realizados entre 1960 e 1996 - e há os que a perderam há muito.

quarta-feira, maio 27, 2009

Revolucionários



A revolução é hoje!

segunda-feira, maio 25, 2009

sexta-feira, maio 22, 2009

Ganhar coragem

Um dia feliz, dos mais felizes dos últimos 33 anos, o futuro do nosso País está vivo, em luta, aqui podem ver a juventude que ainda não vota, mas, que se manifesta contra o fascismo, uma prova de que vale a pena lutar, de que o futuro é nosso, mas que hoje, da mesma forma que há 35 anos, o fascismo é uma realidade com máscara de liberdade!

Será que com esta coragem chamam covardes a alguns dos seus maiores?

Amanhã vamos para rua também, nós, os mais velhos, com eles e por eles!


A revolução é hoje!

Alentejo




A revolução é hoje!

quinta-feira, maio 21, 2009

quarta-feira, maio 20, 2009

EUA: Reserva Federal projecta queda do PIB de 1,3 a 2% em 2009 e desemprego nos 9,6%

Crisis? Yes, crisis! (not so sure of that)

"Washington, 20 Mai (Lusa) - A Reserva Federal estimou hoje que o produto interno bruto dos EUA seja negativo entre 1,3 e 2 por cento em 2009 e que a taxa de desemprego atinja os 9,6% (a qual, segundo o U6, deve traduzir-se à volta dos 20%) no final deste ano.

Apesar da revisão em baixa das estimativas macro-económicas, a Reserva Federal (FED) estimou que a recuperação da economia norte-americana tenha início no segundo semestre de 2009 (do not believe in miracles).

Entre os dados avançados hoje, a FED projecta um aumento na queda do produto interno bruto para entre os 1,3 e os 2 por cento. As últimas projecções apontavam para uma queda entre os 0,5 e os 1,3 por cento."


A revolução é hoje!

Um exemplo de coragem com 55 anos



A revolução é hoje!

terça-feira, maio 19, 2009

Mário Benedetti (Cantado)



A revolução é hoje!

segunda-feira, maio 18, 2009

Alfonso Sastre, ilegalizado

É uma história conhecida: em 1630, em Milão, um suspeito denunciado por um honrado cidadão é detido e torturado e, depois de inicialmente negar a acusação acaba por denunciar o seu delito. Sob tortura, denuncia também o seu barbeiro, cúmplice da atrocidade, e este por sua vez denuncia outros homens, pondo a descoberto toda uma cadeia de monstruosos malfeitores que começa, ou termina, num cavalheiro de nome Padilla, chefe da campanha de terror. Uma vez condenados e executados, sobre as ruínas da casa do barbeiro levantou-se uma admoestadora coluna que recordava a infame acção dos réus e advertia eternamente os malvados sobre as consequências de tal tropelia. De facto, o que é que tinham feito? Consideraram-nos untori, isto é, sinistros “untadores” que tinha propagado a peste pela cidade depositando nas paredes e nos objectos a substância contaminante que transmitia a doença. Só em 1778, devido ao brilhante impulso do iluminismo, a coluna foi derrubada, considerando a nova época – a de Montesquieu, Verri e Beccaria – que a infâmia não residia nos condenados mas sim nos magistrados que os julgaram e nos amedrontados e ignorantes cidadãos que ajudaram a converter a loucura, a superstição e o absolutismo num procedimento natural. Esta história real do Antigo Regime, recolhida em 1840 pelo italiano Alessandro Manzoni, é desgraçadamente muito actual. Segundo a Procuradoria-Geral do Estado – isto é, segundo o governo do reino de Espanha – Alfonso Sastre, o dramaturgo vivo mais importante do mundo, é um untador e só o seu nome (enquanto ele trabalha na suas obras de teatro fechado em sua casa) é capaz de contaminar tudo o que contacte com ele, de Hondarribia à Terra do Fogo. Contaminado pelas suas «ligações pessoais» do passado, a sua presença como cabeça de lista na candidatura de Iniciativa Internacionalista é a tal ponto contagiadora que deve ser imediatamente privado dos seus direitos cívicos, tal como os seus companheiros de lista e os seus potenciais votantes. Neste regresso a galope até pré-modernidade, a lógica – desgraçadamente – já é conhecida: não é que candidatar-se a umas eleições europeias seja um delito; não que não se lhe permita candidatar-se por ter cometido um delito: é a sua própria existência que é delituosa. «Intenções», «analogias», «concomitâncias», toda a subtil obra do Direito, pacientemente erigida ao longo de séculos, sucumbe, entre aplausos, a esta atmosfera primitiva e inquisitorial, de obscuros miasmas transmitidos como a gripe suína, com ou sem vontade, numa onda expansiva ininterrupta. As noções de doença e pecado – ambos mortais – substituem a de delito, de prova, de presunção de inocência, de responsabilidade individual. Até que ponto «a defesa da democracia – com Savater e Rosa Diez à cabeça – já deslizou para o mundo medieval, obscurantista, pré-histórico e da magia negra e da prova como boa do facto de, Alfonso Sastre não poder sequer mudar de opinião: é só o resultado das suas «conexões pessoais» e o começo de conexões potencialmente tão amplas que a partir do seu nome, no delírio antijurídico das analogias e das concomitâncias, poder-se-ia impugnar qualquer lista.A conjectura de que o Batasuna iria pedir o voto na Iniciativa Internacionalista e a presença nas suas listas de um ex-candidato da Acção Nacionalista Basca (ANV), uma força então legal mas ilegalizada à posteriori, activou a enésima impugnação de uma força eleitoral que, com quase toda a certeza não poderá concorrer no próximo dia 8 de Junho às eleições europeias. Em 1630 faziam-se assim as coisas; em 2009 no reino de Espanha também se fazem assim. Em 1630, os processos abertos contra os untori faziam parte da lógica do Antigo Regime; em 2009, querem fazer passar por normalidade democrática e por Direito os processos abertos contra os untori. Pessoas inteligentes, sisudas, pessoas honoráveis, respeitadas e influentes, pessoas fora de toda a suspeita, pessoas ricas, pessoas poderosas – como as de Milão da peste – terão algum dia de prestar contas perante os cidadãos por esta dupla malfeitoria: a de restabelecer o antigo regime e a de, além disso, tê-lo feito evocando o Direito e a Democracia.Postas assim as coisas, sugiro – e faço-o seriamente – que o Batasuna, fonte de todos os miasmas, poderosíssima vara de contágio de contagiara a infâmia, convoque uma conferência de imprensa e peça publicamente o voto no PP e/ou no PSOE. Ficarão manchados os nossos dois principais partidos? Pedir-se-á a sua ilegalização. Naturalmente que não, mas assim ficará claro até que ponto esta lógica medieval, desencadeada fora do direito, é medieval – e quão contrária é do direito – que nem sequer é lógica: é um puro exercício de soberania religiosa ou, o que é o mesmo, de arbitrariedade paranóica de um Santo Ofício na sua luta contra o Mal.O que já está claro é que o obscurantismo, a manipulação, o desprezo pelas regras do jogo e a injustiça são infinitamente mais contagiosos que a peste – e muito mais, evidentemente, que a consciência democrática e a liberdade.


