quarta-feira, outubro 06, 2010

Rua!

"Foi a greve!"

Desta foi mesmo. Ao invés de outras ocasiões, onde por determinado comportamento, preponderando o rendimento dos demais dias de trabalho; a avaliação do custo/recompensa, proporcionaram a vitoriosa aceitação de um aspecto concreto do empregado ainda que sustentando um potencial de conflicto laboral para a empresa, depois de opções assumidas e compromissos tomados com limítes auto-impostos, éramos dezenas, na fila do centro de emprego.

Podia ser um problema pessoal, mas, terá que ser uma questão a solucionar por parte das empresas, neste tempo que inspiramos.

Mesquinho houvera sido que, por mencionar Marx e Lénine quando referindo-nos ao Comunismo, esquecendo ou omitindo por inércia ou condicionamento social, e de classe, o trabalho de Engels, nos colocassem como proletário de segunda, ou que, por um aspecto da acção ou do discurso em determinado momento se extrapolara de tal para determinar a qualidade de toda uma condição. Ainda que, por essa mesma condição, porque o grupo com o qual nos identificamos preserva os aspectos comuns que promovem dita familiaridade, a identificação da crítica, a sua tomada desde a óptica constructiva da aprendizagem ou do mero conhecimento, tomaria fundamento no altruísmo/colectivismo e seguramente, na sinceridade, séria, que sem temores obscurantistas acicataria a contradição e que no fim, sempre, contribuiria para a evolução.
Num meio reaccionário só se poderá considerar mesquinho se impúberes nos mantivermos, pelo menos incorporando certa aversão à emancipação, e pugnar-mos, em (in)consciência, pela assunção da diferença; pelo usufructo e pela conquista e defesa dos direitos laborais, confiando permanecer "impúnes" enquanto seja o valor da mais-valia superior ao impacto corporativo da postura preconizada. Outra coisa seria, não ter, ou não querer expressar, uma opinião.

Pois sim, mais que nunca, hoje, somos, qual arquipélago, que não constelação (por humildade? Por ser parte do Universo!).

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