A notícia teve origem num blog, o que não é a primeira vez que acontece e só confirma a crescente importância desta nova fonte informação: o Director Nacional da PSP foi reformado como magistrado depois de uma Junta Médica o ter considerado incapaz para o serviço pelo facto de estar à beira de uma depressão. José Manuel Branquinho Lobo recebe desde então uma pensão no valor de 5320 euros.
Mais tarde, convidado por Santana Lopes para a direcção da PSP, aceitou e juntou à pensão mais um terço do salário que é correspondente a estas funções - 1577 euros. O Director confirmou tudo e com certo humor acrescentou ao «Correio da Manhã»: «Eu até sou maluco por estar a trabalhar na PSP e ganhar um terço do vencimento, quer dizer, com o esforço que faço deveria ganhar a totalidade».
O Director não captou, ou fingiu não entender, a gravidade da sua situação. Pelo contrário, refere que por uma «questão moral» só ganha um terço do salário da PSP. Esquece, porém, que a incapacidade que requereu e lhe foi concedida por uma Junta Médica surge como muito pouco clara. Não é possível que um homem que não tem condições psicológicas para ser Desembargador fique miraculosamente apto para Director da PSP. Não é lícito que um reformado prematuro, por razões de saúde, e que ainda por cima aufere uma pensão magnífica, se apresente de novo ao trabalho e logo em lugar de tão grande responsabilidade. E não é possível que este senhor seja, ainda por cima, comandante de uma Polícia cívica.
Meu Deus! Se isto é normal, terão de ser as pessoas normais a reformar-se imediatamente por loucura…
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