Nos últimos anos a saída de efectivos da GNR não foi compensada pela entrada de igual número de militares. O «travão» do Ministério das Finanças poderá atrasar o preenchimento das vagas no próximo ano.
O porta-voz da Guarda Nacional Republicana demonstra preocupação em relação a este cenário e os profissionais do sector também.
«As pessonas na GNR são muito responsáveis e por vezes fazem muito mais horas do que deviam fazer para garantir a segurança, agora não o fazemos na melhor qualidade, o empenho existe, mas há muito que o ideal anda longe dos postos da guarda», afirma José O'Neill, da Associação de Sargentos da GNR.
O dirigente adianta ainda que é urgente uma reestruturação dos serviços desta força de segurança. «É preciso fechar postos que não têm razão de existir e reforçar postos que têm razão de existir, é preciso aumentar os efectivos, os meios, os materiais, como as viaturas, de modo a que um posto tenha capacidade de resposta», acrescentou.
Esta opinião é partilhada por José Manageiro, da Associação de Profissionais da Guarda. «É necessário fazer uma profunda reestruturação, é incomportável que uma força de segurança mantenha uma série de serviços acessórios que absorvem largos milhares de elementos. É preciso rever isto, de modo a que não se comprometa a segurança», adiantou.
A TSF contactou o Ministério das Finanças que remeteu as informações sobre este caso para a Administração Interna que ainda não deu resposta.
segunda-feira, janeiro 17, 2005
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