Santiago Alba Rico - Escritor e ensaísta espanhol

"Chau número tres"

Te dejo con tu vida
tu trabajo
tu gente
con tus puestas de sol
y tus amaneceres.

Sembrando tu confianza
te dejo junto al mundo
derrotando imposibles
segura sin seguro.

Te dejo frente al mar
descifrándote sola
sin mi pregunta a ciegas
sin mi respuesta rota.

Te dejo sin mis dudas
pobres y malheridas
sin mis inmadureces
sin mi veteranía.

Pero tampoco creas
a pie juntillas todo
no creas nunca creas
este falso abandono.

Estaré donde menos
lo esperes
por ejemplo
en un árbol añoso
de oscuros cabeceos.

Estaré en un lejano
horizonte sin horas
en la huella del tacto
en tu sombra y mi sombra.

Estaré repartido
en cuatro o cinco pibes
de esos que vos mirás
y enseguida te siguen.

Y ojalá pueda estar
de tu sueño en la red
esperando tus ojos
y mirándote.


Mário Benedetti

sábado, maio 16, 2009

A crise como via para a montagem de um estado totalitário global

Enquanto a crise financeira e económica mundial vai atingindo o seu auge, os dirigentes da comunidade ocidental andam a tentar instilar na humanidade a ideia de que essa revolução vai acabar por 'transformar o mundo numa coisa diferente'. Apesar de a imagem da 'nova ordem mundial' se manter vaga e confusa, a ideia central é clara. Na sequência desse raciocínio é preciso instituir um governo global único, se quisermos evitar que reine o caos geral. Volta não volta, os políticos ocidentais referem à necessidade de uma 'nova ordem mundial', de uma 'nova arquitectura financeira mundial', ou de qualquer tipo de 'controlo supranacional', chamando-lhe um 'Novo Acordo' para todo o mundo. Nicolas Sarkozy foi o primeiro a falar nisso, quando se dirigiu à Assembleia-Geral da ONU em Setembro de 2007 (ou seja, antes da crise). Durante a reunião de Fevereiro de 2009 em Berlim, destinada a preparar a cimeira dos G20, Gordon Brown repetiu o mesmo, dizendo que era necessário um Novo Acordo à escala mundial. Estamos conscientes, acrescentou, que no que diz respeito aos fluxos financeiros mundiais, não conseguiremos sair desta situação apenas com a ajuda das entidades puramente nacionais. Precisamos de entidades e de vigilantes mundiais para conseguir que as actividades das instituições financeiras que operam nos mercados mundiais se nos abram totalmente. Tanto Sarkozy como Brown são protégés dos Rothschilds. Algumas declarações feitas por certos representantes da 'elite global' indicam que a actual crise está a ser utilizada como um mecanismo para provocar o agravamento de alguns motins sociais que poderão levar a humanidade – mergulhada como já está no caos e assustada com o espectro duma violência generalizada – a reclamar espontaneamente a intervenção de um árbitro 'supranacional' com poderes ditatoriais nas questões mundiais. Os acontecimentos estão a seguir o mesmo caminho da Grande Depressão de 1929-1933: uma crise financeira, uma recessão económica, conflitos sociais, a instituição de ditaduras totalitárias, incitando a uma guerra para concentrar o poder, e o capital, nas mãos dum pequeno grupo. Mas, desta vez, a questão central é a fase final da estratégia de 'controlo global', em que com um sopro se derruba a instituição da soberania estatal nacional, seguindo-se uma transição para um sistema de poder privado de elites transnacionais. Já nos finais dos anos de 1990, David Rockefeller, autor da ideia de que o poder privado deve substituir os governos, disse que nós (o mundo) estávamos no limiar de mudanças globais. Tudo o que é preciso, prosseguiu, é uma crise qualquer a grande escala que faça com que o povo aceite a nova ordem mundial. Jacques Attali, conselheiro de Sarkozy e antigo chefe do EBRD [European Bank for Reconstruction and Development], afirmou que as elites tinham sido incapazes de resolver os problemas da divisa dos anos 30. Receava, disse ele, que voltasse a acontecer um erro semelhante. Primeiro vamos travar guerras, continuou, e deixar morrer 300 milhões de pessoas. Só depois é que virão as reformas e um governo mundial. Não seria melhor pensar já nesta fase num governo mundial? perguntou. Henry Kissinger afirmou a mesma coisa. Em última análise, a principal tarefa é definir e formular as preocupações gerais da maior parte dos países, e também de todos os principais estados no que se refere à crise económica, tendo em conta o receio colectivo de um jihad terrorista. Depois, tudo isso tem que ser transformado numa estratégia de acção comum… E assim a América e os seus parceiros potenciais têm uma oportunidade única de transformar o momento da crise numa visão de esperança. O mundo está a ser convencido a aceitar a ideia da 'nova ordem' a pouco e pouco para impedir que surjam incidentes que poderão muito bem levar a que os protestos universais contra as condições cada vez piores da existência humana entrem num 'caminho errado' e deixem de poder ser controlados. A principal coisa que a Fase Um conseguiu concretizar foi iniciar uma discussão de amplo espectro sobre o 'governo global' e a 'não aceitação do proteccionismo' com ênfase no 'desencanto' dos modelos de estados-nacionais para a saída da crise. Esta discussão continua tendo como pano de fundo as pressões da informação que ajudam a construir as ansiedades humanas, o medo, e a incerteza. Vejamos algumas dessas acções da informação: previsões da OMS de que provavelmente 1,4 mil milhões de pessoas ficarão abaixo do limiar de pobreza em 2009; um aviso do director-geral da OMS de que se perfila no horizonte o maior declive comercial mundial da história do pós-guerra; uma declaração de Dominique Strauss-Kohn do MFI ( protégé de