Austeridade nas universidades
Resultado da criação do Programa de Estabilidade e Crescimento e das medidas de austeridade, foram decretados, pelo Executivo PS, novos cortes nos apoios e prestações sociais dos estudantes do ensino superior.
Para a JCP este «ataque» põe em causa «a possibilidade de ingresso nos graus mais elevados de ensino», com a perda ou redução das bolsas, consequência das alterações na capitação dos rendimentos do agregado familiar.
«Actualmente para fazer o cálculo da bolsa, passam a ser considerados os rendimentos anuais ilíquidos, e não os líquidos do trabalho dependente, como era feito até então», salientam, em nota de imprensa, os jovens comunistas, frisando que as alterações «não ficam por aqui». «Se anteriormente cada pessoa contava como "1", neste novo modelo, o requerente mantém o mesmo peso mas os restantes adultos passam a valer "0.7" e as crianças "0,5"», informam, lembrando que estas «são estratégias que vão afastar os cálculos da realidade, uma vez que o rendimento surgirá mais elevado do que realmente é, não tendo em conta outros factores que pesam no rendimento das famílias».
Segundo estimativas feitas, entre 30 a 40 por cento dos bolseiros vão perder a bolsa, o que faz cair por terra o anúncio de reforço de 10 por cento para as bolsas. «Uma mera manobra de distracção por parte do Governo, para agora acabar por cortar as bolsas, que foi sempre o seu objectivo», acusa a JCP, criticando, por outro lado, a cada vez maior quantidade de papeis que os estudantes precisam de entregar para concorreram à bolsa.
(No Avante!)
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