Seis aeronaves para apoio a combate a incêndios deverão estar disponíveis a partir de hoje em território nacional, de acordo com o anúncio feito quarta-feira pelo director da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais.
O general Ferreira do Amaral explicou que três aeronaves irão apoiar o combate ao fogo em Castelo Branco, Lousã e Fafe, juntando-se aos restantes três helicópteros (os dois da Protecção Civil, uma vez que o aparelho que avariou terça-feira volta hoje a funcionar, e um contratado no âmbito de um protocolo com a Portucel).
As aeronaves poderão assim ajudar a controlar os seis incêndios que ao início da madrugada de hoje ainda estavam por circunscrever.
O incêndio que mobilizava maiores meios era o de São Luís, em Odemira, Beja, onde as chamas estavam a ser combatidas por 124 bombeiros, apoiados por 35 viaturas.
Segundo o director da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, as autoridades contam a 01 de Julho ter em funcionamento um dispositivo total de 49 aeronaves.
No início da época de incêndios, este ano antecipada para 15 de Maio, as autoridades anunciaram que o dispositivo de combate aos fogos seria composto por duas fases: a primeira (Alfa), até 30 de Julho, com 1.285 bombeiros, 309 veículos e 13 aeronaves, e a segunda (Bravo), de 01 de Julho a 30 de Setembro, com 4.150 bombeiros, 973 veículos e 47 meios aéreos.
Na segunda fase estarão ainda envolvidos no combate aos incêndios 1.679 sapadores florestais, apoiados com 343 veículos.
Durante a época de incêndios, meios do Exército, Marinha e Força Aérea farão missões de patrulha, detecção e apoio às populações.
De acordo com o relatório da Direcção-Geral de Recursos Florestais, nos primeiros cinco meses deste ano registaram-se 8.000 fogos, que consumiram cerca de dez mil hectares de floresta.
O documento, que se reporta ao período entre 01 de Janeiro e 29 de Maio e aponta um "acréscimo muito significativo" da área ardida face à média dos últimos cinco anos, contabiliza 8.162 ocorrências (2.095 incêndios florestais e 6.067 fogachos).
Em 2004 a área total ardida atingiu cerca de 120 mil hectares, segundo a Direcção-Geral dos Recursos Florestais. Em 2003 o fogo queimou 425 mil hectares, a maior área total destruída pelos incêndios nos últimos 20 anos.
sexta-feira, junho 10, 2005
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