Sarkozy) de que está iminente um colapso económico mundial se não for implementada uma reforma a grande escala do sector financeiro da economia mundial, colapso esse que muito provavelmente arrastará consigo não apenas o desassossego social mas também uma guerra. Foi com este pano de fundo que foi avançada a ideia de instituir uma divisa mundial comum como pedra fundamental da 'nova ordem mundial'. Mas os verdadeiros cérebros deste projecto de longa data continuam na sombra. De notar que há um ou outro representante da Rússia empurrado para a linha da frente. Faz lembrar a situação antes da I Guerra Mundial, em que os círculos anglo-franceses, que possuíam alguns planos elaborados para uma nova divisão do mundo, instruíram o ministro dos estrangeiros russo para traçar um programa geral para a Entente Cordiale. Esta passou à história como o 'programa Sazonov', apesar de a Rússia não ter desempenhado um papel independente nessa guerra, o qual desde o início foi montado para servir o sistema de interesses da elite financeira britânica. A 19 de Março, Henry Kissinger chegou a Moscovo na qualidade de membro do The Wise Men (James Baker, George Schultz, e outros), que se reuniram com os dirigentes russos antes da cimeira do G20. Dmitry Trenin, director do Centro Carnegie de Moscovo e participante na última reunião americana dos Bilderbergers, considerou essa reunião como um 'sinal positivo'. A 25 de Março, o Moskovsky Komsomolets publicou um artigo 'A Crise e os Problemas Mundiais', de Gavriil Popov (actual presidente da União Internacional de Economistas) que relatou abertamente o que normalmente é discutido à porta fechada. O artigo fazia referência ao Parlamento Mundial, ao Governo Mundial, às Forças Armadas Mundiais, à Força Policial Mundial, ao Banco Mundial, à necessidade de colocar sob controlo internacional as armas nucleares, às capacidades de produção de energia nuclear, de toda a tecnologia de foguetões espaciais, e dos minerais do planeta, à imposição de limites de natalidade, à limpeza do conjunto genético da humanidade, ao encorajamento de pessoas intolerantes à incompatibilidade cultural e religiosa, e a outras coisas do mesmo género. Os "países que não aceitarem as perspectivas globais", diz Popov, "devem ser expulsos da comunidade mundial". Claro que o artigo do Moskovsky Komsomolets não revela nada de novo que nos permita compreender a estratégia da elite global. O importante é outra coisa. Sugere-se a instituição de uma ordem policial totalitária e a eliminação dos estados nacionais, como um amplo programa de acção, e recomenda-se aquilo que tanto os liberais, como os socialistas, como os conservadores, sempre consideraram um 'novo fascismo', como o único caminho salutar possível para toda a humanidade. Há quem queira que a discussão destes projectos se torne uma norma. Neste contexto, há alguns representantes da Rússia 'de confiança' que estão a ser empurrados para a primeira linha; a Rússia que será a principal vítima da política de pilhagem total se o 'governo global' vier a ser uma realidade. O G20 não discutiu a questão da divisa mundial comum, porque ainda não chegou a altura própria para tal. A própria cimeira foi um passo em frente no caminho para o caos porque, se as suas decisões forem seguidas cegamente, a situação socioeconómica mundial só poderá piorar e, para citar Lyndon LaRouche, irão 'liquidar o doente'. Entretanto, a crise está a ser exacerbada e os analistas andam a predizer uma era de desemprego maciço. As previsões mais pessimistas vêm do LEAP/Europe 2020, que as publica regularmente nos seus boletins e enviou-as mesmo numa carta aberta aos dirigentes dos Vinte antes da cimeira de Londres. Já em Fevereiro de 2006, o LEAP [Laboratório Europeu de Antecipação Política] foi de uma precisão surpreendente a descrever as perspectivas para a 'crise global sistémica' como consequência da doença financeira provocada pela dívida dos EUA. Os analistas do LEAP consideram os acontecimentos actuais no contexto da crise geral que começou nos finais dos anos 70 e está agora na sua quarta fase, a fase final e a mais grave, a chamada 'fase de purificação' em que começa o colapso da economia real. Segundo Frank Biancheri, do LEAP, não é apenas uma recessão mas o fim do sistema, em que o seu pilar principal, a economia dos EUA, entrou em colapso. "Estamos a assistir ao fim de toda uma época mesmo em frente dos nossos olhos". A crise pode conduzir a algumas consequências muito difíceis. O LEAP prevê uma subida do desemprego para 15 a 20% na Europa e 30% nos Estados Unidos. Se não se conseguir solucionar o problema do dólar, os acontecimentos mundiais darão uma reviravolta dramática. O colapso do dólar pode ocorrer já em Julho de 2009 e a crise, que poderá durar décadas, desencadeará "uma desintegração geopolítica à escala mundial" com motins sociais e conflitos civis, com a divisão do mundo em blocos separados, em que o mundo regressará à Europa de 1914, com confrontos militares, etc. Os tumultos populares mais poderosos ocorrerão em países com sistemas de segurança social menos desenvolvidos e com maiores concentrações de armas, principalmente na América Latina e nos Estados Unidos, em que a violência social já se manifesta actualmente nas actividades de grupos armados. Os especialistas assinalam o começo da fuga para a Europa da população dos EUA, onde por enquanto a ameaça directa contra a vida não é tão grande. Para além dos conflitos armados, os analistas do LEAP prevêem escassez de energia, de alimentos e de água em áreas dependentes da importação de alimentos. Os especialistas do LEAP