O grupo Transtejo, de acordo com a Câmara do Seixal, prepara-se para reduzir o número de carreiras nas ligações Seixal-Cais do Sodré e no triângulo Trafaria-Porto Brandão-Belém. No total serão menos oito as ligações diárias a efectuar com destino e partida do Seixal.
Responsável pelo pelouro da mobilidade, Joaquim Santos lamenta o facto de não ter havido qualquer diálogo com as autarquias. "É uma incoerência que não compreendemos, até porque o Plano Regional de Ordenamento do Território para a Área Metropolitana de Lisboa prevê um reforço das ligações."
Numa moção aprovada no passado dia 16, a assembleia municipal diz "repudiar qualquer tentativa de extinção de tal serviço público de transporte". Se isso vier a suceder, "o Governo vai condenar a Trafaria ao isolamento e ao desterro", lê-se no documento. A moção aprovada compara a actual situação à da década de 80, altura em que "idêntico cenário surgira no concelho do Seixal, e cuja pretensão era extinguir a respectiva carreira fluvial a pretexto da crise de então".
Para lá da eventual redução de carreiras e trabalhadores, o plano de contenção da empresa inclui a venda de sete das 34 embarcações de que dispõe. Isto depois de, em Maio, ter investido 14 milhões de euros para adquirir dois novos ferries com capacidade para 360 passageiros e 29 veículos.
Anunciados já para Janeiro estão os aumentos dos preços dos transporte públicos de Lisboa e do Porto. Os passes subirão 3,5 por cento, enquanto os restantes títulos de viagem custarão, em média, mais 4,5 por cento. Na opinião da porta-voz da Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul, Luísa Ramos, o executivo, com estas medidas, está a "fazer tudo para acabar com o serviço público de transportes".
quarta-feira, janeiro 05, 2011
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