Ainda como ministro das finanças de Sá Carneiro, já Cavaco era capaz de promover as condições necessárias para a entrada do FMI, como se verificou, e, terraplanando o terreno para a sua intervenção, contribuir para uma revisão contitucional que hoje se revela dos mais importantes golpes à constituição de Abril, às condições de vida dos trabalhadores, do Povo e do pequenos e médios empresários. Não obstante, àparte de apadrinhar tudo o que foi a practica continuada do enriquecimento ilícito, nepotismo, corrupção, fraude, crimes contra a soberania, destruição do aparelho productivo, retirada de direitos aos trabalhadores e desempregados, cortes na educação e sanidade, também na justiça o actual presidente permite com o seu mutismo situações como esta:
Segundo a imprensa, uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) detectou que aquele Instituto gastou 326,1 milhões de euros (160 no ano passado e 166,1 neste ano) de “depósitos autónomos”, tais como rendas, cauções e outras importâncias afectas a processos judiciais, que, logicamente, não pertenciam ao Estado e foram gastas como receitas extraordinárias, sem que fossem garantidas as responsabilidades para com terceiros. Os membros do Conselho Directivo que aprovaram as contas incorrem em responsabilidade, podendo ser sancionados com multa por “infracções financeiras sancionatórias”.
Assim, como não é o governo de Sócrates quem neste processo se trata de avaliar: qual é o papel do presidente da república? Desconhecer a realidade nacional, pactuar com a gestão fraudulenta do governo ou, manter uma equidistância protectora do poleiro entre o governo, o povo e as suas próprias responsabilidades?
É fácil lamentar que vinte por cento da população sobreviva por debaixo do limiar da pobreza (báremo definido não sei por quem), permitir que a esses vinte por cento se lhe tenham acrescentado mais dez (2,200.000) e continuar, impávido e sereno, a pedir ao Povo que lhe siga dando a confiança suficiente para se continuar a encher com a boca fechada. Um arauto do combate à corrupção.
segunda-feira, janeiro 10, 2011
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2 comentários:
Alertar, lamentar e recorrrer à caridade: eis os meios de combate à pobreza utilizados por Cavaco...
Um abraço.
Pois é, e permitindo o maior aumento da mortalidade infantil dos últimos 24 anos.
Um abraço!
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