descrevem o comportamento das elites ocidentais como totalmente desajustado: "Os nossos dirigentes não conseguem entender o que aconteceu, e continuam a mostrar a mesma incompreensão até hoje. Estamos no meio duma recessão prolongada, e seria necessário o empenho na introdução de algumas medidas a longo prazo para amortecer os golpes, mas os nossos dirigentes continuam na esperança de impedir uma recessão prolongada… Todos eles foram formados em torno do pilar americano e não conseguem perceber que o pilar está em ruínas…" Mas se os dirigentes a nível médio não vêem isso, os gestores mundiais de nível superior, pelo contrário, estão muito bem informados; são eles quem está a implementar o 'caos controlado' e a política de desintegração geral, incluindo uma guerra civil e a desintegração dos Estados Unidos planeada para o final de 2009, um cenário que está a ser discutido amplamente pelos meios de comunicação americanos e mundiais. À beira dos conflitos planeados em diversas áreas do planeta, está a ser instituído um sistema que conferirá a um centro supranacional, com base numa máquina punitiva, o total controlo político, militar, legal e electrónico sobre a população. Esse sistema utiliza o princípio de gestão de rede de comunicações que permite encaixar em qualquer sociedade estruturas paralelas de autoridade que reportam a centros de tomadas de decisões externos e são legalizados através da doutrina de prevalência da lei internacional sobre a lei nacional. A casca mantém-se nacional, mas o poder real passa a ser transnacional. Jacques Attali chama a isto um 'estado global baseado na lei'. O centro dirigente do estado global baseado na lei situa-se nos EUA. Embora os seus fundamentos tenham começado a surgir nos anos 90, a luta contra o terrorismo após os incidentes do 11/Set levaram a fenómenos radicalmente novos. A aprovação da Lei Patriota de 2001 não só permitiu que os serviços de segurança controlassem a população americana e os estrangeiros suspeitos, como acelerou a passagem de responsabilidades estatais para as mãos de estruturas empresariais transnacionais. As actividades de informações, do comércio da guerra, do sistema penitenciário, e do controlo de informações estão a passar para a mão de privados. Isto é feito através da chamada contratação no exterior, um fenómeno relativamente novo, que consiste em confiar determinadas funções a empresas privadas que agem como empreiteiros e atribuir a indivíduos exteriores a uma organização a realização das suas tarefas internas. Em 2007, o governo americano chegou à conclusão de que 70% do seu orçamento de serviços de informações secretas é gasto em contratos privados e que a "burocracia de informações da Guerra-Fria está transformada numa coisa totalmente nova, em que dominam os interesses dos empreiteiros". Para a sociedade americana (incluindo o Congresso), as suas actividades mantêm-se confidenciais, o que lhes permite recolher cada vez mais funções importantes nas suas mãos. Antigos funcionários da CIA dizem que quase 60% do seu pessoal estão sob contrato. Essas pessoas analisam a maior parte das informações, escrevem relatórios para os que tomam as decisões em jurisdições estatais, mantêm comunicações entre diversos serviços de segurança, dão apoio a posições estrangeiras, e analisam a intercepção de dados. Em consequência disso, a National Security Agency da América está a ficar cada vez mais dependente de companhias privadas que têm acesso a informações confidenciais. Não admira, pois, que se esteja a criar pressão para uma proposta de lei no Congresso que prevê a garantia de imunidade a empresas que têm trabalhado com a NSA nos últimos cinco anos. O mesmo está a acontecer com empresas militares privadas (PMCS), que têm vindo a assumir cada vez mais funções do exército e da polícia. Numa escala significativa, começou nos anos 90 na ex-Jugoslávia, mas foram utilizados trabalhadores contratados a nível alargado no Afeganistão e noutras zonas de conflito. Executavam as acções 'mais sujas', como aconteceu com o caso durante a guerra na Ossétia do Sul, onde estiveram envolvidos mais de 3 000 mercenários. Neste momento, os PMCS são verdadeiros exércitos, cada um deles com mais de 70 mil efectivos, que operam em cerca de 60 países, com receitas anuais de mais de 180 mil milhões de dólares (segundo o Brookings Institution, EUA). Por exemplo, mais de 20 mil empregados de PMCS americanos trabalham no Iraque ao lado do contingente militar americano de 160 mil. O sistema de prisões privadas também está a aumentar rapidamente nos EUA. Está florescente o complexo da indústria prisional, que utiliza trabalho escravo e práticas de trabalhos forçados, e os seus investidores estão sediados na Wall Street. O uso de trabalho forçado por empresas privadas foi legalizado já em 37 estados e é utilizado por importantes empresas como a IBM, a Boeing, a Motorola, a Microsoft, a Texas Instruments, a Intel, a Pierre Cardin e outras. Em 2008, o número de internados em prisões privadas nos EU era de cerca de 100 mil e este número está a crescer rapidamente, juntamente com o número total de internados no país (na sua maioria afro-americanos e latino-americanos), que é de 2,2 milhões de pessoas, ou seja, 25% de todos os presos do mundo. Logo que Bush assumiu o poder, começou a privatização do sistema para transporte e retenção de migrantes em campos de concentração. Em especial, foi o que fez um ramo da conhecida empresa Halliburton, Kellog Brown and Root (antigamente chefiada por Dick Cheney). As maiores conquistas foram feitas nos últimos anos na área da instituição do controlo