quinta-feira, dezembro 16, 2010

Revisão

O embaratecimento dos despedimentos que o governo PS foi oferecer aos mandatários do núcleo do poder da UE, com esta manobra réplica daquela que já foi implementada em Espanha há algum tempo, obrigar os trabalhadores a pagar o seu próprio despedimento - por motivos como a inadaptação ou a negativa de se colocar do jeito que o patrão quiser -, sem dúvida que, de não aumentar substancialmente a carga fiscal dos mesmos, só pode ser compensada com recurso a partidas - já de si magras e em continua dieta - como por exemplo a sanidade e/ou a educação etc.
Numa tentativa de identificação, com base no mais puro pragmatismo, dos possiveis efeitos reais que esta revisão pode representar na capacidade de criação de postos de trabalho, o que encontro é uma massa de oitocentos mil desempregados, demitidos no actual marco de "garantías" laborais, um modelo que segundo o governo se revela caro para o empresário. Atendendo a dito facto, a questão que por inércia se apresenta é: Se com um despedimento "caro" já vamos em oitocentos mil, sem qualquer repercussão para o empresário qual será a cifra ou a dimensão do exército de mão de obra disponível para, por exemplo, compensar o emagrecimento da função pública?

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