terça-feira, novembro 09, 2010

O pato

Este troço de "Pedro e o Lobo", de Prokofiev, mesmo sendo parte de uma história infantil, ou quem sabe por isso mesmo, surgiu no meu consciente quando passava hoje a vista pelos jornais e blogues ou fontes de informação alternativa que pululam pela rede. Não pela convocatória da V internacional feita por Chávez, nem sequer pelo apoio que à mesma anunciam mais de 50 partidos e movimentos (algo a ponderar apesar de uma iniciativa aparentemente trotskista); não pela feliz diminuição da idade para a reforma que aprovou o governo do marxista/leninista Evo Morales; não por constatar que os hotéis galegos tiveram menos ocupação durante a visita papal que no fim-de-semana anterior tão propagandeado evento, ou por ver que as associações de gays e lésbicas sairam à rua em Barcelona para mostrarem cartazes nos quais acusavam sua "santidade" de pedófilo; nem sequer por assistir ao leilão no qual colocou sócrates o nosso país, esta obra foi resgatada apenas por continuar, e pelo enjoativo da atitude, a ver como os governantes portugueses dos 34 últimos anos continuam a levar detrás de si a maioria do povo português, inventando pretexto sobre pretexto; sempre com a salvação como objectivo, implementando o roubo em cada promulgação sem apenas agastar quem sofre esse continuo espólio, sem que Pedro se dê conta de que o mérito de caçar o lobo fica para os caçadores, mesmo daqueles que não disparam, ainda sabendo a sua própria fome, a do Pedro, a verdadeira salvadora do pato.
Depois do teixeirinha ter preparado o povo para a vinda do FMI, colocando na imprensa o limíte a ultrapassar, mas, ao contrário daquilo que tentou passar, já previsto por este governo, vem agora um integrante do seu elenco dizer que nada disso, que não é isso que se quer e que os medidores estão mal aferidos (provavelmente o factor seja de 7,9).


Afinal, quem é o pato?

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