electrónico sobre a identidade das pessoas, realizado sob o pretexto do contra-terrorismo. Actualmente, o FBI está a criar a maior base de dados do mundo de indicadores biométricos (impressões digitais, exames da retina, formas do rosto, formas e distribuição de cicatrizes, padrões de fala e de gestos, etc.) que contém neste momento 55 milhões de impressões digitais. A última novidade inclui a introdução de um sistema de varredura corporal nos aeroportos americanos, análise da literatura lida pelos passageiros dos voos e por aí fora. Uma outra oportunidade de reunir informações detalhadas sobre as vidas privadas das pessoas surgiu na sequência da Directiva N59 da NSA, aprovada no verão de 2008, 'Identificação e rastreio biométrico com o objectivo de reforçar a segurança nacional', e da confidencial 'Lei da Resposta Pronta ao Terrorismo Nacional'. Numa avaliação da política das autoridades americanas, o ex-congressista e candidato presidencial em 2008, Ron Paul, disse que a América está a transformar-se gradualmente num estado fascista, "Estamos a aproximar-nos de um fascismo, não do tipo Hitler, mas de um tipo mais suave, que se revela na perda de liberdades civis, em que as grandes empresas dirigem tudo e… o governo está metido na cama com os grandes negócios". Será preciso lembrar que Ron Paul é um dos poucos políticos americanos que defende o encerramento do Sistema de Reserva Federal como uma organização secreta inconstitucional? Com a chegada de Obama ao poder, a ordem policial na América está a ficar cada vez mais afunilada em duas direcções – reforço da segurança nacional e militarização de instituições civis. É impressionante como, depois de ter condenado as transgressões às liberdades individuais feitas pela administração Bush, Obama passou a controlar todo o pessoal da sua própria equipa obrigando-o a preencher um questionário com 63 perguntas que percorrem os pormenores mais complexos das suas vidas privadas. Em Janeiro, o presidente dos EUA aprovou leis que possibilitam a continuação da prática ilegal de sequestrar pessoas, mantê-las secretamente em prisões, e enviá-las para países em que se utiliza a tortura. Também propôs uma lei chamada Lei da Instituição do Centro de Apoio à Emergência Nacional, que estipula a instituição de seis desses centros em bases militares americanas para proporcionar apoio a pessoas que sejam deslocadas por causa de uma situação de emergência ou de uma catástrofe e que ficam assim sob jurisdição militar Analistas relacionam esta lei com possíveis perturbações e consideram-na uma prova de que a administração americana se está a preparar para um conflito militar que pode ocorrer após a provocação que está a ser planeada. O sistema americano de controlo policial está a ser implementado activamente noutros países, principalmente na Europa – através da instituição da hegemonia da lei americana no seu território por intermédio da assinatura de diversos acordos. Nisto tiveram uma grande importância as conversações na sombra entre os EUA e a UE sobre a criação da 'área comum de controlo sobre a população' que se realizaram na primavera de 2008, quando o Parlamento Europeu adoptou uma resolução que ratificou a criação do mercado transatlântico único, abolindo todas as barreiras ao comércio e aos investimentos até 2015. As conversações deram origem ao relatório confidencial preparado pelos especialistas de seis países participantes. Este relatório descrevia o projecto para a criação da 'área de cooperação' nas esferas 'da liberdade, da segurança, e da justiça'. O relatório alarga-se sobre a reorganização do sistema de justiça e assuntos internos dos estados membros da UE de modo tal que fica a parecer-se com o sistema americano. Diz respeito não apenas à capacidade de transferir dados pessoais e cooperação de serviços policiais (que já está a ser posto em prática), mas também, por exemplo, à extradição de imigrantes da UE para as autoridades americanas de acordo com o novo mandato que anula todas as garantias que os procedimentos de extradição europeus prevêem. Nos EUA está em vigor a Lei das Delegações Militares de 2006, que permite a perseguição ou detenção de qualquer pessoa que seja identificada como 'inimigo combatente ilegal' pelas autoridades executivas e se estende aos imigrantes de qualquer país que não esteja em guerra com os EUA. São perseguidos como 'inimigos', não com base em quaisquer provas, mas porque assim são rotulados pelas organizações governamentais. Nenhum governo estrangeiro protestou contra esta lei que é de importância internacional. Em breve será assinado o acordo sobre comunicação de dados pessoais, segundo o qual as autoridades americanas poderão obter informações pessoais como números de cartões de crédito, pormenores das contas bancárias, investimentos, rotas de viagem ou comunicações via Internet, assim como informações sobre a raça, as crenças políticas e religiosas, os hábitos, etc. Foi por pressão dos EUA que os países da UE introduziram os passaportes biométricos. A nova regulamentação da UE implica a mudança geral dos cidadãos da UE para passaportes electrónicos a partir do final de Junho de 2009 e até 2012. Os novos passaportes passarão a conter um chip com informações para além do passaporte e uma foto, e ainda as impressões digitais. Estamos a assistir à criação do campo de concentração electrónico global, e a crise, os conflitos e as guerras estão a ser utilizadas como justificação. Como escreveu Douglas Reed, "as pessoas têm tendência para tremer perante um perigo imaginário e são demasiado preguiçosas para ver o perigo real".

