sexta-feira, novembro 28, 2008

Por Abril, pelo Socialismo, um Partido mais forte

Depois de trocar, durante os dias antecedentes à Festa do Avante, algumas impressões com o Camarada João Frazão, penso que, da mesma forma que a direcção do "Avante", o texto de sua autoria resulta esclarecedor quanto baste para me reservar as considerações inerentes ao XVIII Congresso do PCP para final do mesmo.
Como tal, já a caminho do maior tanque de pensamento democrático em Portugal - motivo pelo qual este blog não se renovará durante os 3 próximos dias - aqui vos deixo a perspectiva de um conterrâneo de metade das minhas raizes, convicto de que o código utilizado por este seja assimilável pelo menos politizado de nós:

"Quando estiverem a ler estas linhas, muitos membros do Partido estarão dentro do Campo Pequeno, no XVIII Congresso. Já em muitos outros momentos aqui se reflectiu sobre a importância de desta iniciativa, na vida do PCP, inclusivamente com um importante trabalho histórico do Avante!
sobre alguns dos anteriores congressos, da sua importância em cada época da vida nacional e para a construção do Partido tal como o conhecemos.Ainda assim, insistirei em mais duas ou três reflexões, certo de não esgotar todo o tema e de, após a sua realização, haver ainda espaço para novos textos de balanço e de consideração de como as suas conclusões se reflectirão no reforço da organização do Partido nos próximos anos.
A primeira ideia que, seguramente, será confirmada pelo Congresso é o de uma realização absolutamente identificada com o tempo em que vivemos.
Pela tribuna do XVIII Congresso passarão os problemas dos trabalhadores, dos agricultores, dos pequenos e médios empresários, das mulheres, dos jovens, dos reformados, das pessoas com deficiência, enfim, de todos os atingidos pela política de direita.E aí estará presente também, a luta contra essas políticas, a luta contra as alterações ao Código do Trabalho, que prossegue nas empresas e nos locais de trabalho, agora numa nova e mais difícil fase, dos jovens trabalhadores contra a precariedade, a luta dos professores, contra o Estatuto da Carreira Docente, em que se insere a luta contra o actual modelo de avaliação, a luta dos pequenos e médios agricultores em defesa da produção nacional e de melhores rendimentos, a luta dos estudantes em defesa da Escola Pública, gratuita e de qualidade para todos, a luta das mulheres pelo direito à igualdade, a luta dos reformados pensionistas e idosos por reformas e pensões dignas.
Também por lá passará a luta dos povos de todo o mundo, pela paz, pelo progresso e pela justiça social. Aí serão ainda defendidas as opiniões e propostas do PCP para uma nova política ao serviço do País e do povo. Imenso movimento de reflexão e, exactamente porque será assim, (segunda ideia) a comunicação social dominante, ao serviço do do capital e do poder, vai sentenciar – já está a fazer passar essa ideia – que o XVIII Congresso do PCP é uma iniciativa sem história, uma mera rotina para cumprir formalidades, um longo e fastidioso momento, em que é tudo previsível. Que isto sem mortos e feridos, sem barões e baronetes, sem intrigas pessoais nem guerras pela distribuição de lugares, é coisa ultrapassada e sem interesse. Aliás, basta ver a forma como têm tratado o Congresso, ao longo dos últimos meses, e veremos como procuram truncar esta ou aquela ideia das Teses, encontrar supostas contradições entre tal ou tal palavra dita por um dirigente do Partido numa intervenção, inventar problemas e dificuldades onde impera a discussão e o debate colectivo.Ou seja, para a comunicação social do regime, não é bom que se saiba que milhares de membros do PCP, em oposição absoluta ao que acontece em qualquer outro partido português, tenham participado num amplo e democrático processo de discussão, que, como foi anunciado pelo Comité Central, resultou em centenas de propostas de alteração introduzidas no texto inicial, num imenso movimento colectivo de reflexão e debate, sobre os desafios que hoje se colocam ao mundo, ao nosso país e, particularmente aos trabalhadores e ao povo. Um vigoroso momento de afirmaçãoA terceira ideia é a reafirmação, de que, apesar disso, e também por isso, sobre o XVIII Congresso do PCP, pesam grandes responsabilidades. Num momento tão difícil, no meio de uma tão grave crise do sistema capitalista, e quando somos assolados por tantas exigências e expectativas, há hoje muitos milhares de portugueses que, cansados da alternância, olham para o Congresso do PCP, com os olhos da esperança. Esperança em que este Partido, cumprindo o seu papel histórico na sociedade Portuguesa, será capaz de sair daqui mais forte para responder às tarefas que se nos colocam pela frente.A resposta não se fará esperar.
O XVIII Congresso, não sendo um comício de três dias, constituirá, pela massa militante presente, pelo seu enquadramento, pelo ambiente que aí se viverá, pelo conjunto de intervenções que se vão proferir, um forte apelo ao desenvolvimento da luta de massas, condição essencial para o reforço do Partido e para a construção da alternativa, um vigoroso momento de afirmação da força e da vitalidade do ideal e do projecto comunista, e uma inegável confirmação de que este Partido é a força indispensável e insubstituível na construção de uma nova política e de uma alternativa para o País, marco incontornável na ruptura necessária com a política de direita."

A revolução é hoje!

3 comentários:

Ana Camarra disse...

CRN

Lá estaremos camarada, lá estaremos!

Até amanhã, camarada.

Mário Pinto disse...

Ana,
Já vi que sim.

A revolução é hoje!

Mário Pinto disse...

Ludo,
Mas nem todos aguentam 2 dias de pé como alguns de nós.

A revolução é hoje!