sexta-feira, outubro 15, 2010

Freud

Há 110 anos, precisamente, Freud começou a psicoanálise de Dora. Junto com o conductismo, uma das mais controversas linhas de pensamento da psicologia até há poucos anos.

Nem eu oiço os mesmos tic e tac que o meu avô, nem o meu avô os ouvia com tanta frequência. Aliás, hoje os metais daqueles relógios que ainda fazem ruido, ou ruidos, nem sempre são os mesmos, quando não punhal de plástico.
A intensidade de hoje, para maior longevidade, resulta numa falta de tempo exasperante, que abrevia finalmente o desespero, que agiganta os passos sem alcançar um volátil horizonte.
Frustração? Pode ser, mas, se inconstante o objectivo débil a angústia, que toda, sem tempo, de Homens.

Não matar o pai não deixa de ser um prozac verdadeiro (que não um verdadeiro prozac), quando podemos. Quando não...
Trabalhamos, dormimos, roubamos, estudamos, amamos, violentamos, caminhamos, e, por vezes, crescemos.

Que Freud tivesse razão? Não creio!

1 comentário:

Zorze disse...

Sem esquecer a complexa capacidade de o paciente ludibriar ou levar por determinada linha de pensamento o terapeuta.
Sem esquecer, novamente, que o terapeuta, também é/pode ser, paciente no processo.
A capacidade humana de criar máscaras, não é uma questão de somenos importância. Daí voltamos ao mesmo, tudo é relativo.

Ou seja, acreditar convictamente e/ou piamente numa ideia, cisma ou crença tem que ser balenciada. A consciência pode não aguentar a frustração ou o desmoronamento da ideia que sempre acreditou pela sua própria dificuldade de se reogarnizar per si.

Cabe ao terapeuta - o qual não é formado institucionalmente para isso - ter uma abrangência mental nas várias latitudes e longitudes que o conhecimento humano até agora alcançou.

Abraço.