por Olga Chetverikova

quinta-feira, maio 14, 2009

O polvo

"O capital financeiro estende assim as suas redes, no sentido literal da palavra, em todos os países do mundo. Neste aspecto desempenham um papel importante os bancos fundados nas colônias, bem como as suas sucursais. Os imperialistas alemães olham com inveja os "velhos" países coloniais que gozam, neste aspecto, de condições particularmente "vantajosas". A Inglaterra tinha em 1904 um total de 50 bancos coloniais com 2279 sucursais (em 1910 eram 72 bancos com 5449 sucursais); a França tinha 20 com 136 sucursais; a Holanda possuía 16 com 68; enquanto a Alemanha tinha "apenas" 13 com 70 sucursais. Os capitalistas americanos invejam por sua vez os ingleses e os alemães: "Na América do Sul - lamentavam-se em 1915 - 5 bancos alemães têm 40 sucursais, 5 ingleses 70 sucursais ... A Inglaterra e a Alemanha, no decurso dos últimos vinte e cinco anos, investiram na Argentina, no Brasil e no Uruguai mil milhões de dólares aproximadamente; como resultado disso beneficiam de 46 % de todo o comércio desses três países."

quarta-feira, maio 13, 2009

Morreu um poeta...

Hermético, elíptico, mas sempre poético, uma consideração compartida pela maioría de músicos que em 93 produziram um disco com versões de alguns êxitos deste artista, quando chegava ao fim da resistência física depois de 10 anos de aceleração incontrolada, António Vega chegou a ser tomado como o Silvio Rodriguez español.

Nesse disco, no rescaldo de uma "movida" que tive a sorte de experimentar na sua fase mais tardia, colaboraram Miguel Rios, Manolo Tena, Complices, Jaime Urrutia, Tam Tam Go, Sonora, Ramoncín e outros que agora estão na zona das lampadas fundidas, recuperando para o público um músico que o mundo havia perdido e um sentido para lutar para quem parecia acreditar que o sol não podia durar eternamente.

Se antes de 93 a decadência o tinha como catedrático, depois do lançamento desse disco foi fácil ouvir a sua música acompanhado por quem se deitava antes das 02.00h.

Nessa época assisti também ao nascimento de um grupo chamado "Ketama", uma banda de ciganos, os irmãos Carmona, com uma larga tradição musical, que tinham colaborado com Rão Kiao no disco "Delírios Ibéricos" e que conheci no pessoalmente no "Café Berlin", na Gran Via de Madrid, essa que pintou António Lopez..


Ketama que era liderado pelo, também, António Carmona, quem, meses mais tarde, fazia mais uma versão de uma canção do António Vega e o levava ao concerto no qual apresentava o LP que incluia essa canção.

Assim, fazendo parte da memória de uma geração, o António Vega também faz parte da minha "infância" Castelhana, dos sons de momentos que recordo com uma sensação total.

Por ter tido o privilégio de o incluir na minha banda sonora pessoal, deixo aqui um vídeo sucinto mas retrospectivo quanto baste para perceber que tipo de pessoa era, que tipo de mundo legou e, mais que nada, quão vanguardista foi o trabalho que desenvolveu num deserto com poucos oásis de criatividade sustentada.

(O reproductor contém 2 vídeos concatenados, sendo necessário esperar o arranque do 2º)

Aliança PS/BE

No seguimento do post anterior, no qual afirmava existir uma aliança, de facto, entre o PS e o BE, em ordem a evitar dúvidas por falta de credenciais, passo a transcrever uma noticia de um jornal que nada tem a ver com a minha opção politica:

"José Pedro Aguiar-Branco, vice-presicente do PSD, não tem dúvidas sobre o que deve acontecer a Lopes da Mota depois de o Procurador Geral da República ter decidido instaurar um processo disciplinar a Lopes da Mota.

Processo disciplinar contra Lopes da Mota

«Com esta decisão, deixa de ter condições para ser presidente do Eurojust, pois percebe-se que as alegadas pressões visavam proteger o primeiro-ministro. A justiça necessita de credibilidade e o Governo tem uma boa oportunidade para fazer algo em benefício da credibilidade», referiu em conferência de imprensa, pedindo o «afastamento imediato»

Também o PCP defende essa via. Em declarações à «TSF», António Filipe diz que «evidente que Lopes da Mota não reúne condições» para continuar como presidente do Eurojust, aproveitando para sublinhar a «razão» do Sindicato dos Magistrados, que denunciou as pressões.

A mesma posição é defendida pelo CDS/PP e o deputado Nuno Melo acrescenta mesmo que vai requerer nova audição do ministro da Justiça, Alberto Costa, no Parlamento, para saber quais as consequências políticas que este retira do processo disciplinar.


Por seu lado, a deputada do Bloco de Esquerda, Helena Pinto, referiu que o ministro da Justiça deve pronunciar-se sobre este caso.

«Há que esclarecer tudo até ao fim, mas não deve prolongar-se no tempo. É urgente que o ministro da Justiça se pronuncie», referiu a deputada, que não pede a demissão do magistrado."

A revolução é hoje!


terça-feira, maio 12, 2009

segunda-feira, maio 11, 2009

A la revolución

Latinoamérica reclamará mayores compromisos de Unión Europea

"Praga, 11 may, Tribuna Popular TP/Prensa Latina.- Los países latinoamericanos integrados en el Grupo de Río (GRIO) reclamarán aquí a la Unión Europea (UE) mayores compromisos de cooperación a propósito de la crisis económica mundial.

Así trascendió hoy en esta capital en el inicio de las reuniones intrarregionales de altos funcionarios del GRIO y el bloque comunitario, quienes durante dos días prepararán los debates a nivel ministerial del próximo miércoles.

Fuentes diplomáticas consultadas por Prensa Latina subrayaron en particular la postura de Nicaragua, que ostenta la presidencia pro tempore del Sistema de Integración Centroamericana (SICA), de pedir una actitud europea que permita impulsar las inversiones.

El vicecanciller nicaragüense Valdrac Jaenschtke Whitaker, quien estará al frente de la delegación de su país y llevará las riendas del SICA aquí, adelantó en Managua que se busca una agenda común seria para abrir espacios en la colaboración.

Nicaragua aspira a liderar el proyecto de construcción de un ferrocarril entre México y Centroamérica, el cual pudiera llevarse adelante con préstamos de entidades financieras latinoamericanas.

Precisamente México tendrá un papel protagónico en la XIV cita ministerial UE/GRIO, con la asistencia de su secretaria de Relaciones Exteriores Patricia Espinosa.

Aunque el tema de la gripe A (H1N1) no aparece en el programa del evento, que concluirá el próximo viernes, es muy probable que salga a relucir a partir de las preocupaciones generalizadas en torno a la potencial pandemia.

Cuba, que ingresó en el Grupo de Río en noviembre de 2008, tomará parte en su primera reunión de estas características, un hecho que entraña satisfacción dentro de los latinoamericanos y también en buena parte del Viejo Continente.

