sexta-feira, maio 08, 2009

País Vasco


Novo Lendakari.



É verdade, a lendakaritza tem um novo hóspede, o Socialista Patxi Alonzo.
Depois da ilegalização dos ideais de mais de meio milhão de trabalhadores, através de uma hiper-realista lei de partidos politicos, rectificada já este século, sem que esta alteração contasse com a aprovação da maioria Vasca; nem Herri-Batasuna, nem Euskal-Erritarrok, nem PCTV, nem PNV, ou mesmo Aralar, hoje, numa tentativa de uniformizar, descaracterizar, desvirtuar a vontade do Povo da Euskal-Herria, os partidos que aprovaram dita lei, no âmbito nacional, utilizando a mesma com base no perverso uso da demagogia da democracia, o PSOE e o PP legitimaram a defesa do respeito pela diversidade, pela idiossincrasia nunca contemplada pelos sucessivos governos da nação e pela qual lutam desde há mais de 30 anos os Gudari. Legitimaram essa luta quando, arrojando a vontade da maioria da Vascongada para as malvas, constituiram um governo de ideologías aparentemente profundamente antagónicas, adoptando cada partido um discurso com base na necessidade extraordinária de deslocar o poder para uma realidade mais ampla, ou seja, a necessidade de manter o capitalismo, o imperialismo, a escravatura, a subserviência aos designios dos apologistas e promotores da globalização. Com 25 assentos, o PSOE nunca governaria, com 13 assentos do PP y 1 da UPN – partido de rosa diez, uma cisão do PSOE, tipo BE – pode alcançar a maioria necessária para roubar, submeter, amordazar - da mesma forma que o fez com democracia3M, a qual, com 600.000 votantes, apoiava, na investura, o PNV – um País que só se integra em Espanha pela tirania feudal.

O significado desta inédita coligação, para nós, Portugueses, poderia não ser relevante, contudo, se atendermos à intenção do PS; PSE e do PSD; PPE, de formarem uma coligação para eliminar a possibilidade real de que a esquerda, a CDU, exerça de partido dobradiça na próxima legislatura, que o povo seja mais difícilmente espoliado, verificamos que a tendência à imposição do fascismo na dinâmica governativa é algo contra a qual os trabalhadores devem lutar de forma prioritária, incrementando a mobilização, o esclarecimento, sobretudo, o resultado da CDU nas eleições que se nos reservam.

Contra esta aberração, contra a retirada de serviços à população, contra a miséria, a fome, Bolonia, a favor do aumento dos salários, do investimento na formação académica, das verbas para o sistema de saúde pública, das reformas, pela ampliação da cobertura por desemprego, porque não nos esquecemos que a maioria dos desempregados não se inscreve no centro de emprego porque não vai dessa forma usufruir de nada mais que controle pelas autoridades ou de ser considerado um estorvo, a favor do investimento productivo, da adopção de medidas estructurantes, pelo abandono da economia de casino.


É fundamental votar em consciência, sem preconceitos, sem medo mas, com a certeza que, um futuro alcançado seguindo estes mesmos carris nunca será melhor que a realidade da qual muitos querem fugir, que na verdade, só mudando de rumo a poderemos evitar.


A revolução é hoje!

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