segunda-feira, agosto 11, 2008

Nós somos a muralha!

Vasco dos Santos Gonçalves (Lisboa, 3 de Maio de 1921 — Almancil, 11 de Junho de 2005) foi um militar (General) e um político português da segunda metade do século XX

Ao tempo coronel, surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Costa Gomes.

Membro da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975.

Como primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, Siderurgia, etc.), do salário mínimo para os funcionários públicos, do subsídio de férias (13º mês) e subsídio de Natal.

O seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!».

Morreu a 11 de Junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca.

8 comentários:

Ana Camarra disse...

CNR

O Gonçalvismo….
Ora aí está de facto o que acontece e a verdade verdadinha é que foi a altura em que o comum dos Portugueses, o operário, pôde viver melhor, foram de férias pela primeira vez, puderem adquirir electrodomésticos….
Sendo muito pequena nessa época, recordo um clima de festa, as pessoas sorriam, abraçavam-se, limpavam as ruas, deram voluntariamente um dia de trabalho ao país…
Depois as sombras, as sedes do PCP atacadas e queimadas, ataques de extrema-direita, outras violências…
Vasco Gonçalves foi um homem de grande integridade e coragem, teve a coragem de nacionalizar os sectores produtivos da nação, pondo assim ao dispor do estado, do país em suma do povo, a riqueza produzida.
Um dia a história far-lhe-á justiça, até lá fazemos nós….

beijocas

Anónimo disse...

Olá Ana,
Esta referência ao Vasco tem como motivo recordar, a quem por aqui passa, a realidade governativa de um comunista, o qual, longe dos corruptos pelos interesses do grande capital, olhou para o povo como seres humanos e promoveu a possibilidade de um futuro com as mesmas oportunidades para todos.
Hoje, alguns têm casa de banho de cem metros e muitos outros, a maioria, é escravizada num covil de cinquenta.

A revolução é hoje!

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Caro CRN,...com esta de hoje comoveste-me a sério.....conheci de perto Vasco Gonçalves, fui inclusive a três aniversários seus em casa de amigos comuns meus e de meu pai...inclusive o meu pai que era escultor fez o busto de Vasco que os seus amigos lhe ofereceram quando dos seus 70 anos numa homenagem na voz do Operário. Obrigado pela tua homenagem a um grande HOMEM.

Abraço!

Anónimo disse...

Olá Mugabe,
Ainda bem que pudeste estar perto de um dos maiores exemplos de que a utopia é mentira, é um muro que nos colocam e que coibe o usufructo da liberdade do individuo. Que sirva de homenagem? Pode ser, que a seja, penso que é escassa. O fundamental é que todos nós possâmos trazer um amigo também e que com três palavras todos mostrêm a homenagem que lhe reservam dentro de si mas para tal é necessário acender as luzes do armazém, estar acordado.

A revolução é hoje.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

O nosso general, pôs a faca e o queijo nas mãos do povo!
Depois vieram os tais (democratas) cujos nomes prepositadamente vou omitir, para não sujar o ambiente, (esclareceram) enganaram o povo com promessas eleitoralistas, acabando por ficarem eles com a faca e o queijo, até hoje.
Costumava almoçar com o Sr. General na Cooperativa do Faralhão a quando do aniverssário da Associação de amizade Portugal Cuba da qual faço parte, tambem na minha qualidade de profissional de cabeleireiro tive a honra de receber a Saª sua cunhada.
Do diálogo que mantive algumas vezes com o Sr. General, parece-me notar alguma mágoa , ou tristez pelo facto de reconhecer que, e cito o seu desabafo "o povo ainda não estava preparado"!
Nesta sitação só me vem à memória o povo CUBANO, e muitas vezes me pergunto, não fora os governos Revolucionários de VASCO GONÇALVES e, O que é que restava hoje da Revolução dos Cravos?

Anónimo disse...

Olá Poesianopopular,
Ainda existe, pouco mas existe, a questão que os Portugueses queiram resgatar o que lhes pertence, desde há 33 anos que nos roubam como quem tira um chupa a um puto.

A revolução é hoje!

Cumprimentos.

LuisPVLopes disse...

Foste buscar não um Homem normal, não um militar de carreira com ideias foscas tão típicas de um militar, mas sim um HOMEM, escrevo desta forma porque Vasco Gonçalves foi muito mais que um homem vulgar, foi um HOMEM extraordinário!

Acho que o povo Português nunca se apercebeu de quem estava à sua frente, era ali que estava o caminho, a grande porta da Liberdade, o equilíbrio económico que tão necessário era a este País, foi o 1º homem a dizer:
"Qual ouro, qual quê!... Como pensam que uma guerra como a que tivemos por mais de 1 década, foi financiada?"
Mário Soares, como sempre recusou responder e evasivamente mudou de assunto desvalorizando a verdade.

Lembras quando ele afirmou:
"Não se podem perder pela via eleitoral as conquistas e as liberdades que o MFA trouxe a Portugal e aos Portugueses"
Mário Soares, o maior inimigo de Abril, de Vasco Gonçalves e do MFA, queria que se procedesse à implementação do processo eleitoral por sufrágio universal, numa altura em que o Povo Português tão pouco se tinha apercebido do que era feita a Liberdade, como consciencializar e torná-la no nosso processo de vivência dia-a-dia, o que fazer agora, tão pouco o povo, na sua grande maioria não tinha grandes convicções, a igreja que também procurava desacreditar o 25 de Abril de 74, induzia nos seus crentes, medos e terrores, fazendo com que estes os seguissem, por outro lado os media rapidamente passaram para as mãos de alguns dos que procuravam tal como Mário Soares, parar o 25 de abril de 74, logo como um povo tão pouco esclarecido, havía de facto o perigo de se perderem direitos e liberdade adquiridos.
Mário Soares era quem melhor estava preparado para assumir o poder, com o apoio dos EUA e aí, Vasco Gonçalves, sabia que uma falsa democracia iria substituir a Revolução de Abril e Portugal iria continuar a ser um país sempre na cauda de tudo e de todos para benefício de pouco, mesmo muito poucos, tal como hoje pelas mãos do PS e com a colaboração do PSD, acabou por se transformar.
VASCO GONÇALVES em 1975, já tinha percebido as reais intenções do PS.

Ouss

Anónimo disse...

Ola Sensei,
Mais transparente só a agua, é esta realidade que o povo do meu país necessita assimilar, é essa verdade que não se põe nos programas de ensino, é essa realidade que só se conseguirá através da revolução interna de cada um de nós!

A revolução é hoje.

Cumprimentos.