La jornada de este lunes terminará con una recepción ofrecida por México, actual titular del GRIO, después de las deliberaciones hasta el anochecer de los coordinadores nacionales de las dos concertaciones

(Noticia de la página del PCV)

No pretendo interferir en las consideraciones sobre las necesidades reales de los Paises que integran esta cumbre. No obstante, no puedo dejar de criticar, de forma negativa, la aparente falta de coherencia que transmite esta noticia.

Considerando que promueve la dependencia futura, por los estados suramericanos, de una unión europea cada día mas vendida a los intereses hegemónicos estadounidenses, creo que esa solicitud resulta contraria a la libertad de los pueblos, enquanto sugiere el neocolonialismo como solución final.

Aún pudiendo admitir que esta forme parte de algún tipo de estratégia geopolitica, el mensaje que traspasa a las poblaciones es de un continuismo del capitalismo que nos trajo a la situación que vivimos, el cual impide, hoy, la emancipación total de la America plural

La revolución es hoy!

domingo, maio 10, 2009

Bloco central ou Estado novo??

Leonor, é o nome da ex-ministra da saúde que comprou sangue que se sabia de antemão contaminado com HIV. Matou, debilitou, piorou a vida de muitos Portugueses que ainda hoje pagam por tal "erro".
Manuela, é o nome da ex-ministra de economia que investiu grande parte das reservas financeiras do povo Português no casino de wall street.
Manuela, é o nome da candidata do psd que se declarou desejosa de prescindir da democracia durante 6 meses.
Correia, é o nome do ex-ministro da saúde que inaugurou a eliminação por fases do sistema de saúde nacional.
Maria, é o nome da ministra de educação que provocou a maior manifestação de sempre em Portugal por parte de um colectivo.
Podia abundar e extender o texto quase ao imperceptível, mas, estes exemplos permitem que percebamos o profundo desprezo e desrespeito pelo Povo, por parte dos partidos PS e PSD, hoje PSE e PPE.
Se atendermos à manipulação informativa, por exemplo, relativa aos incidentes com o avô cantigas durante a celebração do 1º de Maio, dia do trabalhador e que por tal não reserva lugar a quem defende o atentado constante aos seus direitos, podemos facilmente perceber que, da mesma forma que o PS coloca o BE como um apendice - mesmo que este último mantenha uma tónica pseudo-contestatária é um apoio claro do governo, basta olharmos para a camara de Lisboa - também o délio faz parte de um satélite pseudo-radical que serve indirectamente os interesses do PS e, directamente atenua a carência de protagonismo do BE.
No relativo ao PSD, outro tanto do mesmo, provado que está esse mesmo tipo de dependência por parte do CDS, também este último conserva este tipo de estratégia na sua relação com o PNR.

Assim, atendendo às bacoradas da corja nos últimos dias, penso que não estaria demais pensar que, ainda atirando-se argumentos teatrais reciprocamente, depois da possibilidade que nos trouxe o 25 de Abril, a possibilidade de VOTAR, com medidas repressivas similares às que, por exemplo e a titulo de amostra, se adoptaram no bairro da Bela Vista, provavelmente vejamos um novo "Estado Novo", a entrega total da soberania ao grande capital através do PE, ou, a venda dos nosso recursos, da vida do nosso povo, da cultura Portuguesa, aos grandes impérios globalistas.

Por outra parte, se considerarmos a existência do Estado como ditadura, a conjuntura actual, tanto no âmbito nacional como internacional e as alternativas possiveis, restam dois cenários plausíveis:

1º- Ditadura nacional-corporativista.

2º- Ditadura do proletariado.

No relativo à primeira, outorgando-lhe à partida a maior percentagem de possibilidades de ocorrer, teriamos um governo que defende o capital e a clivagem, concentrando em cada dia menos pessoas a dependência de um número cada vez maior de trabalhadores, com base na diminuição necessária do valor do trabalho, na redução de serviços à população e do consequente aumento das exigências ao povo e da repressão que amordaça o inconformismo, não existindo no seu horizonte perpétuo a intenção do eliminar do Estado, da ditadura.

No segundo caso, considerando que já vivemos, e sofremos, o capitalismo, encontramos a possibilidade de definir aproximadamente a duração necessária do Estado, tornando a liberdade algo tangível, ao contrário da primeira opção, sendo este último um tipo de regime transitório e que só por isso deve ser encarado de forma mais interessada, sem o tipico anti-comunismo primário de muitos amedrontados alienados e sem que por tal esqueçamos que desde o primeiro dia será o Povo quem governe.

Pelo exposto, só existe hoje um partido que nos sugere alternativa, que não alternância - uma vez que consolidado um novo bloco central nem estes partidos nos poderiam continuar a tentar manipular com essas demagógicas lutas, um partido que, reunido em coligação com quem realmente se preocupa pelo mundo no qual vivemos, defende a segunda possibilidade, incorpora a condição humana aos seus princípios, considera que a liberdade sim é possível, essa força chama-se CDU!

Porque é a tua consciência que te pede mudar de rumo, não permitas que te imponham o medo, vota em consciência no próximo dia 7!



A revolução é hoje!

sexta-feira, maio 08, 2009

País Vasco


Novo Lendakari.



É verdade, a lendakaritza tem um novo hóspede, o Socialista Patxi Alonzo.
Depois da ilegalização dos ideais de mais de meio milhão de trabalhadores, através de uma hiper-realista lei de partidos politicos, rectificada já este século, sem que esta alteração contasse com a aprovação da maioria Vasca; nem Herri-Batasuna, nem Euskal-Erritarrok, nem PCTV, nem PNV, ou mesmo Aralar, hoje, numa tentativa de uniformizar, descaracterizar, desvirtuar a vontade do Povo da Euskal-Herria, os partidos que aprovaram dita lei, no âmbito nacional, utilizando a mesma com base no perverso uso da demagogia da democracia, o PSOE e o PP legitimaram a defesa do respeito pela diversidade, pela idiossincrasia nunca contemplada pelos sucessivos governos da nação e pela qual lutam desde há mais de 30 anos os Gudari. Legitimaram essa luta quando, arrojando a vontade da maioria da Vascongada para as malvas, constituiram um governo de ideologías aparentemente profundamente antagónicas, adoptando cada partido um discurso com base na necessidade extraordinária de deslocar o poder para uma realidade mais ampla, ou seja, a necessidade de manter o capitalismo, o imperialismo, a escravatura, a subserviência aos designios dos apologistas e promotores da globalização. Com 25 assentos, o PSOE nunca governaria, com 13 assentos do PP y 1 da UPN – partido de rosa diez, uma cisão do PSOE, tipo BE – pode alcançar a maioria necessária para roubar, submeter, amordazar - da mesma forma que o fez com democracia3M, a qual, com 600.000 votantes, apoiava, na investura, o PNV – um País que só se integra em Espanha pela tirania feudal.

