Este filme (15 minutos) é tratado como o ícone do cinema do descrito manifesto surrealista de André Breton, rompe com toda a lógica e linearidade narrativa e tem evocações oníricas. A idéia, derivada das interpretações de Gaudi e Buñuel, com uma justaposição de imagens apontadas pelos dois, criou um curta metragem cheia de momentos desconexos e cenas por vezes chocantes para olhares mais sensíveis, como a do globo ocular sendo seccionado (O homem com a navalha é interpretado pelo próprio Buñuel), a qual, pode ser entendida como uma forma de mostrar a necessidade de olhar e de nos situarmos, em consciência, num mundo em que se nos esvai a essência sem nos apercebermos da entrega (uma visão pessoal, neste caso concreto). O efeito causado nos espectadores é uma tentativa de promover a associação de imagens com uma série de formas de experimentar a realidade. As respostas disparam do inconsciente.
O filme não possui uma história cronológicamente rígida, passa de "era uma vez" directo para "oito anos depois" e para "dezaseis anos antes". Utiliza o sonho, baseando-se na psicanálise de Freud.
Assim, como pesadelo, sou capaz de ver um chui perverso despir uma menor, um puto castigado de cara contra a parede, mas, sonhar também a felicidade de percorrer um caminho pedregoso acompanhado. Outra coisa seria imaginar que o orçamento não passa, que o governo se demite e que, sem eleições, o FMI empresta o país aos portugueses, ideação que me colocaria no corredor da psicose, à porta da ezquizofrenia.
segunda-feira, novembro 01, 2010
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