sexta-feira, novembro 05, 2010

"...Os mercados estão a apostar quase a 100% na ocorrência de um default em Portugal. O FMI insiste que esses mercados - bancos e fundos estrangeiros que dantes compravam dívida portuguesa e que agora fecharam a torneira, podem estar a "sobrestimar o risco de bancarrota" das nações mais problemáticas, impondo juros cada vez mais elevados. O pior, admite o FMI, é que a margem dos países altamente deficitários e endividados para inverter a noção e o sentimento que o exterior tem relativamente a eles é hoje mais estreita que nunca.

Ontem os "mercados" emitiram mais um alarme: a taxa das Obrigações do Tesouro a dez anos portuguesas atingiu os 6,8%, o valor mais alto desde que Portugal aderiu ao euro. Para Teixeira dos Santos, quando esta superar os 7%, mais vale recorrer ao fundo do FMI/UE...."
Num jornal


Depois de reduzido o crescimento salarial; retiradas as garantías ao povo; de assumir um corte de três mil milhões nas funções sociais - como manda a direita -; depois de encaixar quatro mil e seiscentos milhões no BPN, banco de interesses americanos - como manda a direita -; depois de destruir a maior parte do tecido productivo, vem agora o FMI descubrir que os governos portugueses têm vindo a preparar o terreno para, de bolso aberto, pró ar, entregar o país às grandes potencias europeias??
Que vamos falir??
Que vamos continuar a hipotecar o futuro dos portugueses com empréstimos ao exterior; ao FMI??

Uma vez saneada a empresa, ou seja: mais de setecentos mil atirados ao chão, metade deles sem pão; sem obrigações do estado no âmbito da sanidade, educação, etc. Com um sistema de extorsão impositiva da qual ninguém pode escapar, através de impostos do trabalho, combustível, portagens, IVA ou energia, virá o FMI emprestar uns tostões que não poderemos pagar porque não produzimos e porque não existe uma mudança política no horizonte... nem quando o PSD provocar eleições dentro de 4 ou 5 meses, para continuar a subjugar o povo.

Quem vai pagar esta caldeirada?? Como??

Onde é que está a solução??
Eu aposto, de longe (na emigração), pela mudança, mas claro, a minha opinião não deve valer mais que a de qualquer um de nós, algo contrário ao que o mutismo com cara de peneira bacôca e estagnadora, bafienta, imobilista, mantém nesta e mantido por esta, sociedade.

Há 30 anos o Saramago escreveu um livro muito interessante, escrevâmos nós o nosso!

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