O significado desta inédita coligação, para nós, Portugueses, poderia não ser relevante, contudo, se atendermos à intenção do PS; PSE e do PSD; PPE, de formarem uma coligação para eliminar a possibilidade real de que a esquerda, a CDU, exerça de partido dobradiça na próxima legislatura, que o povo seja mais difícilmente espoliado, verificamos que a tendência à imposição do fascismo na dinâmica governativa é algo contra a qual os trabalhadores devem lutar de forma prioritária, incrementando a mobilização, o esclarecimento, sobretudo, o resultado da CDU nas eleições que se nos reservam.

Contra esta aberração, contra a retirada de serviços à população, contra a miséria, a fome, Bolonia, a favor do aumento dos salários, do investimento na formação académica, das verbas para o sistema de saúde pública, das reformas, pela ampliação da cobertura por desemprego, porque não nos esquecemos que a maioria dos desempregados não se inscreve no centro de emprego porque não vai dessa forma usufruir de nada mais que controle pelas autoridades ou de ser considerado um estorvo, a favor do investimento productivo, da adopção de medidas estructurantes, pelo abandono da economia de casino.


É fundamental votar em consciência, sem preconceitos, sem medo mas, com a certeza que, um futuro alcançado seguindo estes mesmos carris nunca será melhor que a realidade da qual muitos querem fugir, que na verdade, só mudando de rumo a poderemos evitar.


A revolução é hoje!

quinta-feira, maio 07, 2009

Agora sim..

Agora vai o resto...

"A oposição acusou o Governo, esta quinta-feira, no Parlamento, de querer «privatizar» e «fazer negócio» com o património comum. Em causa esteve alteração do regime geral dos bens de domínio público, cuja proposta de lei o PS aprovou sozinho na generalidade. A notícia é avançada pela Lusa, que dá conta da abstenção de duas deputadas socialistas, entre as quais Teresa Portugal, e dos votos contra de toda a oposição.

O diploma fixa as regras para a concessão e exploração comercial dos monumentos, das águas costeiras, dos bens ferroviários, aeroportuários, rodoviários e da área da Defesa. A mesma proposta de lei define também as regras para a afectação, desafectação e transferência daqueles bens de domínio público, para além de mudar o regime sancionatório.

PCP, BE e PEV insurgiram-se contra as alterações propostas pelo Governo. O PSD invocou a possível inconstitucionalidade da lei por prever regras sobre matérias que já estão definidas no Estatuto Político Administrativos das Regiões Autónomas.

O diploma vai agora ser discutido na especialidade, em comissão parlamentar."

A não ser que acordemos.


A revolução é hoje!

quarta-feira, maio 06, 2009

Lenine

"A revolução russa deve realizar esta reivindicação como parte integrante necessária da liberdade política. Neste aspecto a revolução russa está colocada numa posição particularmente vantajosa, porque a abominável burocracia da autocracia policial-feudal causou o descontentamento, a agitação e a indignação mesmo entre o clero. Por mais embrutecido, por mais ignorante que fosse o clero ortodoxo russo, até ele foi agora acordado pelo estrondo da queda da velha ordem medieval na Rússia. Até ele adere à reivindicação de liberdade, protesta contra a burocracia e o arbítrio dos funcionários, contra a fiscalização policial imposta aos “servidores de Deus”. Nós, socialistas, devemos apoiar este movimento, levando até o fim as reivindicações dos membros honestos e sinceros do clero, agarrando-lhes na palavra sobre a liberdade, exigindo deles que rompam decididamente todos os laços entre a religião e a política."


A revolução é hoje!

terça-feira, maio 05, 2009

PSE, PPE, os esbirros e a CDU...

Depois de mais uma tentativa de provocação, podemos neste video entender como se mente ao Povo Português.
Por outra parte, fica claro que, se a CDU e o PCP não existissem, dificilmente existiria PS.




A revolução é hoje!

sábado, maio 02, 2009

A luta continua!



A revolução é hoje!

sexta-feira, maio 01, 2009

1º de Maio



A revolução é hoje!

1º de Maio – Trabalhadores em luta!

"Por todo o país, o 1º de Maio foi comemorado por milhares de trabalhadores, reforçando o papel histórico da sua luta e a sua actualidade. Assim, muitas das acções de comemoração foram transformadas em verdadeiras acções de luta. Destacam –se as grandes manifestações realizadas em Lisboa, com a presença do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e no Porto, com a presença de Ilda Figueiredo, candidata e deputada do Parlamento Europeu.

No ano de 1886, no primeiro dia de Maio, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, exigindo a redução do horário de trabalho para as oito horas. A manifestação teve repressão policial, para tentar dispersar os trabalhadores que lutavam por melhores condições de trabalho. Dezenas de operários foram mortos e feridos. Passados todos estes anos, os trabalhadores portugueses continuam a sair à rua para lutar pelas conquistas de Abril, que tanto são atacadas pela política de direita dos sucessivos Governos PS e PSD, com ou sem CDS.

A luta pelo horário de trabalho, continua actual, quando no Parlamento Europeu se pretende aumentar a jornada de trabalho para 65 horas.

Hoje, os trabalhadores dizem basta aos baixos salários, ao aumento do desemprego, à revisão para pior do Código do Trabalho e da Legislação Laboral da Administração Pública, à precariedade, ao aumento do horário de trabalho."

A revolução é hoje!